"Não se fazem governos na praça pública"
Após as eleições que deram uma maioria de direita, ficou-se hoje a saber que serão formadas duas equipas de trabalho que vão preparar as bases do programa do novo Governo. As expectativas sobre os ministros e ministérios a criar está na ordem do dia e diria que alguns dos membros das equipas de trabalho agora constituídas serão também convidados a assumir pastas governamentais.
Aqui vão os meus palpites:
N.º de Ministérios: Apesar de PCoelho ter sugerido um governo com 10 ministérios, tendo em consideração a coligação com o CDS e adivinhando a ambição de PPortas, diria que o Governo terá pelo menos 12 ministros, 3 para o CDS e 9 para o PSD (proporcional às votações de cada partido).
Sobre as Pastas e Ministros:
Ministro das Finanças: Eduardo Catroga. Longe de ser um nome da minha preferência, parece-me o nome melhor posicionado para assumir esta pasta. Trata-se de um homem da confiança de Cavaco.
Alternativa: Vitor Bento
Ministro dos Assuntos Parlamentares: Miguel Macedo. Foi o presidente do grupo parlamentar social-democrata na anterior legislatura e, portanto, uma pessoa com a experiencia parlamentar necessária para assumir o cargo. Pessoalmente não o acho como uma mais-valia, mas a fidelidade a PCoelho vai valer-lhe a promoção.
Ministro da Defesa: Aguiar Branco. Apesar das diferenças com Passos Coelho, acredito que se trata de uma pessoa válida no seio do PSD e, portanto, ministeriável. A dúvida que se coloca é saber se está disposto a abdicar da carreira para voltar à política activa.
Ministro da Economia: Daniel Bessa. Poder-se-á considerar um nome consensual junto do tecido económico empresarial o que será sempre uma mais-valia, no entanto, parece-me que o seu tempo já passou!
Alternativa: António Lobo Xavier
Ministro da Saúde e Segurança Social: Fernando Nobre... eh eh eh.... tou a brincar!
Bagão Felix. Trata-se de uma pessoa consensual entre o PSD e o CDS, e apesar de benfiquista, julgo que fez um bom trabalho (na medida do possível) enquanto ministro da SS. Sobre a mistura entre a Saúde e a Segurança Social não me parece muito complementar mas os prognósticos assim o indicam.
Ministro da Cultura: Francisco José Viegas. Foi eleito deputado por Bragança e seria um bom ministro para a pasta da Cultura, se é que ela vai existir!
Ministro da Agricultura e Ambiente: Jorge Moreira da Silva. Soube palmilhar terreno dentro da estrutura do PSD e será uma pessoa consensual para esta pasta, fruto até da experiencia passada enquanto Secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do território.
Ministro da Justiça: Paula Teixeira da Cruz. É um dos nomes apontados para a Justiça, ainda que me parece ser muita areia para uma pessoa que apesar de advogada está longe de ser brilhante. Diria que a Justiça terá que ser um Ministério a ser tratado com muito cuidado nesta legislatura depois das tropelias por que passou.
Ministro da Educação: Joaquim Azevedo. Coloquei aqui o seu nome pelo facto de ter sido várias vezes apontado para Ministro da Educação na Comunicação Social mas não tenho opinião formada.
Alternativa: Assunção Cristas
Ministro da Ciência e Ensino Superior: Nuno Crato. Professor catedrático mas com um perfil de “mãos na massa” parece-me que poderá ser uma boa opção para este ministério, até pelo percurso profissional associado a organizações de carácter científico e tecnológico.
Ministro da Administração Interna: Nuno Magalhães É o nome mais falado por parte do CDS para a Administração Interna, ainda que do meu ponto de vista não seja uma mais-valia pois ainda está verde. Precisa de mais experiencia e uma secretaria de estado ficar-lhe-ia melhor.
Ministro dos Negócios Estrangeiros: Paulo Portas. Parece-me que será a pasta que lhe poderá trazer alguma da projecção que procura associado ao título de Vice Primeiro-Ministro. Pessoalmente gostava de o ver na Administração Interna pois julgo que tem feito propostas interessantes neste capítulo.
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