Cronica de 1 de Dezembro atrasada


Só ontem realmente percebi o quanto detesto o 1 de Dezembro de 1640...E já agora o mesmo dia de todos os anos seguintes. O dia em que bacocamente festejamos a independência face a "nuestros hermanos", ou seja, muito sucintamente se comemora a perda da maior oportunidade de nossa história.

No rescaldo dos Descobrimentos e ao bom modo Lusitano, o fim da festa correu-nos mal (ou bem cá para mim) e lá fomos anexados pelo povo vizinho, poucos anos após nos termos armado em grandes e andarmos em passeio...Depois de muito sangue lá voltamos a querer (ou pelo menos tentar) governarmo-nos sozinhos. Até se admite que a vontade fosse muita, e até bem intencionada, mas bem vistas as coisas, isto não correu lá muito bem!

Este quase meio milénio foi caricato e até cómico, com personagens e momentos maravilhosos como o Salazar e o seu fascimo, Zés como o Zé Cabra e até o Zé Maria de Barrancos, as camisas rosas do Herman José, o Tito de Rans, o Bloco de Esquerda e o seu egocentrico moralismo, e por aí fora. O sumo de todas estas laranjas (esqueçam lá o significado político) foi miserável e confina-se a 3-4 momentos em que provamos que ser Português, não é necessariamente sinónimo de personagem baixita, de bigode, com barriga proeminente, preguiçosa, e com sedução por uma corrupçãozita (mas claro que saudável)...

Obviamente que ser uma província espanhola era bom...Disso penso ninguem ter dúvidas...

Ter o nível de vida espanhol, aliado à cultura de lazer e boa disposição que tão e bem cultivam, e ainda por cima ter um campeonato de futebol imune à tostaozite e quinhentinhozite, isso sim era perfeito!!! Aí só existe uma pequena questão: Será que com a nossa maligna influência durante todos esses anos Espanha se conseguiria manter assim?


Ás de Copas

PS: É verdade, existe outra questão....Será que eles quereriam mesmo tomar conta de nós?