sexta-feira, abril 27, 2007



O epílogo da temporada

O pontapé na bola vai estar ao rubro neste fim de semana. A norte, joga-se um derby importante entre duas equipas com ambições distintas na liga. O FCP procura uma vitória para embalar definitivamente rumo à conquista do bi-campeonato. Contudo, o Boavista mesmo não aspirando a nada neste fim de época, fará a vida difícil ao Porto e irá deixar tudo em campo como é apanágio das equipas de Jaime Pacheco. Espero que seja um derby bem disputado e sem polémicas de arbitragem.
Na capital, disputa-se outro derby decisivo para as aspirações das duas equipas. O Benfica tem a vantagem de jogar no seu reduto e precisará do apoio dos seus adeptos para conquistar a desejada vitória. Em caso de vitória, os encarnados ultrapassarão os rivais da segunda circular e ainda poderão ter uma palavra a dizer na disputa do título. O Sporting está mais consistente, porém, num derby o resultado é sempre imprevisível. Se os leões vencerem, seguram o importante segundo lugar e mantêm viva a luta pela conquista do ceptro. O empate seria o melhor resultado para o FCP, isto se os campeões nacionais conseguirem vencer no Bessa.
No que toca às competições europeias, devo realçar o excelente jogo de futebol proporcionado pelo Manchester e o Milão. Nesse encontro, todos os olhos estavam virados para o craque português do Manchester, mas quem mais brilhou foi uma estrela brasileira. Káká impressiona pela objecticidade, inteligência e facilidade com que executa cada jogada. No lance do seu segundo golo, apenas com um toque subtil de cabeça, tirou da jogada dois defesas adversários e ficou com o caminho aberto para a baliza. Um hino ao bom futebol!

Bisca de Copas

quarta-feira, abril 25, 2007


25 de Abril
Passam 33 anos que os capitães deixaram os quarteis e rumaram ao Terreiro do Paço para fazerem a revolução dos cravos. O espontâneo apoio popular dado aos militares impediu o confronto entre as forças do regime e os revoltosos. É aos militares que devemos a liberdade que hoje temos como adquirida.
No dia de hoje apetece-me lembrar os cantores de intervenção como Zeca Afonso ou José Mario Branco. Queria lembrar todos aqueles que lutaram e deram a vida para que hoje fôssemos cidadãos de pleno direito e pudessemos viver sem a mordaça do medo.
Sei que hoje o 25 de Abril, já pouco diz às gerações mais novas. Para os jovens de hoje é um mero feriado como tantos outros. Na escola, a História chuta para uma nota de rodapé a revolução de Abril. É importante manter viva a memória da Revolução, para as gerações vindouras perceberem que nem sempre se viveu em liberdade como nos dias de hoje. Para saberem que houve Homens que lutaram contra um regime opressor e que menosprezava a autodeterminação individual.
Aqui fica o meu parco contributo para que a memória se perpetue...
Bisca de Copas

sexta-feira, abril 20, 2007


A sina de Sócrates
É por todos sabido que a política à semelhança da economia vive de ciclos. O primeiro-ministro Sócrates viveu dois anos em estado de graça. Gozava de grande popularidade junto da opinião pública e tinha a comunicação social do seu lado. O episódio da licenciatura do eng.º José Sócrates veio alterar esta situação. Se por um lado, Sócrates e o seu governo ainda gozam de grande popularidade, por outro lado, a relação com a comunicação social alterou-se substancialmente. De há três semanas a esta parte que somos brindados diariamente com notícias negativas em relação a José Sócrates e à sua governação. Um caso aparentemente irrelevante, uma licenciatura em engenharia civil, acabou por ser transformado num grande escândalo como se nada de mais importante se passasse no país. É obvio que existe um antes e um depois em relação ao folhetim da UnI, e que nada ficará como dantes. A imagem de José Sócrates junto da opinião pública mudou e a sua credibilidade saiu beliscada com a novela da UnI. Hoje será mais difícil para Sócrates olhar nos olhos dos portugueses e pedir-lhes rigor e exigência, do que há algum tempo atrás. Independentemente de saber que existiram falhas no processo de licenciatura de José Sócrates, continuo a achar que o caso é um fait-diver e que foi exacerbado pela comunicação social. Penso que um governante deve ser julgado pela sua governação, e não perante factos da sua vida privada. Sinceramente também considero inconcebível que se possa aferir do carácter de José Sócrates através do caso UnI. Entendo que só se deve formular juízos de valor acerca do carácter de alguém quando se conhece bem essa pessoa.
Foi o dr. Marques Mendes quem primeiro se referiu à falta de carácter de José Sócrates. Em relação a Mendes nem a força de carácter o fará primeiro-ministro.
Bisca de Copas

sexta-feira, abril 13, 2007

Ser ou não ser, eis a questão!

Só importava saber a verdade acerca desta história da licenciatura de Socrates essencialmente por 2 motivos:
1.º Para avaliar o carácter da pessoa em causa;
2.º Para saber até que ponto houve ou não favorecimentos.
Em relação ao 1.º motivo, são tantas as tropelias que envolveram a sua licenciatura que não tenho dúvidas que a licenciatura, para além de negociada, foi tirada muito depois da data em que o próprio se assume como tal! Assinar como Eng. não foi mera casualidade mas sim uma falha de princípios de alguém que se quis fazer passar por aquilo que não era!
Ora analisando o 1.º motivo, depreendo também que houve favorecimento pois só assim se explica a tamanha coincidência do seu professor vir mais tarde a fazer parte do governo e posteriormente nomeado para um cargo no Ministério da Justiça. Ou então, o facto do reitor ter leccionado a cadeira de Inglês Técnico quando o docente destacado era outro...enfim!

Para quem não gosta de acreditar em casualidades, pergunto se o Jornal Público (propriedade da SONAE) terá feito questão de lançar esta confusão de forma propositada precisamente depois da OPA ter sido chumbada (em que o estado através da CGD teve um papel fundamental) . Dirá o Belmiro, “cá se fazem cá se pagam”!

Ás de Ouros
Fait-divers

Na Quarta-Feira assistimos durante quarenta minutos à explicação das habilitações literárias de José Sócrates. Aquela que deveria ter sido uma entrevista acerca dos dois anos de governação socialista, transformou-se na defesa pública de José Sócrates sobre o seu processo na UNI. Eu estou-me nas tintas em relação ao facto de o PM ser Engº ou um mero licenciado em engenharia civil; se o mesmo professor lhe leccionou quatro cadeiras; quem é que foi o seu professor de Inglês Técnico, etc...
A mim interessa-me saber qual o rumo da governação socialista, se as medidas tomadas foram as melhores e se foram ao encontro das expectativas da população. Gostaria que o PM esgotasse o tempo da entrevista a explicar o porquê da opção do aeroporto da Ota, ao invés de a apresentar como um facto consumado e sem alternativa possível. Gostaria ainda que o PM explicasse qual é a estratégia de desenvolvimento que o governo delineou para o interior do país ou se definitivamente aquelas regiões são inviáveis. Gostaria também de ouvir o PM acerca de uma questão fundamental como é a da regionalização ou se o modelo centralista que comanda o país a partir da capital é para manter. Gostaria de saber porque é que a maioria das medidas previstas no PRACE para concretização em 2007 ficaram no papel. Gostaria que o PM dissesse o que pensa em relação ao desempenho do ministro Manuel Pinho. Gostaria que o PM explicasse a importância de um investimento faraónico como é o TGV e se há estudos que fundamentem a viavilidade do projecto.

Pelos vistos importante era saber mesmo se o PM era ou não Engº pois tudo o resto são fait-divers.

Bisca de Copas

Eu sou o Mantorras!!!


“Já chega de dizerem que o Mantorras é coxo”. Ao lado desta frase dita pelo próprio, muita típica dos nossos jogadores de futebol, em que falam se si na 3ª pessoa, o jornal A Bola publica esta fotografia.

Ora, foi aqui que me surgiram algumas dúvidas. A fotografia desmente claramente o jogador. Daí conseguir compreender as declarações de Fernando Santos, quando afirma “jogam os que me dão mais garantias”. É claro que um jogador com duas pernas, oferece sempre mais garantias do que outro só com uma. A não ser que o que tenha duas seja o Nuno Gomes, pois esse par de pernas que usa em combinação com o cabelo, para desfilar em cada rua que vagueia, não lhe chegam ao que parece para empurrar as bolas para a baliza a meio metro da linha de golo. Contudo este conjunto de declarações, serve para nos fazer entender a politica de contratações. Ao contratar Derlei, Vieira deve ter pensado: se temos um coxo, também podemos ter um só com um joelho.
No entanto, devemos dar o benefício da dúvida ao Mantorras, pois se ele diz que não é coxo, não deve ser. O homem para dizer isto, com certeza já viu a sua outra perna. Se assim é, e a julgar pela concorrência ao posto de avançado no SLB, ele não está em desvantagem. E é legitimo que diga: “quero jogar mais”, ao que nós respondemos em coro: “deixem jogar o Mantorras!”.
Outras declarações curiosas do jogador são: “faço tudo nos treinos.” Reservo-me ao direito de não comentar, deixando para os leitores a interpretação do seu conteúdo. No entanto, quando diz “não converso com ninguém”, permito-me aconselha-lo que no SLB as coisas não funcionam assim. Lembremo-nos do episódio da braçadeira de Simão Vs Hélder. Primeiro, o pai da Mariana, tentou fazer a cabeça dos companheiros. Não conseguindo o seu intento, chorou baba e ranho no balneário para conseguir a braçadeira, o que acabou por acontecer no ano seguinte. Por isso, "fala com o Luis Filipe".


Abraço, 4 de espadas!

terça-feira, abril 10, 2007

Coerência

De facto, Scolari é coerente consigo mesmo, ao afirmar que é possível treinar o Escrete a viver na Europa. Ele é o exemplo vivo que é possível treinar a selecção Portuguesa, e viver no Brasil, no Douro, Alentejo, Algarve, etc...etc...Tá bem!

Ás de Copas

sábado, abril 07, 2007

Rescaldo do Neo-Clássico: breves notas sobre o clássico de 1 de Abril...

- No banco, PBento venceu Jesualdo, e Jesualdo vence depois FSantos. Tacticamente disciplinado o FCP entrou bem na Luz (ao contrario do por mim pensado), assumiu o jogo e controlou totalmente a 1ª parte. Na 2ª parte a organização desorganizada do SLB, a passagem de Simao para a esquerda e a falta de opções do FCP permitiram a resposta benfiquista, que tornaram o empate justo;

-No SLB notou-se algorecorrente esta época, a falta de personalidade da equipa nos grandes jogos (excepção em Alvalade), a excessiva dependência que a equipa tem de Luisão, Katsouranis e Simão, e a total anarquia táctica que FSantos implementou na equipa;

- De facto, para as nossas hostes esta época não deixa saudades.O título só por acidente poderá ser ganho, e na Taça Uefa nota-se a falta de estofo para mais altos voos...A passagem às meias-finais é um prémio mais do que justo, para uma época em que consecutivamente a equipa se encolheu perante os desafios importantes;

- Quanto ao vandalismo, a táctica é recorrente...Desculpam-se os actos bárbaros com pormenores e detalhes de menor importância. O que fica para a história é o comportamente assassínio de alguns vandalos, e a passividade da polícia (dita de choque e intervenção), num triste espectáculo a que ninguem pode deixar indiferente! Pena é o silêncio de alguns, inclusive dos meus companheiros de escrita...


Ás de Copas

PS: Reinaldo está vivo! A vida social portuense agradece pois o homem faz falta a muita gente!! Triste é este país que permite a alguns brincar com a Justiça! Quanto a donativos penso que em alguns Relatórios e Contas da "nossa praça" estarão lá verbas disponíveis para o ajudar...

quinta-feira, abril 05, 2007

segunda-feira, abril 02, 2007



Visita à Catedral

Mais um Benfica-Porto. Magnifico espectáculo fora das bancadas, com a águia Vitória a por em delírio os benfiquistas e a causar uma inveja de morte aos portistas, desgostosos por não terem um símbolo vivo, excepto o Vítor Baia que nem sequer voa, e o “Dragão”, cão do Pinto da Costa que não faz nada a não ser ladrar (o cão).
Depois veio o Hino. Sessenta e duas mil almas com a chama imensa a cantar a plenos pulmões e juro que vi um portista, salvo erro de Gondomar e que pela primeira vez tinha acedido ao apelo duns amigos da claque de ver a Luz, a descuidar-se com a emoção e… urinou. Não faz mal, fui só eu que vi, pois todo o Estádio estava coberto com umas cartolinas vermelhas e brancas que diziam “Amo-te Benfica!”. Eram 60 mil, mas de certeza que queriam ser seis milhões com as cartolinas.
Começa o jogo. Katsouranis ficou em casa e o Porto ganha o meio-campo, criando uma oportunidade e marcando um golo de bola parada.
Segunda Parte. Entra o maestro e começa a música. Só dá Benfica. O Porto não sai da defesa e vem-me à memória as saudosas visitas do Salgueiros à Luz. Perdem tempo quanto querem, sempre com a complacência do árbitro que respeita muito a presunção de inocência do Papa. E não mostra um cartão quando Adriano (outro possível símbolo, o macaco, embora não tão carismático como a águia), encostado à linha, demora 5minutos para sair do jogo e mal sai… entra! Quaresma demorou tanto a sair que tal como o adepto do Porto aquando do Hino, também urinei (mas não nas calças) sem perder pitada. E com tanto respeito pelos princípios penais não adiantava muito ao glorioso tocar violino, pois estava visto que isto estava era para bombos.

Ps: Foram atirados sete petardos e duas cadeiras da bancada onde estavam os portistas. Isso fez com que 3pessoas saíssem hospitalizadas e todas as outras que lá estavam ficassem sobressaltadas, tendo muitas abandonado o jogo.
Quando há animais responsabiliza-se os donos.

Duque de Espadas
Proença cumpriu!

Depois de terminado o jogo mais esperado da época podemos dizer que a montanha pariu um rato! Ficou tudo na mesma.... com uma ligeira vantagem para o FCP que manteve a distancia de 1 ponto e ainda pode beneficiar do embate do SLB-SCP. Mas já dizia o outro, que o campeonato se decide nos jogos com os pequenos. Eu também concordo, mas lanço mais uma frase para completar esse sábio “provérbio”. Ganha-se com os pequenos e com o Pedro Proença a apitar os jogos do SLB!
Tratou-se de uma arbitragem cirúrgica, que conseguiu logo nos primeiros minutos por os jogadores do FCP nervosos. Bruno Alves leva um amarelo por entrada arrojada sobre Simão e 2 minutos depois, do lado contrário, Simão tem uma entrada em tudo idêntica ou pior, mas o arbitro já se tinha esquecido qual o critério que estava a utilizar. Este é o exemplo de como decorreu a partida em termos de amostragem criteriosa de cartões. Mas de forma a garantir, sem qualquer margem para dúvida, que o Benfica ganhava o clássico Proença lá foi inventando umas faltas à entrada da área do FCP...sem sucesso! Como os livres não tinham sucesso e Proença ainda não tinha conseguido expulsar nenhum jogador do FCP lembrou-se então de não deixar entrar Adriano no campo depois de ser assistido fora das quatro linhas. Mas o cumulo aconteceu mesmo com a substituição de Raul Meireles...só Proença não viu que estava um jogador na linha para ser substituído antes da marcação do livre. Em todo o caso, não conseguiu que o Benfica marcasse golo nessa jogada mas conseguiu mostrar (mais) um cartãoamarelo, desta feita a Lucho, que pensava “Na América Latina há muita coisa estranha no futebol, mas nunca vi disto!”.
Entretanto, aceitam-se donativos para ajudar o Reinaldo a pagar as suas dívidas ao casino Solverde. A julgar pela preocupação do Ás de Copas, já temos um mecenas para contribuir. Ah...e se o quiser encontrar, basta ver qualquer jogo do FCP, como foi o caso do jogo de ontem.

Abraço,
Ás de Ouros

Notas do Clássico
O Clássico efervescente da luz teve duas partes absolutamente distintas. Se na primeira parte do encontro o Porto foi dono e senhor da bola, na parte derradeira da partida o Benfica acabou por justificar o empate final.
Foi um Porto dominador e personalizado que surpreendeu as hostes da Luz durante a primeira metade do confronto. Talvez o Benfica não estivesse à espera de um FCP com tão boa circulação de bola a meio campo. Depois de Adriano ter desperdiçado a melhor ocasião para desfeitear Quim, Pepe com um golpe de cabeça coloca justiça no marcador.
Na segunda parte da contenda assistiu-se a um domínio por parte do Benfica e embora tenha sido feliz no lance do golo, acabou por justificar o empate. Devo realçar a quebra física do meio campo do Porto, que não teve pulmão para se impor a meio campo. Lucho andou nitidamente a arrastar-se, Paulo Assunção e Raúl Meireles desapareceram do jogo. É certo que o Benfica acaba por ter mérito na forma como controla o jogo.
Pepe e Helton foram os melhores em campo do lado dos azuis e brancos. O defesa esteve intransponível a defender e foi decisivo ao inaugurar o marcador. O internacional brasileiro voltou às grandes exibições, demonstrando sempre muita segurança entre os postes e negando o golo a Mantorras com uma magnífica defesa.
Do lado dos encarnados destacou-se o Karagounis. Foi ele quem mais puxou a equipa para a frente durante segunda parte.
O empate no clássico deixou tudo em aberto no que toca à questão do título. A luta pela conquista do ceptro continua viva e será campeão quem for mais forte na fase derradeira da prova. Aceitam-se apostas! Eu já fiz a minha.
Bisca de Copas