quinta-feira, setembro 27, 2007

Taça da Liga

Como o nome da postada indica, venho aqui opinar sobre a nova competição, a Taça da Liga ou Taça Carlsberg. Pessoalmente gosto mais deste segundo nome. No fundo associa o prazer do futebol com a ideia de uma jola e um pratinho de tremoços....Traz boas imagens à minha cabeça. Eu até chamaria Taça West Carlsberg, para meter aí uma cigarrada!!

Bem, mas alguns dos regulamentos desta competição são controversos daí vir abrir aqui lugar à discussão. Sinto que a generalidade deles são no sentido de dar espaço, e jogos, às equipas mais pequenas. Como base do meu raciocínio enumero alguns: o facto do jogo ser sempre disputado na casa da equipa pior classificada no ano anterior; o facto do jogo ir directo a penaltis após os 90 minutos (garantindo assim maior aleatoriedade no resultado); e o facto de não haver nenhum prémio asssociado para além do monetário – que paras as equipas grandes é sempre mais baixo do que os custos envolvidos na participação.
No meu entender, a criação de uma competição nova deve assentar sobre o principio da justiça e da seriedade. Garantir que há homogeneidade de critérios. Isto é, garantir que, salvo excepções, o valor das equipas possa ser demonstrado e garantir que as melhores equipas são as que lutam pelo troféu até final. Porque se o objectivo é o oposto, considerava-se que as equipas pior classificadas no ano anterior começavam o jogo com dois golos de avanço, por exemplo.... Ou excluía-se a participação de todos os que estão envolvidos nas competições europeias.
Ontem vimos os três grandes a ver a sua imagem e o seu prestígio a ser disputado numa lotaria....

O FC Porto perdeu. Se por um lado isso me entristece na medida em que é um título perdido e é a imagem do clube que está em causa, por outro sei bem que o desgaste que a participação na Taça Carlsberg ia provocar à equipa pode ser aproveitado nas restantes competições em que o clube está envolvido.
Fica a minha primeira impressão sobre a competição.
Abraços,

Valete
O apito dourado já está a apitar...

Ontem assistimos à festança da Taça da Liga. Por pouco quase nenhum clube grande se ficava a rir, mas vamos por partes. Se em Fátima o prof. Jesualdo voltou a mostrar que a sua especialidade são equipas pequenas, na Amadora o Benfica encontrou um fiscal de linha que devia ser benfiquista desde pequenino. Quanto ao Guimarães, toda a gente viu que não quis derrotar o Sporting.
Voltemos a Fátima, Jesualdo havia chamado a atenção para a eliminação do Porto perante o Atlético em jogo a contar para a Taça de Portugal da época passada. Devo dizer que valeu a pena esta chamada de atenção. Os jogadores do Porto fizeram uma jogatana excepcional, já começo a perceber porque é que o treinador aposta sempre na equipa que foi campeã no ano passado, e tiveram sorte por não terem sido derrotados durante os 90 minutos regulamentares. Jesualdo voltou a apostar numa equipa de reservas, já havia feito o mesmo contra o Atlético, sem dinâmica alguma de jogo. Até meteu dó ver aqueles gajos passearem as camisolas azuis. Para rematar, ganhou o Fátima e ganhou bem. Soube aproveitar as fragilidades do FCP e teve mais vontade de ganhar o jogo.
O Porto jogou em terra abençoada, mas na Amadora é que houve um verdadeiro milagre. Bem, aquele fiscal de linha que conseguiu descortinar aquele penalti deveria ter direito a camarote gratuito em pleno estádio da luz. Caso o Benfica vença a Taça da Liga, deveria convidar o sr. José Lima para entregar a taça ao capitão Rui Costa. Proponho ainda que nos futuros jogos do Benfica em casa, seja o fiscal de linha José Lima a fazer aquele grandioso espectáculo com a águia vitória.
Em Guimarães, o vitória não quis derrotar o Sporting na grandes penalidades. Quando o vejo um jogador do vitória a marcar um penalti decisivo com tanta força e por cima da barra, só posso pensar que aquele vitoriano não queria ganhar o desafio ou que escolheu o desporto errado.

Bisca de Copas

sexta-feira, setembro 21, 2007




A encruzilhada de Mourinho...

O mais bem sucedido treinador português de sempre ficou sem emprego. Não ficará muito tempo sem treinar, pois trata-se de um dos melhores na sua profissão. Julgo que no imediato guardará para si um período sabático e de reflexão. Era amado pelos adeptos do Chelsea, mas os atritos com o dono do clube falaram mais alto. Há muito tempo que Abramovich e Mourinho estavam de costas voltadas e a relação entre ambos já havia chegado a um ponto sem retorno. O ego de Mourinho jamais deixaria que fosse Abramovic a mandar na equipa, pois nas equipas treinadas por si sempre jogaram os que estavam em melhores condições. A polémica em torno do Shevchenco foi crucial para a deterioração da relação entre o treinador e patrão do clube. Quanto a este capítulo, Mourinho não pode se acusado de não ter dado oportunidades ao ucraniano, porém, Shevchenko nunca atingiu o nível de desempenho que havia alcançado em Milão. A hora da despedida do plantel foi um momento de comoção e só prova que Mourinho é especial e marca profundamente quem trabalha com ele.

Bisca de Copas

quarta-feira, setembro 19, 2007

o fenomeno italiano. Com o seu 4-5-1, o Milan coloca os seus dois laterais quase na area adversaria e tres medios em posição de finalização. A equipa adversaria deve fazer marcação individual aos tres medios (pouco elegante mas eficaz) e ao avançado de ponta (Inzaghi neste caso). No benfica Rui Costa não marca, e Pereira + Katsouranis são tudo menos trincos. Di Maria não cobriu as subidas do lateral esquerdo e o Cebola viu Oddo fazer o corredor direito a seu bel prazer. Conclusão: não levamos um saco porque não calhou. O grande problema é que o Benfica não tinha nenhuma solução para mudar o rumo do jogo. Tenho a certeza que com petit, Luisão e David Luis as coisas teriam sido menos desiquilibradas, mas teriamos muito provavelmente perdido o jogo. Depois de ter visto Luis Filipe jogar(?), Nélson: estás mais que perdoado...
Afinal, o Cebola do PSG não mudou, muita correria para pouco ou quase nada. Talvez seja de alguma utilidade no campeonato, onde existem mais espaços.

King

terça-feira, setembro 18, 2007

SLB em jogo

Este ano temos a melhor equipa dos últimos tempos e com o regresso de Luisão e David Luís penso que poderemos disputar o título e sem dúvida chegar aos oitavos de final da liga dos campeões. As coisas poderão piorar no momento em que Rui Costa começar a perder o gas do inicio de epoca. É ele (e Di Maria por vezes) que injectam a imprevisibilidade no jogo - para mim, o maior factor de desiquilibrio num jogo de futebol. Quando um jogador não pode antecipar a jogada, o seu comportamento durante o jogo é instavel, perdendo confiança e clarividencia.
Esta noite o SLB nada tem a perder, deverá jogar para ganhar sem qq tipo de medos. O AC Milan de inicio de epoca será mais fácil de bater que daqui a 3 meses. O nosso unico problema é o centro da defesa e por isso espero que Kaka não esteja muito inspirado.
O FCP pode ganhar ao Liverpool se puser um pouco de imaginação e loucura no seu jogo (uma tatica oposta à de Mourinho).
Para aqueles que gostam de ver futuras estrelas do futebol, deitem uma vista de olhos à dupla de ataque do Lyon (Benzema, Ben Arfa) que poderá fazer alguns estragos já este ano. Talvez amanha contra o Barça em camp Nou, quem sabe...


Rei de espadas

segunda-feira, setembro 17, 2007


O regresso das grandes noites europeias...

Uma semana após as desilusões com a nossa selecção regressam os jogos europeus. Os três grandes portugueses encontram na ronda inaugural os adversários mais fortes. Será um bom teste para pôr à prova as potencialidades das nossas equipas. No que diz respeito ao meu clube, prefiro vê-lo defrontar um colosso europeu a uma equipa sem cartel. O encontro diante do Liverpool é de resultado imprevisível, sendo assim não ficarei surpreendido com qualquer desfecho. Os de Anfield Road praticam um futebol cínico e mantêm-se sempre muito organizados em campo. Penso que irá ser um jogo bastante táctico e que se decidirá num pormenor.
Resta-me desejar boa sorte ao Benfica e ao Sporting para os difíceis encontros que têm pela frente.

P.S: O Rui Costa foi sempre um Sr. dentro e fora dos campos. Fossem todos os jogadores um exemplo como ele...

Bisca de Copas
Há jogadores assim...

QUE BOM REVÊ-LO



Após 5 anos de Milan, Rui Costa, no verão de 2005, optou por voltar para casa, o Benfica. Agora os torcedores rubro-negros têm a chance de abraçá-lo. Nos olhos a sua classe e aquela carta especial...

Ele sempre dizia: 'Gostaria de encerrar minha carreira no Benfica'. Manuel Rui Costa nunca havia escondido a sua vontade de retornar, um dia, para sua casa. Desde 2001, ano em que escolheu vestir a camisa do Milan. Após sete anos na Fiorentina, Rui jogou cinco anos com a camisa rubro-negra, vencendo uma Champions League, um Scudetto, uma Supercopa Européia, uma Supercopa Italiana, uma Copa Itália. Mas para além dos sucessos em campo, o português deixou uma herança mais significativa, feita de emoções, passes (mais de 50...), proezas, classe e paixão. Os torcedores do Milan o amaram, do início até o final. Mas não tiveram a oportunidade de saudá-lo e desejar-lhe boa sorte por ocasião de sua despedida, em maio de 2005.Stam havia saudado a todos fazendo o giro do campo em San Siro, Sheva escolheu ficar junto com a torcida, na curva rubro-negra. Ele, Rui, nunca se despediu de verdade. Ao contrário. O amor entre ele e o Milan superou as fronteiras da Itália. A demonstração ficou evidente por um gesto em particular. De Portugal, antes de Atenas, chegou à via Turati um fax absolutamente especial. Com um 'boa sorte' verdadeiro, sentido, mágico, como o remetente. Rui, que em Istanbul estava presente, escreveu ao Milan antes da final da Champions League na Grécia: 'Quem teve a sorte, como eu, de viver a Família do Milan, jamais esquece e jamais deixa de se sentir parte dela. Compreendi isso ao voltar para o Benfica, uma opção muito sentimental que me trouxe de volta às minhas raízes coroando um sonho que havia me acompanhado desde o dia em que, ainda um garoto, deixei Lisboa. O Milan porém entra nas veias e não sai mais, por isso gostaria de transmitir ao sr., ao Presidente, a Carlo e a todos os rapazes que o meu coração estará com todos vocês em Atenas. Estou orgulhoso daquilo que vocês souberam fazer nessa dificílima temporada e sei que saberão encerrá-la como Milan, com a classe e a coragem que só o Milan sabe exprimir nesses momentos 'especiais'! Bater o Liverpool será uma pequena revanche para mim também... (esta a carta de Rui, publicada em 18 de maio no site acMilan.com). Aconteceu assim: O Milan bateu o Liverpool também por Rui e por todos os protagonistas da final de 2005. Foi o que declarou Adriano Galliani em Atenas, após a esplêndida vitória. Lendo a carta de Rui, a realidade pareceu simples. Diante daquilo que está escrito compreende-se a atitude 'melancólica do Rui rubro-negro em relação a Florença. Rui é um homem de sentimentos, de valores, de calor. A camisa, o clube, o público, tudo passa a fazer parte do coração de Rui que hoje se comporta em relação ao Milan do mesmo modo que fazia como milanista em relação ao mundo viola. Firenze e Milão são as suas cidades italianas. Agora o mundo milanista está pronto para revê-lo e abraçá-lo. Estará vestindo outra camisa, o nosso Rui, e entretanto, estamos seguros, para muitos as cores diferentes se confundirão, não parecerão assim tão nítidas. San Siro não vê a hora de observá-lo novamente no campo onde ele deu o máximo de si por cinco temporadas. Antes porém terá também a oportunidade de ouvi-lo: o nosso ex-número 10 e hoje número 10 do Benfica será protagonista da entrevista coletiva da véspera da 'primeira' da Champions em Milão. Em companhia de Camacho, Rui responderá às perguntas dos jornalistas. E no dia seguinte voltará para ele o efeito San Siro. O abraço em seus ex-companheiros e agora amigos. Em todo o ambiente rubro-negro que ainda tem vontade de dizer-lhe, mesmo como adversário: 'Obrigado por tudo, Rui'.
Retirado do sitio oficial do A.C.Milan
Duque de Espadas