segunda-feira, abril 03, 2006

Finalmente... um Governo.

As farmácias protestam e exigem a demissão do ministro. Será fumaça? Andarão estes actores traiçoeiros a locupletarem-se com os lucros que este Governo lhes dá a ganhar ao mesmo tempo que enganam os portugueses?
Os juízes não são incómodos para ninguém, excepto para quem comete ilegalidades, o que não se me afigura ser o caso dos membros do Governo, mas se alguém sabe de alguma coisa que o denuncie. Serei o primeiro a renunciar à minha opinião deste executivo. Não encontro qualquer ligação entre o Governo e o caso Casa Pia, para além de que a Justiça não se esgota no mediatismo desse caso (tomara até que esse fosse o principal problema). O que preocupa o Governo são os milhares de processos que se acumulam nos tribunais arrastando-se por anos e anos até atingir a resolução. Isto é que é dramático, não a Casa Pia. Por isto se atacaram certos privilégios dos juízes.
É evidente que há um triângulo constituído por construtores civis-clubes de futebol-autarquias que mina a economia portuguesa, numa grande teia de corrupção. No entanto, parece-me que é tarefa da PJ investigar os prevaricadores e acciona-los criminalmente. Não vejo o que pode fazer o Governo para ajudar a combater este mal, a não ser dar total apoio aos órgãos de investigação.
A Administração Pública pode não ser um lobby, mas seguramente que é um dos grandes responsáveis do défice da nossa economia e vejo estas medidas de reforma desta máquina como estruturantes para qualquer tentativa de combater a despesa e relançar o País. Entendo mesmo que é a medida mais corajosa e importante deste Governo. Relembro só que estamos a falar do “monstro”, ao que acresce a tradicional bonomia dos governos no que respeita a mexer nos funcionários públicos. Ninguém os queria ter contra, até agora…
A única situação que me levanta dúvidas e onde divirjo com a acção governativa, prende-se efectivamente com a questão da OTA e do TGV. Dou, todavia, o benefício da dúvida ao Governo pois acho que depois de tudo o que já fez, o mínimo será conceder-lhe este voto de confiança.
Não questiono se é justo ou não o que nos fizeram os canadianos, nem sequer se também o fazemos. O que pretendi foi realçar o enorme humanismo do nosso ministro, que numa atitude inédita, tentou ajudar os portugueses em angústia. Pode não ter êxito, mas fica o acto.
Julgo que é importante que quem exerce o poder tenha alguma fiscalização e controlo, mas não podemos cair na tentação de nos deixarmos cegar por partidarismos, sob pena de nos atrasarmos cada vez mais em relação aos restantes países da U.E.
Lamento ainda que só se tenha lido o que interessava d”o Conde”, para mais quando se falaram em trechos convenientes…

Duque de Espadas

1 comentário:

Anónimo disse...

Do fim-de-semana ainda não vi qualquer comentário à actuação do árbitro Pedro Henriques no Belenenses 1 - Benfica 2. Por que será?
Não terá sido, também esta, uma actuação intencional?

Um abraço!