O fim do futebol?
Sou um lírico e um apaixonado pelo futebol de ataque. Daquele em que entram golos e muitos. Daquele em que as equipas não se importam de sofrerem 4 se marcarem 5. Neste meu romantismo, quase inaceitável para o futebol actual, ainda acredito que as equipas que jogam ao ataque tem mais hipóteses de ganharem. Só assim concebo o futebol e é este que me conduz ao estádio ou me prende ao ecran.
Por isso, se não for Portugal, espero que ganhe a República Checa, a Holanda ou a Espanha (já nem se pode confiar no guardião do futebol puro, o Brasil, qual Italiazinha da América do Sul), qualquer uma delas equipas que jogaram para ganhar.
Como tenho que escolher uma, opto pela Espanha, aquela que mais me impressionou e logo contra uma equipa que considerava fortíssima. Uma boa defesa, um meio campo de luxo (Xabi Alonso enche-me as medidas e sempre bem coadjuvado por Xavi), umas alas rápidas, dinâmicas e um ataque com dois puros sangue (F.Torres e D. Villa) daqueles para quem meia oportunidade é suficiente.
Aproveito para referir a minha grande desilusão com a qualidade dos jogos deste Mundial. Quando pensei que a Coreia 2002 tinha sido a excepção que confirma a regra, eis que temos aquele que me parece ser, até ao momento, o pior Mundial de sempre (pelo menos dos que vi). Chega do “resultadismo italiano”, na acertada expressão de Valdano, para voltarmos à essência, ao golo. Sob pena disto ser o fim do belo jogo.
Duque de Espadas
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