segunda-feira, fevereiro 18, 2008


O regresso a Gelsenkirchen
Volvidos quatro anos o FCP regressa ao palco onde pôs a Europa a seus pés. A noite de 26 de Maio de 2004 jamais se apagará da minha memória. Tive o privilégio de sentir o cheiro da relva na Aufschalke Arena e de festejar efusivamente aquele golo do Carlos Alberto que abriu caminho a tão importante conquista.
O encontro de amanhã tem contornos diferentes, desde logo pela sua menor importância à escala europeia. A equipa anfitriã joga no seu reduto e tem a maioria dos adeptos a apoiá-la. O FCP já não baseia o seu jogo no controlo de bola a meio campo e os artistas também são outros. Espero ver o FCP a jogar no sistema em que está mais rotinado, ou seja, num 4-3-3 e sem medo de ir para cima do adversário.
Jogar fora a primeira mão de uma competição a eliminar é quase sempre vantajoso, contudo essa vantagem da equipa forasteira só se materializa com a obtenção de golos. São esses golos que desejo ver o Porto marcar.
Bisca de Copas

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

O nossa selecção

Venho apenas deixar a minha opinião sobre aqueles que entendo serem os maiores problemas da selecção (ou os mais evidentes) e as potenciais soluções. Petit e Caneira são os nomes que mais me saltam à ideia quando falo dos problemas da equipa de todos nós (ou não....). Petit é um jogador mediano, sem rasgos de criatividade e limitado naquilo que sabe fazer de melhor. Faz-me lembrar o tractor Barroso dos seus tempos no FC Porto. Chuta, mas marca pouco (não vi as estatísticas mas creio que o Barroso marcava mais), corre mas sem sentido e não faz um passe direito a mais de 5 metros (por passe direito entendo um passe que seja possível de recepcionar correctamente sem que a bola venha aos saltinhos....); Caneira é um polivalente que, como todos os polivalentes, acaba por não ter verdadeiramente uma posição. É limitado a atacar e a defender. O problema da selecção acaba por ser em ter dois jogadores que todos os outros querem compensar. A defesa descai para a esquerda e abre na direita, o Maniche recua para defender e a equipa perde equilíbrio...

A solução seria, na minha opinião, recuar o Maniche para o lugar do Petit. Ainda que entenda não ser a função onde ele possa render mais, é um papel que já desempenhou no FC Porto e pode libertar outros jogadores para subir como o Moutinho, que tem classe e uma grande rotação...
Para o lugar do Caneira pode jogar o Jorge Ribeiro (ou outro de raíz que se entenda mais ou menos jeitoso) ou o Paulo Ferreira. Pelo menos têm rotina da lateral, ajudam a subir e a defender não perdem para o Caneira. Senão, o Nuno Valente, que ao que sei ainda vai jogando de quando em vez no Everton.

O nosso treinador

Gostava só de chamar a atenção de um fenómeno que acontece em Portugal, que já aconteceu noutros países, mas cuja tendência se tem vindo a alterar...
Donadoni, Van Basten, Klinsman e Dunga tem várias coisas em comum. São todos seleccionadores (ou foram muito recentemente) das respectivas equipas nacionais, todas elas de topo europeu e mundial; são todos de uma idade similar, foram todos vistos por nós de chuteiras e caneleiras; e são todos nomes de referência no futebol internacional.
A selecção portuguesa é vista como um prémio de carreira. Veja-se o entendimento de treinadores importantes como Manuel José ou Mourinho. Só depois de gastos é que pensam na selecção, como que se tratasse de uma reforma dourada. Eu compreendo, mas também entendo a nova vaga, para quem a selecção é orientada por figuras que lideraram o futebol do respectivo país. Fica só para reflectirem até numa eventual substituição de Scolari a curto prazo.