PLANO TECNOLÓGICO

Vejo que anda muita gente amargurada com os resultados futebolísticos e quando assim é, tornou-se hábito criticar o arbitro, num estilo de desculpa fácil, colocando para segundo plano a questão: será que a minha equipa fez por merecer ganhar o jogo?
Quanto ao chip para garantir se a bola passou ou não a linha de golo, parece-me que o nosso Primeiro-Ministro já anda a tratar disso!

Na semana passada foi apresentado o Plano Tecnológico, uma aposta estratégica do XVII Governo Constitucional para promover o desenvolvimento sustentado em Portugal! Ao fim de mais de 6 meses de preparação, eis que este documento com 310Kb e 57 páginas, vem apresentar a fórmula mágica para um crescimento sustentado apoiado no conhecimento, tecnologia e inovação! Logo à partida, 57 páginas de soluções milagrosas, parecem-me muito pouco para quem envolveu tantas comissões, peritos e outros recursos, alguns deles acabando por se demitirem uma semana antes do plano ser apresentado. Parece-me muito pouco para quem durante todo este tempo e desde que assumiu funções de governação, atirou para o Plano Tecnológico qualquer resposta relativa à estratégia do Governo para este mandato.
Ok, mas quantidade não é qualidade.... deixo-vos, no entanto, o link para descarregarem o documento e analisarem. http://www.planotecnologico.pt

E se pensam que é um documento enfadonho, enganem-se....Logo na primeira página, um momento de humor - “entre 1960 e 2002, Portugal foi a décima segunda economia que mais cresceu em todo o mundo”. Quanto ao ranking nada a dizer, agora recorrer a dados do séc. passado, incluindo o período do Estado Novo, é logo à partida perspectiva de um documento que assenta numa economia que vive ainda a olhar para o passado, muito longe da visão tecnológica que se procura. Devo até confessar que fiquei admirado por não fazerem referencia às antigas colónias, Cabora Bassa ou Cabinda.

Uma nota de boas vindas para os recém chegados ao Clube da Sueca que certamente irão contribuir para a qualidade do blog com o seu espirito crítico e isento.

Ás de Ouros