Um Portugal sem portugueses!
Temos um pequeno fórum de discussão, mas com a grandeza suficiente para se assumir como aquilo que designaria como “espelho do País”. Afirmo-o porque sinto aqui expresso em muitas opiniões – e aceito que outros o sintam em relação às minhas - um comportamento que é apanágio do povo português: a necessidade imperiosa de criticar. A todo o custo, com razão ou sem ela.
Entendo, modestamente, que temos um grande governo, com um grande primeiro-ministro que não governa em função de calendários eleitorais, como ainda agora se viu com as autárquicas e presidenciais, em que o irascível PM não se desviou um milímetro das linhas programáticas do Governo, mesmo sabendo que isso lhe custaria votos.
Pela primeira vez em Portugal, e como muito acertadamente assinalou a Bisca (a quem saúdo a entrada), temos um Governo que enfrenta os interesses instalados. Todos. Sim, porque aos referidos pela Bisca eu acrescento de memória o corte dos privilégios dos juízes (um enorme lobbye há anos imutável), a proibição da acumulação de pensões dos políticos, o fim do desregrado subsidiamento dos agricultores, etc, etc…
Até o mal amado Freitas do Amaral, um senhor com provas dadas em todos os domínios que exerceu, foi crucificado por via de uma pseudo-gaffe das caricaturas. Para mim, diplomacia é ir ao Canadá tentar evitar que milhares de portugueses desesperados sejam expulsos.
Em suma, não percebo este lusitano maldizer, mais a mais, num País que até há pouco tempo estava entregue à dupla Santana-Portas. Era impossível piorar. A conclusão a que chego é que este País não merece um Governo, merece Santanetes. Razão tinha o Eça quando bradia ser Portugal “um país ingovernável”. É que nesse século, tal como agora, Portugal tinha portugueses.
Duque de Espadas
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