segunda-feira, abril 21, 2008

O Diplomata

Sim, de facto Luis Freitas Lobo (LFL) não é suspeito (ao contrário de quem ele tanto elogia, suspeito e arguido). É um teórico do futebol (sem nenhuma carga pejorativa) e um diplomata, que gere tudo como se só houvesse pessoas de bem e tudo se explicasse dentro das quatro linhas. Por isso, todo o escrito de LFL enferma dum mal congénito: omite uma condição essencial do sucesso portista - a adulteração de resultados.
De Pinto da costa e do sistema que montou, em 30 anos de dominio do submundo do futebol português, não vou falar para não ser cansativo.
De modo que, em relação ao texto de LFL, vou apenas deter-me numas brevissimas palavras para falar de Pedroto. Como nunca fui seguidor dessa corrrente tão portuguesa de santificação dos mortos, vou dizer o que penso verdadeiramente dessa personagem: um treinador mediocre (ao nível dum Paime Pacheco, de quem é obviamente, mentor), básico, ultradefensivo; aliado de sempre de Pinto da Costa (o que só por si já diz tudo) sendo o principal estratega do "grande salto corruptivo" que o Porto deu, saindo da sua mente perversa parte substancial dos esquemas da corrupção que valeram ao Porto o dominio absoluto do sistema do futebol; Uma pessoa sem carácter nem principios, racista, e dum género (também tão português) que não olha aos meios para atingir os fins. Era este o grande José Maria Pedroto.

O jogador do campeonato

Bem sei que a tendência natural, é escolher como o melhor da época, um jogador da equipa campeã ou pelo menos, de uma equipa que tenha realizado um óptimo campeonato. Assim, a dúvida seria entre os golos de Lisandro, a classe de Lucho, a magia de Quaresma ou a omnipresença de Paulo Assunção.
Sou, todavia, a considerar que o melhor jogador do campeonato foi: Rui Costa. No ano da despedida, e numa equipa que passou por tantas atribulações, o Maestro esteve brilhante, demonstrando (ainda) estar num nível galáctico a que só os predestinados ascendem. Rui Costa perdurará para sempre na memória dos benfiquistas e dos amantes do futebol, como um génio da bola, daqueles que já não se fabricam. É emocionante assistir à despedida dum futebolista deste calibre, cabendo-nos agradecer-lhe o ter terminado a carreira no nosso País e proporcionado momentos de rara beleza futebolística. Para aqueles cujo facciosismo incontido não lhes permite admirar o talento deste fenómeno, façam um esforço para se abstrair do clube onde joga e lembrem-se que poderão um dia dizer aos vossos filhos e netos, que tiveram o privilégio de ver jogar, o homem que ganhou o prémio de melhor jogador em Itália, no ano em que Zinedine Zidane (na Juventus) ganhou o prémio FIFA de melhor jogador do Mundo!
Obrigado Rui Costa!

Duque de Espadas

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