O meu plano tecnologico
Se o presidente dos restaurantes Macdonald's viesse a portugal e investisse uns milhoes para ensinar os portugueses a comer hamburgers de uma forma limpa e sem deixar cair o pedaço de salada em cima das calças também seria recebido com honras de chefe de estado? Não, estaria a dizer-se que veio somente fazer publicidade para os seus hamburgers (por sinal nada bons comparados com os verdadeiros). O facto de vender um sistema operativo que actualmente é dos mais ineficazes (a versão 2000 é bem melhor que a XP, para não falar de Linux ou Mac) e ensinar a malta a servir-se não faz dele um personagem do nosso plano tecnológico. Ou faz ? A minha ideia de plano tecnologico é bem mais arrojada que isso. É sermos capazes de produzir mais e melhor que os outros, com os nossos meios, isto é, depois de formados pelo nosso sistema educativo e de inserção na vida activa. É a concepção desse sistema, que começa na escola primária até à gestão dos mais idosos que constitui a principal tarefa do nosso plano tecnológico. A base do plano deverá ser a experimentação, isto é, a aprendizagem como somatório dos erros acumulados e não a pseudo-excelencia do "erro zero" que é patrocinado em muitas escolas que querem que os alunos após uma formação teórica estejam aptos ao mercado de trabalho. Em que a curiosidade seja estimulada, em que as perguntas ditas "estúpidas" nunca sejam reprimidas por alguns professores que pelos vistos nunca se enganaram e agarrados ao seu posto de catedrático se julgam fortalezas do conhecimento dogmático e paralitico.
Para mim curiosidade e a preguiça são os motores da tecnologia e a primeira só se consegue com um ensino que deixe as portas abertas em vez de as fechar em dogmas do século passado que matam qualquer pergunta mais audaciosa.
Irei revenir a este assunto muito brevemente
Rei de espadas
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