quinta-feira, janeiro 24, 2008


Para onde caminha este homem?

Desde que Luís Filipe Menezes foi consagrado líder do maior partido da oposição, ainda não conseguiu tirar dividendos políticos da sua actuação. A sua agenda política tem sido pautada pelo desnorte e por um populismo básico. É um líder sem coerência e sem uma clara linha de rumo.
Aquando da crise no BCP, acusou o governo de ingerência no sector privado e pediu como contraponto uma administração laranja para a CGD. Basta o governo apresentar qualquer proposta, para ele se mostrar imediatamente contra ela, ao invés de apresentar uma solução construtiva.
Caricata é também a liderança bicéfala do partido. O líder laranja encontra-se na sua poltrona de Gaia, enquanto Santana Lopes utiliza a sua fórmula letal de fazer oposição como líder da bancada parlamentar. Para complementar a sua acção enquanto líder, LFM faz uma conferência de imprensa no final dos debates parlamentares, apresentando assim a sua discordância em relação à política do governo. É mau de mais para ser verdade!
Portugal e qualquer estado democrático precisa de uma oposição forte e credível. Infelizmente por cá, temos uma oposição de faz de conta. Porque será que LFM quis tanto ser líder do PSD?

Bisca de Copas

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Breves de Imprensa

"A Portugal Telecom (PT) anunciou, ontem, que a remuneração mensal de cada um dos seus sete administradores executivos é, em média, de 86.561 euros, dados que a empresa nota virem divulgados no seu Relatório e Contas de 2006. A Telecom reagia assim à notícia publicada na revista Visão, que atribui uma remuneração média mensal de 185.590 euros aos administradores executivos da operadora."

Notícia do JN desta sexta.
É caso para dizer, ainda bem que a Portugal Telecom corrigiu o lapso.Assim ficamos todos mais descansados.


O que está em causa
Por outras palavras, Manuel António Pina

"O PS entende que é necessário reforçar a legitimação democrática do processo de construção europeia, pelo que defende que a aprovação e ratificação do Tratado deve ser precedido de referendo popular", diz o "Compromisso de Governo para Portugal (2005-2009)" com que o PS se apresentou aos portugueses. Recordando esse compromisso, escrevi aqui recentemente que já não faltava muito para descobrirmos, mais uma vez, o que valem as palavras em política. Nem um mês faltava. O mesmo primeiro-ministro que, na sua tomada de posse, reafirmava solenemente que "este Governo honrará os seus compromissos" e que ainda em Abril repetia que o Tratado seria referendado, anunciou ontem que, afinal, não haverá referendo nenhum. Compreendo as razões de Sócrates. Não acredito (ninguém acredita) que, sendo o Tratado sujeito a referendo, o resultado fosse diferente do da ratificação na AR. Nem sequer estou certo de que um referendo seja melhor solução do que a ratificação parlamentar. Mas o que está em causa quando um partido promete uma coisa e faz outra é a credibilidade (o pouco que resta dela) da política e dos políticos. A facilidade com que se rasgam compromissos eleitorais desacredita os partidos. O problema é que desacredita também o próprio regime democrático."

Ás de Ouros

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Nada que eu já não tivesse dito...

Bruno Prata, hoje no 'Público'

Olhemos para o exemplo do Valência. O presidente Juan Soler não aguentou a carreira irregular da equipa espanhola, despediu Quique Flores, ainda há pouco tempo o treinador da moda em Espanha, falhou as tentativas de contratar os italianos Fabio Capello e Marcello Lippi e o português José Mourinho e teve de contentar-se com Ronald Koeman. Este, como as coisas lhe correram mal na estreia com o Rosenborg, decidiu que era preciso efectuar uma mini-revolução. É sempre este o recurso dos prepotentes e de quem não tem verdadeiras soluções para oferecer. Koeman deu então ordem de despedimento aos internacionais espanhóis Canizares, Albelda e Angulo, cujas saídas estão a dar que falar e irão custar uma fortuna. Com isso, garantiu lágrimas no balneário e o ódio de muitos adeptos, a quem, como contrapartida, acaba de ser oferecida a contratação da jovem promessa argentina Ever Banega. Custou 18 milhões de euros e vai concorrer no meio-campo com o português Manuel Fernandes, que sabe o que pode esperar do treinador holandês desde que este, no Benfica, o deixava no "banco" para, lembram-se?, dar lugar ao penteado louro de Beto. Transposta para a realidade nacional, aquela situação seria como se Camacho, ao chegar à Luz, decidisse mandar embora Nuno Gomes, Quim e Rui Costa e, para calar a revolta, acenasse com um jovem campeão do mundo de sub-20 que tinha custado mais do que o novo centro de estágio do Benfica. Mais do que inverosímil, seria uma solução impossível do ponto de vista financeiro. Aliás, de alguma forma este episódio insólito no Valência acaba por relativizar alguns dos disparates que vamos vendo no nosso país.

Abraços,

VLT