quarta-feira, maio 30, 2007
Para onde é que caminha o FCP?
É com enorme tristeza que soube à momentos que o FCP vendeu o seu jogador com maior potencial. Anderson não chegou a fazer uma época inteira ao serviço do Porto, é certo que esteve parado devido a uma grave lesão, e foi logo vendido a um colosso europeu. Não seria mais rentável para a SAD manter o jogador por mais 2 ou 3 anos e depois negociá-lo como um jogador consagrado? Depois de desbaratar um dos seus melhores activos, o que irão fazer os responsáveis da SAD? Vão ao Brasil contratar três pernas de pau a preço de saldo. Isto é um remake de um filme já visto muitas vezes...
Entristece-me que a SAD do clube do meu coração seja gerida com vistas curtas e sem pensar no médio e longo prazo. Sei que a SAD dá muito prejuízo, e que é inevitável vender jogadores importantes para equilibrar as contas. Mas não seria possível vender um jogador com créditos firmados?
E por falar em contas da SAD, por que não começar a poupar com os administradores, que além de serem demasiados, auferem salários principescos!
Bisca de Copas
quinta-feira, maio 24, 2007
As declarações de Almeida Santos (in Publico online 24-05-07) a tentar justificar a impossibilidade da zona a sul de Lisboa para a implantação do novo aeroporto de Lisboa são do melhor que já vi nos ultimos 5 anos. Então não é que um atentado a uma das pontes sobre o tejo (a do TGV talvez) é uma possibilidade e dessa forma a sua implantação na OTA é indiscutivel. Já vi melhores argumentos, mas este do atentado é o melhor. A do deserto a sul de Lisboa não fica atrás, do nosso querido Mário Lino. Ele que não se preocupe com o deserto, pois com a quantidade de PINs que estão a ser avalizados para o alentejo, daqui a dez anos já não haverá deserto neste país. Já agora, onde é que anda o nosso PM ? Só serve para inaugurar ou por primeiras pedras em futuros (mini-) projectos que se instalam neste país ? A propaganda de Salazar não conseguiria fazer melhor. Este PM nunca se molha, as frases infelizes dos seus ministros, repito: seus, passam-lhe sempre ao lado. A ele o que lhe interessa é o famoso designio nacional, os interesses elevados da nação. Isto de querer interrogar as escolhas do governo são coisas de quem não sabe o que é o designio nacional. Avé Socrates. Avé Socrates.
King is back
segunda-feira, maio 21, 2007
Parabéns ao Porto. Julgo que tem o plantel mais equilibrado dos grandes, liderou desde o inicio, foi o mais regular e mesmo tendo sido aquele que jogou o pior futebol, mereceu ganhar.
O Benfica é um grande derrotado, porque sendo o maior clube português tem a obrigação de ganhar sempre.
Todavia, creio que “o” grande derrotado é o Sporting, ou melhor, o Paulo Bento. Este medroso, mereceu perder o campeonato no momento em que empatado a um golo na Luz e perante a possibilidade de tentar a vitória que o deixaria a 1ponto do Porto (e que faria dele campeão!) preferiu colocar em campo um central (Tonel) tirando Djaló e assumindo que um ponto era bom. Ou por outras palavras, jogou pelo seguro: entre tentar ser campeão arriscando-se a cair para o 3º ou segurar com pés e mãos o 2º lugar, o jovem “ambicioso” treinador não teve dúvidas – mais vale uma borboleta na mão do que um bando a voar… Honestamente, tinha vergonha de ter um treinador com uma atitude destas e do mal o menos, o nosso contestadíssimo treinador sempre assumiu o risco e não se coibiu de tirar defesas para colocar avançados em jogo, independentemente da importância do desafio. É certo que o 2º é melhor que o 3º, mas nunca perdoaria a um treinador da minha equipa que não tivesse ambição, que não quisesse sempre ganhar. Depois foi vê-lo a perguntar ao Paulinho como estava o Porto, esperando que o Aves fosse capaz de lhe dar de bandeja um titulo que a sua cobardia nunca justificou!
Duque de Espadas
quinta-feira, maio 17, 2007
terça-feira, maio 15, 2007
Estava outro dia a ver o Jornal da Noite da SIC Notícias, com a apresentação cativa do Mário Crespo, e quando já estava no limbo do adormecimento embalado pela voz monocórdica do apresentador, deparo-me com o inesperado! Não é que enquanto passam imagens do boletim meteorológico o prezado jornalista disserta sobre as efemeridades ocorridas em anos passados!? Do género, enquanto vemos o mapa de Portugal e as imagens apontam para aguaceiros no Porto e neve na Serra da Estrela, em simultâneo, ouvimos o Mário Crespo a dizer que “há 500 anos nasceu o Conde da Varziela, há 30 morreu o Elvis” e etc... Se ainda não viram, então não percam! Este estilo de apresentar o boletim meteorológico vai fazer escola!
Falando ainda da TV, pergunto-me quem será o realizador do Programa Prós e Contras da RTP? Não sei quem é mas aposto que é Bloquista! Sim! Não tenho dúvidas! E afirmo isto porque não há programa do P&C que não esteja no painel um camarada do Bloco de Esquerda, num esquema de rotatividade para não pensarmos que à comentadores residentes, mesmo quando o assunto lhes é completamente alheio! Faz lembrar aquela disputa que o Bloco fazia à uns anos com as cadeiras da AR, onde se estavam constantemente a revezar (ou será que estavam a brincar à Dança das Cadeiras!?). Ontem era o Miguel Portas, amanhã o Fazenda, depois o Louça! Como os 3 já estavam cansados incluíram agora e em nome da igualdade de sexos a Ana Drago. Assim já ficam 2-2. Louça/Portas Vs Drago/Fazenda!
Abraços
Ás de Ouros
sexta-feira, maio 11, 2007
A Europa em mudança
No passado Domingo a França elegeu o Presidente da República para os próximos cinco anos. Nicolas Sarkozy é uma figura controversa e que foge ao politicamente correcto. Todos nos lembramos do episódio em que Sarkozy, à data ministro do interior, apelidou de racaille (escumalha) os jovens que puseram os subúrbios de Paris a ferro e fogo. Durante a campanha presidencial tomou uma posição firme contra a adesão da Turquia à UE, ora esta posição é minoritária entre os líderes europeus. Goste-se ou não das suas ideias, Sarkozy teve o mérito de ser claro na sua exposição e intransigente na sua defesa. Penso que a chave da vitória nas eleições presidenciais, residiu na clareza das suas propostas, contrariamente a Ségollène Royal que andou sempre muito perdida no seu programa. Sarkozy terá uma tarefa difícil pela frente, pois precisará de contrariar o declínio económico e social dos gauleses e voltar a colocar a França na rota da UE.
Ontem na Inglaterra, Tony Blair, anunciou a data da sua demissão. Blair esteve dez anos no poder e irá passar o testemunho ao eterno ministro das finanças Gordon Brown. Tony Blair irá ser lembrado como um grande primeiro-ministro, pois foi capaz de relançar a economia britânica, deu protecção social aos mais desfavorecidos e esteve sempre na linha da frente em relação às grandes questões europeias. Contudo, o seu legado ficará manchado pela invasão do Iraque. O atoleiro em que o Iraque se transformou e a não descoberta de armas de destruição maciça, contribuiu para a queda da sua popularidade no Reino Unido e precipitou a sua saída do governo.
Bisca de Copas
terça-feira, maio 08, 2007
Vaz Tê, jogador do Bolton, descontente no actual clube, quando questionado acerca da possibilidade de se transferir para um clube português:
“O FC Porto é o meu clube preferido, mas não gostaria de representar a equipa. O futebol do Sporting atrai-me mais, é uma equipa com jovens, que quer ganhar algo e evoluir. Já o Benfica é o Benfica”.
Duque de Espadas
sexta-feira, maio 04, 2007
Começo por referir que poucos espectáculos me emocionam tanto como aquele que um público apaixonado por futebol é capaz de proporcionar. Milhares de pessoas juntas a cantar em uníssono, a torcer todos como um só pela vitória da equipa é coisa a que ninguém pode ficar indiferente. E só quem nunca assistiu a este fenómeno o pode ficar.
Compreendo os que se emocionam com cinema, teatro, ópera, música clássica, pois são todos formas de arte muito nobres, mas quanto a mim, este espectáculo das bancadas no futebol tem um condimento extra: a espontaneidade. Essa espontaneidade com que durante 90minutos a multidão se une como se fossem todos membros duma grande família ( e são!) é coisa que me comove.
Por isso afirmo: felizes os que estiveram em Anfield Road na Terça-Feira. Naquele palco, o futebol regressa à essência e têm-se a sensação que não jogam ali onze homens de vermelho, mas sim onze monstros, tal é a forma como jogam e correm, num ritmo alucinante, obviamente contagiado pelo ambiente exterior.
Passando ao jogo, quanto a mim o menos importante nesta ocasião, creio que ganhou bem o Liverpool - ao contrário das infelizes (mais umas…) afirmações de Mourinho -, a única equipa que quis ganhar o jogo. É certo que os londrinos estavam com algumas limitações, mas só o facto dos Reds jogarem como se fosse o último jogo das suas vidas, justifica que tenham sido superiores, pois se analisarmos os dois onzes em campo, parece-me claro que tem mais qualidade o do Chelsea. Não tem é tanta alma e isso é coisa que o dinheiro não compra, nem abunda em todos os públicos. Julgo ainda que Mourinho deveria ter noção do ridiculo quando afirmou antes do jogo que o Liverpool não era uma grande equipa. Só uma grande equipa (enorme) consegue ter aquele ambiente.