MoMa in Lisbon
Lisboa terá finalmente um Museu de Arte Moderna/Contemporânea digno de registo. Não será propriamente o MoMa de NY, mas segundo conceituados críticos, terá um dos maiores espólios de arte contemporânea da Europa.
Falo obviamente da colecção de Joe Berardo, que finalmente chegou a acordo com o Ministério da Cultura para ceder (a troco de quê!?!?) a sua colecção ao Estado português.
Naquilo que foi tornado público, o protocolo assinado irá garantir a Joe Berardo que o seu nome fique gravado a título permanente no Museu que irá ocupar todo o espaço de exposições do CCB. Depois terá também uma fundação generosamente subsidiada pelo Estado, assim como irá garantir que a manutenção da colecção fique sobre a responsabilidade do Estado durante os 10 anos de vigência do protocolo. A cereja em cima do bolo é que passados 10 anos a colecção volta para as mãos do seu dono, a não ser que o Estado decida fazer uma proposta de compra!
Apesar de todas as regalias evidentes que o Comendador Berardo vai auferir (mais aquelas que não são do conhecimento público, pois nestes protocolos há sempre uma parte que só se torna conhecida quando se zangam as comadres!), foi com contentamento que tomei conhecimento do acordo entre as partes!
Podemos questionar a falta de habilidade do Ministério da Cultura para negociar a messe da colecção de Berardo, no entanto, a verdade é que este processo já se arrastava à anos e se o Estado português não concluísse as negociações atempadamente corríamos o risco de ver a colecção em Paris! Por isso, fiquei satisfeito com o desfecho!
Confesso que nunca fui muito apreciador de arte contemporânea, mas tenho vindo a mudar de opinião quanto ao valor que a arte contemporânea representa. Recentemente passei pelo MoMa e percebi que as receitas marginais (turismo principalmente) que se adquirem com espaços consagrados, como se espera que venha a ser este, são enormes!
E Lisboa precisa de algo assim!
Ás de Ouros
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