sexta-feira, janeiro 04, 2008

Nada que eu já não tivesse dito...

Bruno Prata, hoje no 'Público'

Olhemos para o exemplo do Valência. O presidente Juan Soler não aguentou a carreira irregular da equipa espanhola, despediu Quique Flores, ainda há pouco tempo o treinador da moda em Espanha, falhou as tentativas de contratar os italianos Fabio Capello e Marcello Lippi e o português José Mourinho e teve de contentar-se com Ronald Koeman. Este, como as coisas lhe correram mal na estreia com o Rosenborg, decidiu que era preciso efectuar uma mini-revolução. É sempre este o recurso dos prepotentes e de quem não tem verdadeiras soluções para oferecer. Koeman deu então ordem de despedimento aos internacionais espanhóis Canizares, Albelda e Angulo, cujas saídas estão a dar que falar e irão custar uma fortuna. Com isso, garantiu lágrimas no balneário e o ódio de muitos adeptos, a quem, como contrapartida, acaba de ser oferecida a contratação da jovem promessa argentina Ever Banega. Custou 18 milhões de euros e vai concorrer no meio-campo com o português Manuel Fernandes, que sabe o que pode esperar do treinador holandês desde que este, no Benfica, o deixava no "banco" para, lembram-se?, dar lugar ao penteado louro de Beto. Transposta para a realidade nacional, aquela situação seria como se Camacho, ao chegar à Luz, decidisse mandar embora Nuno Gomes, Quim e Rui Costa e, para calar a revolta, acenasse com um jovem campeão do mundo de sub-20 que tinha custado mais do que o novo centro de estágio do Benfica. Mais do que inverosímil, seria uma solução impossível do ponto de vista financeiro. Aliás, de alguma forma este episódio insólito no Valência acaba por relativizar alguns dos disparates que vamos vendo no nosso país.

Abraços,

VLT

1 comentário:

Anónimo disse...

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