O cúmulo da falta de vergonha ou um cão desesperado e fiel ao dono
Conselheiro João Abreu, a "o jogo": "Abriu normalmente, tratámos de acórdãos que não tinham a ver com o Apito Final e a dado passo o então presidente, que agora está suspenso, ausentou-se. Mandou-me chamar a uma outra sala para me notificar de uma outra decisão para me impedir de participar na votação relacionada exclusivamente com os casos do Apito Final. Disse-lhe então: 'não sou notificado aqui, se quiser notificar-me perante o Conselho, tudo bem. Se me suspendesse das funções obrigava a ter seis elementos, uma vez que com o meu voto quatro eram a favor das escutas e três contra e assim ficariam três a favor e três contra; com o voto de qualidade do presidente", segundo adiantou, "ficava desempatado".
"Esta actuação é rasteira, evidente, reprovável, insistente e prepotente e há um mês que se arrastava. Desde 16 de Junho que começou a fazer pressões sobre os membros do Conselho de Justiça para adiar a votação."
Quanto aos incidentes de suspeição apresentados pelo FC Porto e pelo Boavista, esclareceu: "Faço parte da Comissão de Estatutos de Inscrição de Jogadores, como também fazem parte dessa lista o doutor Lourenço Pinto, presidente da Associação de Futebol do Porto, e Carlos Ribeiro, presidente da Associação de Lisboa, "Era um problema de regulamentos, não de incapacidade, não podia estar a dar o parecer no Apito Final, mas para todas as decisões; foi proposto que reconsiderasse e se não o fizesse que pusesse à votação o meu recurso; foi então elaborada uma extensa proposta no sentido de ser instaurado ao presidente um processo disciplinar com suspensão preventiva; o ex-presidente sacou de um papel dizendo que não havia condições para continuar; ficámos os seis especados a olhar uns para os outros e ele saiu da sala, o vice-presidente tentou que recuasse na decisão e também abandonou a reunião". Ainda a descrição dos factos: "Não contente com isso, o senhor doutor Gonçalves Pereira percorreu os corredores da sede da FPF com palavras e actos ditatoriais, mandando que não nos prestassem assessoria. E nós, com ordens do doutor Gilberto Madail, pudemos continuar a reunião que não foi suspensa; ele sabia que a sua manobra não iria ser cumprida, tentou que a reunião não continuasse, mas nós, sentindo que estava a ser cometido um acto grave no futebol português, entendemos continuar."
No "record" (ou terá sido "0 jogo" que se esqueceu?), o conselheiro João Abreu referiu: "Gonçalves Pereira tentou pressionar os conselheiros no sentido de obter uma tese de vencimento favorável ao FC Porto e ao Boavista".
Há gente que não tem um pingo de vergonha. Depois de ter coagido os conselheiros a aderir ao recurso de Pinto da Costa e do Boavista, tendo logrado alterar o sentido de voto de dois deles, este lacaio de Valentim na Câmara de Gondomar e de Pinto da Costa no DIAP do Porto (o tristemente célebre DIAP do Porto), última pessoa no Mundo para poder arguir incidentes de suspeição sobre alguém, tentou numa medida desesperada, inventar um expediente que lhe permitisse retirar da votação um dos que não seguiam o "alinhamento oficial". Arguiu que ele não podia votar por pertencer à Comissão de Estatutos de Inscrição de Jogadores... Com esta medida, ele conseguia um 3-3 em votos e desempatava no seu voto de qualidade.
Quando os conselheiros presentes se aperceberam da manobra que este vigarista da pior espécie procurou encontrar, imediatamente o suspenderam das funções. O que passou pela mente tortuosa desta coisa nesse momento? Acabar com a reunião, tipo menino que está a perder o jogo e fura a bola antes que ele acabe.
Claramente, a estratégia final e em desespero de causa, como um bom cão fidelíssimo ao dono, passou por tentar instaurar a confusão e adiar mais uma vez as decisões, quiçá agora com outros decisores mais disponiveis para aceder a uns favores. Se isso for conseguido (o adiamento), a UEFA não pode decidir porque ainda não há trânsito em julgado da decisão em Portugal e objectivo é atingido.
Este tipo de individuos e de condutas, demonstram em si mesmas a veracidade da acusação que impende sobre estes clubes, pois mais não são do que mais uma manifestação desses comportamentos. Gonçalves Pereira não é diferente de Pinto da Costa, António Araújo, Jacinto Paixão ou Augusto Duarte. No fundo, é tudo farinha do mesmo nojento saco. Num País em que a Justiça funcionasse, este individuo saia da reunião... acompanhado pela Policia.
Resta agora a Madail dar, pelo menos uma vez, uma prova de isenção e comunicar a decisão do CJ à UEFA, sob pena da Europa perceber irremediavelmente o terceiro mundo futebolistico em que vivemos.
Duque de Espadas
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