E nós, Mr Eriksson?
É-me particularmente agradável constatar que alguém tão ilustre e que tanto considero como MST tem uma opinião idêntica à minha. Para mais somos insuspeitos no que a preferências clubísticas diz respeito, naturalmente divergindo a minha opinião do nobel escriba na maior parte das matérias.
Todavia, temos um ponto em comum e logo numa questão de princípio. O enorme prazer pelo jogo e a recusa de assistir à deterioração do espectáculo em nome de outros interesses. Isso supera as diferentes concepções do “Sistema” que domina o futebol português e o maior ou menor mérito do trabalho de Scolari (temas em que discordamos). Porque ambos entendemos que sem espectáculo, nada mais faz sentido no futebol. O que transcrevi de MST mais não foi do que o que gostava de ter escrito (e escrevi… como se pode ler neste blog).
Sven Goran Eriksson fez ontem uma conferência de imprensa notável. Não alinhando nos cobardes jogos de bastidores da imprensa inglesa, o treinador afirmou que os jogadores portugueses tem fair-play e não teme que sejam incorrectos no jogo de Sábado. Confesso que a revolta que as manchetes dos tablóides ingleses me estavam a provocar já amenizou com estas declarações. Só um sueco para acabar com a fanfarronice dos britânicos.
Mas como “não há bela sem senão” Eriksson foi preparando os incautos para o que aí vem: “O futebol é, por vezes, uma actividade estranha. Penso que a Costa do Marfim, o Gana, a Holanda e a Espanha jogaram muito bem. Mas onde estão eles agora? Em casa“. Ora, bem entendido, o que o sueco quis dizer foi que não contem connosco (Inglaterra) para praticar bom futebol, visto que isso não traz resultados.
Pois bem Mr Eriksson, e nós, os que gostamos de bom futebol (como MST, eu próprio e muitos outros) onde é que ficamos nisso tudo?
Duque de Espadas
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