Um cheirinho a Camacho, Cebola e o Apito

Finalmente um pouquinho de… Camacho. Ontem na Dinamarca, com muita sorte na 1ªparte e categoria na 2ª, o Glorioso mostrou um atributo de que os benfiquistas já sentiam francas saudades: raça (ou “ganas” em espanhol). Quanto mais não seja acreditamos que o treinador trouxe mais querer a esta equipa e só por isso já valeu a pena.
Quanto ás contratações, confesso que desconheço todos e reconheço que numa primeira análise Cristian Rodriguez é o menos apelativo. Porém, os jogadores são como os melões, só depois de abertos (ou de começarem a jogar) é que se vê se prestam ou não. Relembro só que este jogador fez uma excelente Copa América, tendo inclusivamente sido considerado por aquele que é tido como uma das sumidades (não para mim…) na análise de jogadores em Portugal, o comentador Luís Freitas Lobo, como o melhor jogador dessa competição. Acrescentou ainda recentemente que o Benfica fez uma grande contratação com este jogador. A ver vamos.
Segue a dança e segue o apito. Incrível arbitragem (ou o que lhe quisermos chamar) de Pedro Proença no porto-sporting. Primeiro temos o surreal golo dos portistas, que tentam esforçadamente demonstrar que aquela bola que Postiga dominava e que Polga por trás se estica todo para cortar, foi um atraso deliberado, quando as regras referem que para ser considerado atraso o jogador tinha que ter a bola na sua posse… Depois segue-se a passividade do árbitro perante o jogo violentíssimo dos jogadores do porto, começando por Quaresma (que em tempos referi ser raro o desafio em que não agride um adversário) com uma entrada para arrumar com Miguel Veloso, o “salto com os cotovelos ao focinho” (novo golpe de karaté) de Pedro Emanuel a Derlei e por fim, aquele que mais me impressionou – e que curiosamente seria o único que deveria apenas ficar-se pelo cartão amarelo – a entrada de Bosingwa sobre Moutinho, digna de aparecer nas melhores placagens do Mundial de Râguebi. Enfim… agora se percebe a indignação dos portistas no ano passado em Leiria pela expulsão de Quaresma após a agressão (mais uma, só que desta vez com consequências) a Tixier. Devem ter pensado para com os seus botões: “mas, mas… mas hoje há arbitro?” .

Duque de espadas