Durante os 2 dias do Natal, a comunicação social deu folga aos candidatos a PR mas sobretudo aos espectadores, que suponho já estarem fartos de ouvir falar do próximo Presidente da Republica!
Acabou-se o Natal e com ele o estado de graça! Segunda-feira, um dia depois do Natal, instalou-se a polémica com as declarações de Cavaco Silva ao JN sobre a necessidade de criar uma Secretaria de Estado para dar apoio às empresas estrangeiras em Portugal. Sobre a pertinência desta Secretaria de Estado não tenho grande opinião, no entanto, sobre a polémica causada pelas declarações de CS gostaria de lembrar os mais esquecidos, especialmente alguns jornalistas com responsabilidades nas manchetes, que quando Santana Lopes quis remodelar o governo após a saída de Durão Barroso, dizia-se à “boca pequena” que o Presidente da República só aceitaria esse Governo mediante determinadas condições, nomeadamente a inclusão de alguns nomes que lhe dariam garantia de sustentabilidade governamental.
Ora, hoje fala-se da tentativa de ingerência de Cavaco Silva nas responsabilidades do Governo após expressar a sua opinião, mas não me lembro de ver o Dr. Mário Soares dizer que era um ultraje a posição do actual PR quando SL formou governo!
Isto faz-me pensar! Quando não há assunto para fazer notícia os jornais arranjam-no! Por hipótese, se os acontecimentos do Tsunami tivessem acontecido este ano, teriam as palavras de Cavaco Silva o impacto que tiveram? Obviamente que não!

O programa da RTP2, “Por Outro Lado”, com a jornalista Ana Sousa Dias, teve esta semana como convidado Ricardo Araújo Pereira, um dos 4 membros do Gato Fedorento. Apesar de não ser um fã das piadas deste grupo, (CRIME! Não gostar do Gato Fedorento - dirão alguns...), reconheço-lhes o mérito de pôr Portugal a rir dos 7 aos 77!
Mas não é a qualidade do Gato Fedorento que me faz escrever estas linhas. É sim, a falta de qualidade da apresentadora do referido programa! A entrevista foi tão má que cheguei a pôr a hipótese se a apresentadora não estaria a sofrer de um problema vesicular causado pelas rabanadas e a aletria, ou talvez o efeito grogue, fosse motivado pelo excesso de champanhe ou vinho do porto do dia anterior. Não sei. A verdade é que a pobreza das perguntas da apresentadora causava momento de riso ao convidado! Aposto que lhe terá servido de inspiração para um próximo sketch.
Não foi a primeira vez que assisti a este programa. Acontece que desta vez tirei todas as dúvidas. Permitiu-me também perceber porquê Marcelo Rebelo de Sousa baixou tanto as audiências quando foi para a RTP. A diferença está na muleta.
Sugiro que observem com algum cuidado a forma como ela faz as perguntas. Se o convidado disser - não percebi! – não se admirem pois nem ela sabe o que está a dizer!

Ás de Ouros