quarta-feira, julho 12, 2006

A minha opinião

Miguel Sousa Tavares, é, antes de mais e entre outras funções, um paineleiro que aprecio. Tem clareza nas opiniões e, na generalidade dos casos, consegue-as sustentar como poucos. Agora, como a generalidade dos paineleiros, é por vezes inflexível a defender a sua dama - e refiro-me a todas opiniões em que criticou severamente o Mundial ainda antes de este ter começado. Aliás, MST, escreve bem mais do que o que duque teve a gentileza de partilhar, inclusivamente em relação ao campeonato nacional, daí que desafie os leitores do blog a consultarem a sua opinião on-line.

Para defender a sua dama, MST, começa por se definir como um quase viciado em futebol, o que para quem leu as suas opiniões no início do Mundial não parece fazer muito sentido, aliás para começar bater em tudo o que é instituições, competições e mais altos representantes do jogo.
Agora aquilo que MST escreve, e com isso concordo, é que o futebol é cada vez mais um negócio, ainda que não concorde na forma como ele o associa ao mundial. Apesar de gostar de futebol sou incapaz de ver num sábado à tarde o Chelsea-Southampton, seguido do Man United-Bolton, ter um intervalo durante o jogo português e seguir para o Barcelona-Málaga que se afigura pela noitinha. E domingo ao almoço o Milan-Lázio. Realmente, não há cabeça, e falo pela minha, que aguente uma dose destas. Chegado o verão passam o Irão-Angola, o Arábia Saudita-Tunísia e, só mais tarde, o França-Espanha.

Acho, isso sim, que deve ser o consumidor a seleccionar o que quer ver, sob pena de já não ter paciência para ver jogo nenhum...Nisso, MST, sugeriu efectivamente uma redução do número de equipas no Mundial. Pessoalmente não concordo por considerar que o Mundial deve dar oportunidade a que o maior número de nações se junte nessa grande festa - e não quero com isto dizer que deviam ser 50 selecções mas um número que não limitasse, como os anteriores 16, algumas das melhores equipas de participar - e lembro o exemplo de França, Inglaterra e Portugal no USA94 (o último com 16equipas).

O resto acho subjectivo e, como cá escrevi, se este Mundial não teve o encanto de outros (como o de Dahlin ou Milla), teve outros encantos e é com esse prazer que o quero recordar. Recuso-me portanto, a compará-lo ao Itália 90, o mais chato de sempre e com menos público, ou ao da Coreia, esse sim para esquecer.

Abraços,

Valete de Copas

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