‘Pé quente’
Antes de mais gostaria de dizer que considero o desafio feito um sucesso, uma vez que podemos tentar agora resumir a prestação das diferentes equipas no primeiro jogo e tentarmos prever o impacto de uma boa entrada num bom ou mau mundial. A Itália fez um bom primeiro jogo e um segundo muito fraquinho, ainda acho que deve voltar a tempo de ter uma boa performance…Curioso é também ver que ninguém acredita que a selecção brasileira vença o campeonato do mundo.
‘Pé quente’ é a expressão brasileira para um jogador que tem a felicidade das suas equipas vencerem títulos com regularidade. Nisto o ‘pé quente’ não precisa de ser o craque nem estar a jogar na primeira equipa.
Eu sou um adepto do futebol científico, estudioso, se calhar fomentado pelas recentes vitórias do meu clube com um futebol deste tipo, em que o treinador testava diferentes soluções, observava os adversários e preparava diferentes equipas para diferentes jogos. Assim, a ideia de ‘pé quente’ vai contra tudo o que eu acredito. Daí gostar de ver jogar equipas como a Itália ou a Holanda, enquanto a Brasil me vai desinteressando mais e mais...
Portugal tem um treinador ‘pé quente’, que acredita que a Nossa Senhora de Fátima gosta de futebol e de Portugal, e que por isso há uma série de aspectos de menor importância no trabalho de treinador. Nisso Scolari inclui testar esquemas, convocar os melhores ou estudar os adversários; a realidade é que a vida lhe corre bem, e isso também já tinha sido visto durante o Euro, quando mudou meia equipa do primeiro para o segundo jogo, utilizando jogadores que nunca tinham jogado juntos…
Por isso quando vejo a selecção portuguesa sinto alguma frustação porque o futebol não é só aquilo em que acredito e que realmente há espaço para os Deuses do Olimpo aparecerem de vez em quando…
Agora resta-nos a todos rezar para que estes venham mais vezes à Alemanha…
Abraços
Valete de Copas
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