Reflexo Condicionado
Ainda sobre os famosos cartoons que fizeram agitar os seguidores de Maomé, devo dizer que acho tão ridícula a reacção do povo islâmico, como as declarações de Freitas do Amaral, Kofi Annan, ou qualquer outro que procure desculpar os actos de fundamentalistas verificados, com a reserva à liberdade de expressão. A esse propósito, lembro que todos os dias a igreja católica é alvo das mais diversas ofensas, desde a skin-head Sinead Oconner que rasgou em pleno concerto a fotografia do Papa, até ao mais recente êxito cinematográfico português “Crime do Padre Amaro” em que o padre imagina a Virgem Maria nua.
A explicação para a reacção islâmica foi dada por Pavlov no século passado, e chama-se reflexo condicionado. Isto é, um estímulo indiferente, combinado com um estímulo capaz de activar um reflexo incondicionado, gera uma resposta incondicionada que, depois de repetida sistematicamente, o estímulo indiferente, por si só, é capaz de provocar resposta condicionada.
Traduzido para miúdos, o estimulo indiferente (cartoons), combinado com um estímulo capaz de activar um reflexo incondicionado (lideres islâmicos que utilizam palavras de incentivo à luta contra outros povos que não partilham as crenças deles) acaba por gerar uma resposta condicionada por parte dos radicais islâmicos, que não são poucos.
O mundo ocidental não se pode rebaixar à escalada de terror e desculpar os actos fundamentalistas de resposta a qualquer pretexto, sob pena de qualquer dia não ter mão sobre quem os pratica.
Só para lembrar que Pavlov serviu-se de um cão para chegar à teoria do Reflexo Condicionado!!!
Ás de Ouros
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