Bem-vindo Manel!
Depois desta jornada, sinto-me especialmente satisfeito porque parece-me que finalmente descobrimos a equipa-tipo, encontrando-se as únicas dúvidas relacionadas com Nélson, Geovani e Micolli (verdadeiros crimes de lesa-futebol deixa-los de fora). Essa satisfação estende-se obviamente, à vitória no clássico, que julgo ter sido bem disputado, com emoção, entre aquelas que considero ser as duas melhores equipas do nosso campeonato, constituindo uma tremenda injustiça qualquer outra classificação que não passe por tê-las nos dois primeiros lugares. Mas como a bola é redonda...
No entanto, o maior motivo para regozijo foi o aparente regresso à boa forma do Manelinho. Sim, esse miudo genicoso, cheio de habilidade e talento, que se encontrava num mau momento de forma, fruto do infortúnio das lesões. Fez dois bons jogos consecutivos (especialmente este último) e vem ainda muito a tempo de assumir um papel preponderante nas importantes batalhas que se avizinham. Puto, é um prazer ver-te jogar!
Termino referindo que começa a ser frequente ver Vitor Baia sofrer frangos no Estádio da Luz (e este nem Olegário conseguiria invalidar....). É caso para todos exultarmos o apelo num estilo televisivo efectuado por M.S.Tavares "Pedimos desculpa pela interrupção... o Vitor volta dentro de momentos".
Duque de Espadas
segunda-feira, fevereiro 27, 2006
domingo, fevereiro 26, 2006
Prognóstico? Antes do jogo pra variar!!!
Hoje à noite, temos o clássico, que poderá ou não, decidir o próximo campeão nacional. Por isso, e como adepto do F. C. Porto, espero sinceramente que o nosso treinador jogue como o tem feito (3:4:3), que aposte decididamente no Marec para defesa esquerdo e para pôr a jogar a minha equipa ideal, teria que utilizar o Ibson no lugar de Meireles. Isso não vai acontecer, depois do golo deste na última jornada. Ainda assim, apenas espero do F. C. Porto um jogo e uma vitória tranquila. 1:0 chega, e o golo é do Adriano.
Cá estaremos todos para o rescaldo. Um bom jogo para todos e não se esqueçam das máscaras quando entrar o milhafre!
Abraço, 4 de espadas
Hoje à noite, temos o clássico, que poderá ou não, decidir o próximo campeão nacional. Por isso, e como adepto do F. C. Porto, espero sinceramente que o nosso treinador jogue como o tem feito (3:4:3), que aposte decididamente no Marec para defesa esquerdo e para pôr a jogar a minha equipa ideal, teria que utilizar o Ibson no lugar de Meireles. Isso não vai acontecer, depois do golo deste na última jornada. Ainda assim, apenas espero do F. C. Porto um jogo e uma vitória tranquila. 1:0 chega, e o golo é do Adriano.
Cá estaremos todos para o rescaldo. Um bom jogo para todos e não se esqueçam das máscaras quando entrar o milhafre!
Abraço, 4 de espadas
sexta-feira, fevereiro 24, 2006
Sport Europa e Benfica
Depois da tempestade (Guimarães) vem a bonança (Liverpool). Quem diria que após aquela lamentável derrota com o Guimarães, iria o Glorioso arrancar um fantástico triunfo sobre o campeão da Europa? Ninguém. Minto, houve alguns crentes (como eu) que quais peregrinos numa romaria a Fátima, se deslocaram ao Inferno da Luz na vã esperança de que o milagre sucedesse. E sucedeu.
Claro que nada está ganho, para mais sabendo que também há um Inferno em Liverpool, mas quem tem Anderson, Léo e Luisão (já o afirmei e repito: um dos 5 melhores centrais da Europa) pode aspirar a segurar este resultado em Anfield Road. Se o não conseguir, foi bom na mesma.
Tenho a sensação que numa grande noite europeia a canção do titulo do ano passado tem mais razão de ser do que nunca. É que com 65 mil almas a puxarem fervorosamente pelo clube desde o já mítico voo da Águia Vitória até ao último minuto, verdadeiramente “Ninguém pára o Benfica!”
No jogo de Domingo, tenho receio das fintas de Quaresma, da classe pura de Lucho, do faro goleador de McCarthy mas acima de tudo tenho medo disto:
Duque de Espadas
Depois da tempestade (Guimarães) vem a bonança (Liverpool). Quem diria que após aquela lamentável derrota com o Guimarães, iria o Glorioso arrancar um fantástico triunfo sobre o campeão da Europa? Ninguém. Minto, houve alguns crentes (como eu) que quais peregrinos numa romaria a Fátima, se deslocaram ao Inferno da Luz na vã esperança de que o milagre sucedesse. E sucedeu.
Claro que nada está ganho, para mais sabendo que também há um Inferno em Liverpool, mas quem tem Anderson, Léo e Luisão (já o afirmei e repito: um dos 5 melhores centrais da Europa) pode aspirar a segurar este resultado em Anfield Road. Se o não conseguir, foi bom na mesma.
Tenho a sensação que numa grande noite europeia a canção do titulo do ano passado tem mais razão de ser do que nunca. É que com 65 mil almas a puxarem fervorosamente pelo clube desde o já mítico voo da Águia Vitória até ao último minuto, verdadeiramente “Ninguém pára o Benfica!”
No jogo de Domingo, tenho receio das fintas de Quaresma, da classe pura de Lucho, do faro goleador de McCarthy mas acima de tudo tenho medo disto:
Duque de Espadas
quinta-feira, fevereiro 23, 2006
Antes deixem-me dizer que não quero aqui entrar em opiniões, porque cada um terá a sua…
Começo por referir que é impossível produzir pasta de papel com madeira queimada. Pelo que se pode haver um efeito de “venda antes que se queime”, não existe – para que fique bem claro – nunca, a intenção de queimar na expectativa de comprar a madeira mais barata.
A madeira, por parte das grandes produtoras, é sempre própria, isto é, as produtoras alugam as madeiras dos terrenos aos proprietários, não os terrenos, pelo que a ideia do comprar ou vender mais barato dependendo da queimadura tem uma proporção residual na actividade de qualquer produtora de pasta de papel com algum peso no mercado. Das actividades residuais não valerá a pena falar, considerando que os nossos comentários se destinam à generalidade dos casos.
A questão dos resultados líquidos. O preço de venda da pasta de papel é definido internacionalmente através de um mercado próprio. Pelo que, naturalmente se comprar mais barato, ou tiver menos custos de produção, terei margens superiores – directamente associadas ao meu volume de negócios para gerarem resultados sólidos. Em relação aos anos de 2004 e 2005 o preço internacional da pasta tem vindo a descer e as produtoras de pasta de papel têm tido ganhos significativos através de resultados extraordinários grandes, gerados por fundos de cobertura do preço da pasta. Pelo que não têm nada a ver com os incêndios.
Do eucalipto como uma espécie ofensiva para o “desenvolvimento da floresta portuguesa no médio e longo prazo”, não me sinto habilitado para falar, pelo que não me pronunciarei.
Daquilo que li, e passo a citar “o investimento da Portucel de 490 milhões de euros numa nova fábrica de papel prevê a aquisição de uma nova máquina - a maior e mais rápida a nível mundial, com uma capacidade de produção de 500 mil toneladas/ano (..)”, pelo que há luz no plano tecnológico.
Abraço,
Valete de Copas
Começo por referir que é impossível produzir pasta de papel com madeira queimada. Pelo que se pode haver um efeito de “venda antes que se queime”, não existe – para que fique bem claro – nunca, a intenção de queimar na expectativa de comprar a madeira mais barata.
A madeira, por parte das grandes produtoras, é sempre própria, isto é, as produtoras alugam as madeiras dos terrenos aos proprietários, não os terrenos, pelo que a ideia do comprar ou vender mais barato dependendo da queimadura tem uma proporção residual na actividade de qualquer produtora de pasta de papel com algum peso no mercado. Das actividades residuais não valerá a pena falar, considerando que os nossos comentários se destinam à generalidade dos casos.
A questão dos resultados líquidos. O preço de venda da pasta de papel é definido internacionalmente através de um mercado próprio. Pelo que, naturalmente se comprar mais barato, ou tiver menos custos de produção, terei margens superiores – directamente associadas ao meu volume de negócios para gerarem resultados sólidos. Em relação aos anos de 2004 e 2005 o preço internacional da pasta tem vindo a descer e as produtoras de pasta de papel têm tido ganhos significativos através de resultados extraordinários grandes, gerados por fundos de cobertura do preço da pasta. Pelo que não têm nada a ver com os incêndios.
Do eucalipto como uma espécie ofensiva para o “desenvolvimento da floresta portuguesa no médio e longo prazo”, não me sinto habilitado para falar, pelo que não me pronunciarei.
Daquilo que li, e passo a citar “o investimento da Portucel de 490 milhões de euros numa nova fábrica de papel prevê a aquisição de uma nova máquina - a maior e mais rápida a nível mundial, com uma capacidade de produção de 500 mil toneladas/ano (..)”, pelo que há luz no plano tecnológico.
Abraço,
Valete de Copas
Talvez a grande vantagem do Plano Tecnológico foi ter introduzido as palavras, tecnologia e inovação, no dialecto dos empresários portugueses, como afirmações claras e imprescindíveis do caminho para o desenvolvimento sustentado do nosso país.
Atrás do Plano Tecnológico esperamos que surjam um diverso número de medidas que suportem as cem páginas de estratégia do referido documento.
No âmbito do Plano já foram tomadas algumas acções e confesso que estou positivamente optimista em relação às mesmas. Resta esperar para ver qual o papel das empresas no aproveitamento dos benefícios do Plano Tecnológico. Nunca é demais lembrar que o Estado não tem responsabilidade no aproveitamento que as empresas dão aos financiamentos. Elas é que têm de agarrar as oportunidades que lhes são oferecidas e utiliza-las convenientemente.
Nas postadas anteriores foram referidos os benefícios fiscais como uma medida de promover a aposta na inovação e investimento em factores competitivos. Sobre este particular lembro que uma medida deste governo foi restaurar o SIFIDE – Sistema de Incentivos Fiscais à I&D empresarial, cujo objectivo é promover o investimento em actividades de I&D, investimento esse que pode ser deduzido no montante de imposto a pagar, após apuramento da matéria colectável e consequente taxa de tributação.
Este é um exemplo claro do esforço do Estado para promover a Inovação. Mas não só.
Na semana passada foram apresentados alguns programas financiadores no âmbito do PRIME, com uma aposta clara em factores que possam potenciar a internacionalização das nossas empresas, internacionalização que só poderá ser conseguida se houver produtos de valor acrescentado que se estabeleçam nos mercados estrangeiros. A melhor forma para conseguir produtos de valor acrescentado é através da inovação!
Depois temos aquela lengalenga macro-económica que todos conhecemos... Consequência da abertura de novos mercados, será o aumento da produção, consequentemente aumento dos postos de trabalho, aumento do poder de compra, aumento do PIB, equilíbrio da balança comercial, etc... Até parece fácil!Portanto, a estratégia está montada, cabe agora aos empresários responder positivamente!
Ás de Ouros
Atrás do Plano Tecnológico esperamos que surjam um diverso número de medidas que suportem as cem páginas de estratégia do referido documento.
No âmbito do Plano já foram tomadas algumas acções e confesso que estou positivamente optimista em relação às mesmas. Resta esperar para ver qual o papel das empresas no aproveitamento dos benefícios do Plano Tecnológico. Nunca é demais lembrar que o Estado não tem responsabilidade no aproveitamento que as empresas dão aos financiamentos. Elas é que têm de agarrar as oportunidades que lhes são oferecidas e utiliza-las convenientemente.
Nas postadas anteriores foram referidos os benefícios fiscais como uma medida de promover a aposta na inovação e investimento em factores competitivos. Sobre este particular lembro que uma medida deste governo foi restaurar o SIFIDE – Sistema de Incentivos Fiscais à I&D empresarial, cujo objectivo é promover o investimento em actividades de I&D, investimento esse que pode ser deduzido no montante de imposto a pagar, após apuramento da matéria colectável e consequente taxa de tributação.
Este é um exemplo claro do esforço do Estado para promover a Inovação. Mas não só.
Na semana passada foram apresentados alguns programas financiadores no âmbito do PRIME, com uma aposta clara em factores que possam potenciar a internacionalização das nossas empresas, internacionalização que só poderá ser conseguida se houver produtos de valor acrescentado que se estabeleçam nos mercados estrangeiros. A melhor forma para conseguir produtos de valor acrescentado é através da inovação!
Depois temos aquela lengalenga macro-económica que todos conhecemos... Consequência da abertura de novos mercados, será o aumento da produção, consequentemente aumento dos postos de trabalho, aumento do poder de compra, aumento do PIB, equilíbrio da balança comercial, etc... Até parece fácil!Portanto, a estratégia está montada, cabe agora aos empresários responder positivamente!
Ás de Ouros
Se nos passearmos pelo país, notamos a presença de Eucaliptos em todo lado, na sua maioria são pertencentes a particulares que fornecem as produtoras de pasta de papel entre outras destinações. Penso que neste caso a gestão pertence ao particular e não à empresa, o que o Valete nos fala são dos terrenos directamente geridos pelas empresas produtoras. E nesse caso os 2% são um excelente número. O facto de os incendios serem maus para a economia da industria da pasta de papel não me parece ser totalemte verdade, pois nos ultimos anos têm tido resultados liquidos bem favoraveis. Pois conseguem comprar a matéria prima bem mais barata aqueles que com medo dos incendios a vendem ao desbarato, como tem acontecido.
Para finalizar, o eucalipto não faz parte da flora mediterranica, a sua introdução tem somente objectivos económicos (crescimento rápido, alta resistencia ao fogo e baixa ramificação com pouca folhagem) que na minha opinião serão fatais ao desenvolvimento da floresta portuguesa a médio e longo prazo. Há uns anos falava-se muito da reciclagem do papel e da diminuição da sua utilização devido a numerização informatica, aos e-mails, etc.. Agora pergunto:
-Onde está o espirito do plano tecnológico ? Foi só para os flashs dos media ?
Rei de espadas
Comentário
A postada abaixo indica, ou remete, para duas questões sensíveis, sobre as quais pretendo opinar separadamente: a questão dos benefícios fiscais enquanto forma de financiamento do estado e uma outra, mais pertinente, a ideia de que as empresas produtoras de pasta de papel estão directamente relacionadas com os incêndios ocorridos em Portugal.
Quanto à primeira, e utilizando o exemplo trazido à baila, vou tentar detalhar aquilo que percebi da notícia: há um investimento da Portucel Soporcel numa nova unidade fabril e uma nova estrutura de máquinas. O estado estima um apoio da API, através de incentivos fiscais e financiamento, de cerca de 175milhoes de euros, say 20% do investimento total. Portanto o que assistimos é a um Investimento da Portucel apoiado pelo estado. A única questão que não foi destacada nos meios que consultei, foi a divisão entre o que são benefícios fiscais, e a sua natureza, e o que é financiamento propriamente dito. Porque não deverão ser entendidos como tendo a mesma natureza, uma vez que os benefícios fiscais não têm associado fluxo financeiro. Mas sobre isso não me posso pronunciar. Quanto à natureza do investimento acho que a sua avaliação foi feita por quem se atravessa no meio disto tudo, que em cerca de 80%, é a própria Portucel Soporcel (e os outros 20% não podemos dizer que somos todos nós porque um benefício fiscal a uma empresa que terá maior controlo por parte do fisco não representará um financiamento puro).
Em relação à ideia que fica sobre as empresas produtoras de pasta de papel como responsáveis pelos incêndios no país, deixem-me só referir a existência da Celpa (ACE – Agrupamento Complementar de Empresas - formado pela Celbi, Caima e Portucel Soporcel – as maiores produtoras nacionais de pasta de papel), que serve exactamente para prevenir incêndios. A Celpa foi responsável pela vinda a Portugal de alguns dos maiores especialistas mundias no que toca a prevenção de incêndios, vindos do Peru, que foram ainda no verão passado utilizados para dar formação aos Bombeiros portugueses. Apenas cerca de 2% dos terrenos geridos pela Celpa foram atacados pelos incêndios. Note-se que as empresas de pasta do papel são das maiores prejudicadas (economicamente) pelos incêndios.
Agora contra as mãos criminosas dos portugueses é que não há esforço que valha…
Abraço,
Valete de Copas
A postada abaixo indica, ou remete, para duas questões sensíveis, sobre as quais pretendo opinar separadamente: a questão dos benefícios fiscais enquanto forma de financiamento do estado e uma outra, mais pertinente, a ideia de que as empresas produtoras de pasta de papel estão directamente relacionadas com os incêndios ocorridos em Portugal.
Quanto à primeira, e utilizando o exemplo trazido à baila, vou tentar detalhar aquilo que percebi da notícia: há um investimento da Portucel Soporcel numa nova unidade fabril e uma nova estrutura de máquinas. O estado estima um apoio da API, através de incentivos fiscais e financiamento, de cerca de 175milhoes de euros, say 20% do investimento total. Portanto o que assistimos é a um Investimento da Portucel apoiado pelo estado. A única questão que não foi destacada nos meios que consultei, foi a divisão entre o que são benefícios fiscais, e a sua natureza, e o que é financiamento propriamente dito. Porque não deverão ser entendidos como tendo a mesma natureza, uma vez que os benefícios fiscais não têm associado fluxo financeiro. Mas sobre isso não me posso pronunciar. Quanto à natureza do investimento acho que a sua avaliação foi feita por quem se atravessa no meio disto tudo, que em cerca de 80%, é a própria Portucel Soporcel (e os outros 20% não podemos dizer que somos todos nós porque um benefício fiscal a uma empresa que terá maior controlo por parte do fisco não representará um financiamento puro).
Em relação à ideia que fica sobre as empresas produtoras de pasta de papel como responsáveis pelos incêndios no país, deixem-me só referir a existência da Celpa (ACE – Agrupamento Complementar de Empresas - formado pela Celbi, Caima e Portucel Soporcel – as maiores produtoras nacionais de pasta de papel), que serve exactamente para prevenir incêndios. A Celpa foi responsável pela vinda a Portugal de alguns dos maiores especialistas mundias no que toca a prevenção de incêndios, vindos do Peru, que foram ainda no verão passado utilizados para dar formação aos Bombeiros portugueses. Apenas cerca de 2% dos terrenos geridos pela Celpa foram atacados pelos incêndios. Note-se que as empresas de pasta do papel são das maiores prejudicadas (economicamente) pelos incêndios.
Agora contra as mãos criminosas dos portugueses é que não há esforço que valha…
Abraço,
Valete de Copas
Nem mais um centimo de Bruxelas:
Li hoje de manhã no site do expresso o artigo que relata o investimento realizado pela Portucel e que vai ter incentivos da API na ordem dos 20%. Quanto à natureza do investimento não tenho comentários, parece-me um bom investimento (aumento do nivel tecnologico e aumento de produção), quanto às escolhas da API em relação aos projectos a financiar já estarei um pouco reluctante. Desde já a produção de pasta de papel não me parece um projecto que mereça um apoio tão significativo, desde já, resulta de um processo de eucaliptização do país (na origem do desordenamento do parque florestal, empobrecimento do solo e consequente diminuição da retenção de àgua) que jogou e joga um importante papel nos recentes incendios florestais (obviamente de origem criminosa). A catastrofica "politica florestal" do nosso país é um dos sinais de submissão aos poderes da industria do papel e também da má gestão dos planos de ordenamento do território (desde a fácil desclassificação de zonas RAN-reserva agricola nacional ao corruptivel PDM tão querido das autarquias- joguete na mão de autarcas famintos de betão para financiar campanhas, arbitros de futebol e afins).
O incentivo em relação ao melhoramento das técnicas de reciclagem do papel, à utilização do papel usado em diversos processos como a compactação com vista a fabricação de cubos para caldeiras de aquecimento, ou placas de isolamento termico, etc... parece-me muito mais pertinente do que o simples financiamento do aumento de capacidade de produção industrial.
Sugestão de um leigo em assuntos económicos: não seria mais interessante aumentar os incentivos fiscais já existentes às empresas que reinvistam os seus lucros quer na criação de novas tecnologias, ou no desenvolvimento de novos processos de produção ou no melhoramento da capacidade de produção. Não seria mais justo compensar todos aqueles que desenvolvem uma politica eficaz para a sua empresa do que simplesmente financiar de forma avulsa alguns projectos que por vezes se revelam em contradição com um desenvolvimento integrado e sustentavel. Aos 175 milhões de € investidos pela API deverá juntar-se os custos da àrea ardida nos próximos anos derivado dessa politica de "uma no cravo outra na ferradura". E quando vierem chorar a Bruxelas dizendo que o pais está a arder o que que mereciamos é que nos fizessem o manguito e cortassem de vez com esses incentivos que só servem a desresponsabilizar as politicas irracionais desenvolvidas nos ultimos anos.
Bom dia
Rei de Espadas
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
Tinha de publicar esta postada. Realmente neste país uns "safam-se" e outros andam a dormir... Reparem no comentário terceiro-mundista deste deputado da nação. Liberdade de expressão está bem, mas tanta??
In "publico.pt"
Deputado Ricardo Almeida com 18 multas de trânsito "perdoadas" 22.02.2006 - 10h07 Lusa
O deputado do PSD eleito pelo círculo do Porto Ricardo Almeida já foi multado quase duas dezenas de vezes e quase todas os processos foram arquivados ou estão em vias disso, avança hoje o "Jornal de Notícias".
De acordo com o jornal, o deputado Ricardo Almeida, de 31 anos, foi interceptado na auto-estrada, na zona de Coimbra, a circular a mais de 200 quilómetros por hora. O auto está no Governo Civil de Coimbra, ao qual Ricardo Almeida fez um pedido especial no sentido de lhe ser perdoada a apreensão da carta de condução.
O JN refere que o problema é o historial de infracções "graves" e "muito graves" do político, que já foi autuado quase duas dezenas de vezes.
O "deputado voador", como é conhecido nos meandros policiais, já foi, segundo o JN, autuado pela Brigada de Trânsito de Aveiro, Guarda, Leiria e Lisboa, pela PSP e GNR.
Do seu registo de automobilista constam transgressões cometidas ao volante de pelo menos quatro carros distintos, mas nenhum deles registado em seu nome.
Quase todos os autos relativos a estas infracções ou foram arquivados ou estão em vias disso, escreve o JN. Há pelo menos quatro multas que foram arquivadas por prescrição na entidade autuante, o que significa que quem levantou o auto reteve-o durante pelo menos um ano em seu poder, sem o enviar à Direcção-Geral de Viação (DGV).
Segundo o jornal, só por excesso de velocidade, o deputado tem pelo menos seis multas (quase todas graves ou muito graves).
Em declarações ao JN, Ricardo Almeida afirmou-se surpreendido com o "histórico" de infracções e disse não se lembrar de ter sido autuado tantas vezes. "Reconheço que às vezes ultrapasso os limites de velocidade, mas isso é porque sou um deputado que cumpre horários. Não sou como outros que não chegam a horas às reuniões", justificou o político.
Valete de Copas
In "publico.pt"
Deputado Ricardo Almeida com 18 multas de trânsito "perdoadas" 22.02.2006 - 10h07 Lusa
O deputado do PSD eleito pelo círculo do Porto Ricardo Almeida já foi multado quase duas dezenas de vezes e quase todas os processos foram arquivados ou estão em vias disso, avança hoje o "Jornal de Notícias".
De acordo com o jornal, o deputado Ricardo Almeida, de 31 anos, foi interceptado na auto-estrada, na zona de Coimbra, a circular a mais de 200 quilómetros por hora. O auto está no Governo Civil de Coimbra, ao qual Ricardo Almeida fez um pedido especial no sentido de lhe ser perdoada a apreensão da carta de condução.
O JN refere que o problema é o historial de infracções "graves" e "muito graves" do político, que já foi autuado quase duas dezenas de vezes.
O "deputado voador", como é conhecido nos meandros policiais, já foi, segundo o JN, autuado pela Brigada de Trânsito de Aveiro, Guarda, Leiria e Lisboa, pela PSP e GNR.
Do seu registo de automobilista constam transgressões cometidas ao volante de pelo menos quatro carros distintos, mas nenhum deles registado em seu nome.
Quase todos os autos relativos a estas infracções ou foram arquivados ou estão em vias disso, escreve o JN. Há pelo menos quatro multas que foram arquivadas por prescrição na entidade autuante, o que significa que quem levantou o auto reteve-o durante pelo menos um ano em seu poder, sem o enviar à Direcção-Geral de Viação (DGV).
Segundo o jornal, só por excesso de velocidade, o deputado tem pelo menos seis multas (quase todas graves ou muito graves).
Em declarações ao JN, Ricardo Almeida afirmou-se surpreendido com o "histórico" de infracções e disse não se lembrar de ter sido autuado tantas vezes. "Reconheço que às vezes ultrapasso os limites de velocidade, mas isso é porque sou um deputado que cumpre horários. Não sou como outros que não chegam a horas às reuniões", justificou o político.
Valete de Copas
Desculpem passar isto, mas realmente o país está para os que se "safam". Reparem só no comentário terceiro mundista deste deputado...
"In publico.pt"
Deputado Ricardo Almeida com 18 multas de trânsito "perdoadas" 22.02.2006 - 10h07 Lusa
O deputado do PSD eleito pelo círculo do Porto Ricardo Almeida já foi multado quase duas dezenas de vezes e quase todas os processos foram arquivados ou estão em vias disso, avança hoje o "Jornal de Notícias".
De acordo com o jornal, o deputado Ricardo Almeida, de 31 anos, foi interceptado na auto-estrada, na zona de Coimbra, a circular a mais de 200 quilómetros por hora. O auto está no Governo Civil de Coimbra, ao qual Ricardo Almeida fez um pedido especial no sentido de lhe ser perdoada a apreensão da carta de condução.
O JN refere que o problema é o historial de infracções "graves" e "muito graves" do político, que já foi autuado quase duas dezenas de vezes.
O "deputado voador", como é conhecido nos meandros policiais, já foi, segundo o JN, autuado pela Brigada de Trânsito de Aveiro, Guarda, Leiria e Lisboa, pela PSP e GNR.
Do seu registo de automobilista constam transgressões cometidas ao volante de pelo menos quatro carros distintos, mas nenhum deles registado em seu nome.
Quase todos os autos relativos a estas infracções ou foram arquivados ou estão em vias disso, escreve o JN. Há pelo menos quatro multas que foram arquivadas por prescrição na entidade autuante, o que significa que quem levantou o auto reteve-o durante pelo menos um ano em seu poder, sem o enviar à Direcção-Geral de Viação (DGV).
Segundo o jornal, só por excesso de velocidade, o deputado tem pelo menos seis multas (quase todas graves ou muito graves).
Em declarações ao JN, Ricardo Almeida afirmou-se surpreendido com o "histórico" de infracções e disse não se lembrar de ter sido autuado tantas vezes. "Reconheço que às vezes ultrapasso os limites de velocidade, mas isso é porque sou um deputado que cumpre horários. Não sou como outros que não chegam a horas às reuniões", justificou o político.
"In publico.pt"
Deputado Ricardo Almeida com 18 multas de trânsito "perdoadas" 22.02.2006 - 10h07 Lusa
O deputado do PSD eleito pelo círculo do Porto Ricardo Almeida já foi multado quase duas dezenas de vezes e quase todas os processos foram arquivados ou estão em vias disso, avança hoje o "Jornal de Notícias".
De acordo com o jornal, o deputado Ricardo Almeida, de 31 anos, foi interceptado na auto-estrada, na zona de Coimbra, a circular a mais de 200 quilómetros por hora. O auto está no Governo Civil de Coimbra, ao qual Ricardo Almeida fez um pedido especial no sentido de lhe ser perdoada a apreensão da carta de condução.
O JN refere que o problema é o historial de infracções "graves" e "muito graves" do político, que já foi autuado quase duas dezenas de vezes.
O "deputado voador", como é conhecido nos meandros policiais, já foi, segundo o JN, autuado pela Brigada de Trânsito de Aveiro, Guarda, Leiria e Lisboa, pela PSP e GNR.
Do seu registo de automobilista constam transgressões cometidas ao volante de pelo menos quatro carros distintos, mas nenhum deles registado em seu nome.
Quase todos os autos relativos a estas infracções ou foram arquivados ou estão em vias disso, escreve o JN. Há pelo menos quatro multas que foram arquivadas por prescrição na entidade autuante, o que significa que quem levantou o auto reteve-o durante pelo menos um ano em seu poder, sem o enviar à Direcção-Geral de Viação (DGV).
Segundo o jornal, só por excesso de velocidade, o deputado tem pelo menos seis multas (quase todas graves ou muito graves).
Em declarações ao JN, Ricardo Almeida afirmou-se surpreendido com o "histórico" de infracções e disse não se lembrar de ter sido autuado tantas vezes. "Reconheço que às vezes ultrapasso os limites de velocidade, mas isso é porque sou um deputado que cumpre horários. Não sou como outros que não chegam a horas às reuniões", justificou o político.
terça-feira, fevereiro 21, 2006
Bem, vou abrir uma excepção e comunicar a minha viagem a terras lusitanas este fds. Uma pergunta: no sábado de manhã se alguém estiver indiponivel para jogar, podem contar comigo, não sou um jogador decisivo mas jogo com amor à camisola... senão, não há problema, espero sempre irmos beber um copo juntos na sexta ou sábado à noite. Não ficarei para o Carnaval, como qq clandestino serei neutralizado e enviado pelo SEF de volta ao meu país (?) o mais depressa possivel (neste caso penso que segunda-feira de manhã).
Já agora as minhas previsoes para hoje à noite:
SLB-Liverpool: 2-2 (M. Fernandes e Luisão)
PSV-OL: 1-1
Ac-Milan-Bayern: 2-1
Werder-Juventus: 0-3
O resultado para o SLB advém de uma previsão racional, senão obviamente digo que vamos ganhar 15 a 0, sim 15 a 0.
Força SLB
Rei de espadas
Já agora as minhas previsoes para hoje à noite:
SLB-Liverpool: 2-2 (M. Fernandes e Luisão)
PSV-OL: 1-1
Ac-Milan-Bayern: 2-1
Werder-Juventus: 0-3
O resultado para o SLB advém de uma previsão racional, senão obviamente digo que vamos ganhar 15 a 0, sim 15 a 0.
Força SLB
Rei de espadas
Mau demais!
Por norma, domingo como dia que antecede segunda-feira, é para quase todos, um dia chato. Alguns, chegado o início da tarde de domingo começam a stressar, sob a perspectiva de faltarem menos de 24h para começaram mais uma dolorosa semana de trabalho. Sofrem por antecipação!
Outros decidem perder a paciência nas intermináveis filas de transito para o centro comercial, com os 32 membros da família directa enfiados na parte de trás da carrinha. Enfim.
No meu caso, devo dizer que gosto do domingo. Sempre que posso, não largo o pijama, ponho o sono em dia, aproveito para ver uns filmes que passam na TV, dedico-me a vagabundear na internet...etc.
Acontece que domingo passado houve um acontecimento que mudou o meu hábito. A transladação do corpo da irmã Lúcia. Desde as 9h da manhã até às 17h da tarde, os três canais de televisão passaram incessantemente imagens, reportagens, opiniões e tudo mais que dizia, ou não, respeito à vida da irmã Lúcia.
Para meu desespero, o único momento em que pensei ter oportunidade de ver outros assuntos, enganei-me. Como se não bastasse, os jornais da tarde dos diversos canais decidiram abrir em directo com imagens do carro funerário em plena auto-estrada. Contei pelo menos a passagem por 5 viadutos! Isto é informação no seu melhor!
Faça-se justiça à SIC, que para além de não fugir à regra, ainda conseguiu por o Roberto Leal a chorar em directo...grande momento de televisão!
Ás de Ouros
Por norma, domingo como dia que antecede segunda-feira, é para quase todos, um dia chato. Alguns, chegado o início da tarde de domingo começam a stressar, sob a perspectiva de faltarem menos de 24h para começaram mais uma dolorosa semana de trabalho. Sofrem por antecipação!
Outros decidem perder a paciência nas intermináveis filas de transito para o centro comercial, com os 32 membros da família directa enfiados na parte de trás da carrinha. Enfim.
No meu caso, devo dizer que gosto do domingo. Sempre que posso, não largo o pijama, ponho o sono em dia, aproveito para ver uns filmes que passam na TV, dedico-me a vagabundear na internet...etc.
Acontece que domingo passado houve um acontecimento que mudou o meu hábito. A transladação do corpo da irmã Lúcia. Desde as 9h da manhã até às 17h da tarde, os três canais de televisão passaram incessantemente imagens, reportagens, opiniões e tudo mais que dizia, ou não, respeito à vida da irmã Lúcia.
Para meu desespero, o único momento em que pensei ter oportunidade de ver outros assuntos, enganei-me. Como se não bastasse, os jornais da tarde dos diversos canais decidiram abrir em directo com imagens do carro funerário em plena auto-estrada. Contei pelo menos a passagem por 5 viadutos! Isto é informação no seu melhor!
Faça-se justiça à SIC, que para além de não fugir à regra, ainda conseguiu por o Roberto Leal a chorar em directo...grande momento de televisão!
Ás de Ouros
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
Desabafos
Escrevo para salientar uma questão que certamente acolherá a unanimidade dos leitores. Geralmente, no mundo do futebol, diz-se à boca cheia de que os grandes, pressupõe-se FCPorto, SLBenfica e SportingCP, são sempre beneficiados no que refere a arbitragens... coitado é do pequenino que não tem armas para se safar...
Pois não é que vejo, em minha casa, no Dragon, um árbitro a arrepender-se de um erro. Não está em causa o ser, ou não, grande penalidade (até na minha opinião não seria), mas um árbitro expulsar e arrepender-se, marcar penalti e arrepender-se???
A curiosidade disto tudo é que os outros clubes rivais do FCPorto têm tido ajudas frequentes dos árbitros e o meu clube, quando as tem, o que acontece pouco para bem do futebol, o árbitro arrepende-se...vem cá fora chamar o jogador expulso...
Se já temos um seleccionador nacional que insiste em não convocar alguns dos melhores jogadores nacionais, e refiro-me especialmente a Baía e Quaresma, por perrice - preferindo antes chamar o terceiro guarda-redes e mostrando claramente uma atitude de gozo - agora os árbitros andam a brincar com os jogadores. Ai querias penalti?? já estavas a festejar??? mas não. Arrependi-me...
Não quero que se sinta que preferia que tivesse sido grande penalidade, mas gostava que os outros árbitros tivessem tantas vezes a coragem que Xistra demonstrou.
É que em Alvalade também existiram erros...~
Valete de Copas
Escrevo para salientar uma questão que certamente acolherá a unanimidade dos leitores. Geralmente, no mundo do futebol, diz-se à boca cheia de que os grandes, pressupõe-se FCPorto, SLBenfica e SportingCP, são sempre beneficiados no que refere a arbitragens... coitado é do pequenino que não tem armas para se safar...
Pois não é que vejo, em minha casa, no Dragon, um árbitro a arrepender-se de um erro. Não está em causa o ser, ou não, grande penalidade (até na minha opinião não seria), mas um árbitro expulsar e arrepender-se, marcar penalti e arrepender-se???
A curiosidade disto tudo é que os outros clubes rivais do FCPorto têm tido ajudas frequentes dos árbitros e o meu clube, quando as tem, o que acontece pouco para bem do futebol, o árbitro arrepende-se...vem cá fora chamar o jogador expulso...
Se já temos um seleccionador nacional que insiste em não convocar alguns dos melhores jogadores nacionais, e refiro-me especialmente a Baía e Quaresma, por perrice - preferindo antes chamar o terceiro guarda-redes e mostrando claramente uma atitude de gozo - agora os árbitros andam a brincar com os jogadores. Ai querias penalti?? já estavas a festejar??? mas não. Arrependi-me...
Não quero que se sinta que preferia que tivesse sido grande penalidade, mas gostava que os outros árbitros tivessem tantas vezes a coragem que Xistra demonstrou.
É que em Alvalade também existiram erros...~
Valete de Copas
domingo, fevereiro 19, 2006
Isto não tem piada nenhuma....
É simplesmente de pasmar...Mesmo após o grande número de (in)felizes exemplos, ainda existem progenitores (serão mesmo?) a reclamar uma oportunidade para o Miguelito ou para a Anita da casa, em concorrer a um qualquer posto de figurante numa qualquer novelazita...
Já não sei o que é mais revoltante, se a falta de sentido de realidade, se o exemplo dado aos filhotes lá de casa...Ganhar a vida dá trabalho, e artistas acabamos por ser todos. Mas apenas um grupo bastante restrito de talentosos, pode dar-se ao luxo de fazer da arte a sua vida...
Num mercado nacional tão minusculo e já totalmente explorado, situações de desemprego, e de desespero acabam por ser naturais, e penalizam todos aqueles que pensavam ganhar o mundo num abrir e fechar de olhos! Mário, na sua cela, já aprendeu isso...Os pais das criancinhas é que não....
Ás de Copas
É simplesmente de pasmar...Mesmo após o grande número de (in)felizes exemplos, ainda existem progenitores (serão mesmo?) a reclamar uma oportunidade para o Miguelito ou para a Anita da casa, em concorrer a um qualquer posto de figurante numa qualquer novelazita...
Já não sei o que é mais revoltante, se a falta de sentido de realidade, se o exemplo dado aos filhotes lá de casa...Ganhar a vida dá trabalho, e artistas acabamos por ser todos. Mas apenas um grupo bastante restrito de talentosos, pode dar-se ao luxo de fazer da arte a sua vida...
Num mercado nacional tão minusculo e já totalmente explorado, situações de desemprego, e de desespero acabam por ser naturais, e penalizam todos aqueles que pensavam ganhar o mundo num abrir e fechar de olhos! Mário, na sua cela, já aprendeu isso...Os pais das criancinhas é que não....
Ás de Copas
sexta-feira, fevereiro 17, 2006
Mercado Financeiro
Dos rendimentos pagos pelo BCP aos seus funcionários no ano de 2005, 90% foi directo para pagar os salários da administração. Qualquer coisa como 75 milhões de euros, que representa cerca de 10% do lucro obtido nesse ano!
De acordo com declarações do Ministro (t)OTA , Mário Lino, o governo vai manter a “Golden-Share” da PT. Parece-me que o Ministro anda distraído ou ligeiramente desfasado da realidade. Talvez mesmo, os assessores se tenham esquecido de comunicar a posição de Bruxelas quanto a esse assunto.
Como português, gostava que as 500 acções que o Estado detém na PT lhe dessem direito a orientar o designo desta empresa, no entanto tenho que convir que não se trata de um sector estratégico, e portanto não faz qualquer sentido o proteccionismo do Estado. Porque cabe ao Estado zelar pela livre e justa concorrência do mercado, não pode este aproveitar-se da sua posição para usufruir de condições privilegiadas na operadora nacional.
Teixeira dos Santos, ao contrário de Mário Lino, já percebeu que a “Golden Share” tem os dias contados. Vai piscando o olho à Sonae como que dizendo, “ok, vamos aceitar a OPA e negociar outro mecanismo para conseguir tal poder sem ser através de uma golden share.”
Parece-me bem, mas não acredito que o Eng. Belmiro vá na cantiga!
Registe-se, no entanto, a divergência de posições entre os dois Ministros.
Ás de Ouros
Dos rendimentos pagos pelo BCP aos seus funcionários no ano de 2005, 90% foi directo para pagar os salários da administração. Qualquer coisa como 75 milhões de euros, que representa cerca de 10% do lucro obtido nesse ano!
De acordo com declarações do Ministro (t)OTA , Mário Lino, o governo vai manter a “Golden-Share” da PT. Parece-me que o Ministro anda distraído ou ligeiramente desfasado da realidade. Talvez mesmo, os assessores se tenham esquecido de comunicar a posição de Bruxelas quanto a esse assunto.
Como português, gostava que as 500 acções que o Estado detém na PT lhe dessem direito a orientar o designo desta empresa, no entanto tenho que convir que não se trata de um sector estratégico, e portanto não faz qualquer sentido o proteccionismo do Estado. Porque cabe ao Estado zelar pela livre e justa concorrência do mercado, não pode este aproveitar-se da sua posição para usufruir de condições privilegiadas na operadora nacional.
Teixeira dos Santos, ao contrário de Mário Lino, já percebeu que a “Golden Share” tem os dias contados. Vai piscando o olho à Sonae como que dizendo, “ok, vamos aceitar a OPA e negociar outro mecanismo para conseguir tal poder sem ser através de uma golden share.”
Parece-me bem, mas não acredito que o Eng. Belmiro vá na cantiga!
Registe-se, no entanto, a divergência de posições entre os dois Ministros.
Ás de Ouros
quinta-feira, fevereiro 16, 2006
Isso sim,
realmente escrevo para manifestar, tipo conclusão, a minha concordância com o Duque de Espadas em todo o processo.
Sentia-me a passar ao lado de uma discussão que tanto teve de vazia como de empolgante, porque me pareceu sempre estarem a ser discutidas ideias óbvias e de sustento ideológico, irrefutáveis portanto.
Acho assim que pudemos chegar a um consenso sobre duas matérias: a esquerda como defensora da liberdade de expressão, na qual baseou a sua história; e que o Prof Feitas do Amaral, Ministro dos Negócios Estrangeiros, pode ter atitudes que possam ser de acordo, ou não, com as opiniões de cada um...mas que isso não serve de motivo de desespero....; e para aqueles que entendem as suas opiniões como indiciadoras de uma determinada orientação estratégica, lembrem-se do que trouxe ao mundo a cimeira das lages...e das armas de destruição maciças que se encontravam alojadas nos bunkers...por favor!!
...mas continuo a achar que se discute direita e esquerda às cegas, sem olharmos para a nossa opinião, e creio que é para isso que o blog serve, como base daquilo que escrevemos...
Será que alguém em Portugal, no Brasil ou na China vai, algum dia, associar o 25 de abril a um movimento de direita?? isso é querer mudar a história...
Valete de Copas
realmente escrevo para manifestar, tipo conclusão, a minha concordância com o Duque de Espadas em todo o processo.
Sentia-me a passar ao lado de uma discussão que tanto teve de vazia como de empolgante, porque me pareceu sempre estarem a ser discutidas ideias óbvias e de sustento ideológico, irrefutáveis portanto.
Acho assim que pudemos chegar a um consenso sobre duas matérias: a esquerda como defensora da liberdade de expressão, na qual baseou a sua história; e que o Prof Feitas do Amaral, Ministro dos Negócios Estrangeiros, pode ter atitudes que possam ser de acordo, ou não, com as opiniões de cada um...mas que isso não serve de motivo de desespero....; e para aqueles que entendem as suas opiniões como indiciadoras de uma determinada orientação estratégica, lembrem-se do que trouxe ao mundo a cimeira das lages...e das armas de destruição maciças que se encontravam alojadas nos bunkers...por favor!!
...mas continuo a achar que se discute direita e esquerda às cegas, sem olharmos para a nossa opinião, e creio que é para isso que o blog serve, como base daquilo que escrevemos...
Será que alguém em Portugal, no Brasil ou na China vai, algum dia, associar o 25 de abril a um movimento de direita?? isso é querer mudar a história...
Valete de Copas
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
Estarei a ter uma conversa de surdos?
Pensei que poderiamos avançar num sentido positivo, mas depois desta última crónica – percebo que chegamos a um beco sem saída.
Quando ainda se fala que foi a “vontade popular” que fez a revolução (isso já todos sabemos… mas quem a concretizou?) Quando não se rebatem argumentos dando exemplos de um único personagem da direita com papel activo no 25 de Abril… Bastava-me uma prisão, umas torturas, um exíliozito, mas nada?
Claro que foram os capitães, mas seremos ingénuos ao ponto de pensar que estes eram apolíticos?
Porque será que havia o receio de que Portugal se transformasse numa segunda Cuba (como muito bem apontou o 4 de espadas)? Seria por estar o PCP na liderança desse processo?
Deixemo-nos de complexos injustificados, porque não tem mal nenhum reconhecer que se tratou de uma revolução de esquerda. Não diminui ninguém. Apenas exige um maior pudor quando se fala de censura da esquerda (no fundo, o que deu origem a isto tudo). Quanto ao mais, também concordo que cada vez faz menos sentido falarmos de direita e de esquerda. Mas tempos houve em que fazia. E muita.
E volta 4 de Espadas, depois disto, estás perdoadíssimo…
Duque de Espadas
Pensei que poderiamos avançar num sentido positivo, mas depois desta última crónica – percebo que chegamos a um beco sem saída.
Quando ainda se fala que foi a “vontade popular” que fez a revolução (isso já todos sabemos… mas quem a concretizou?) Quando não se rebatem argumentos dando exemplos de um único personagem da direita com papel activo no 25 de Abril… Bastava-me uma prisão, umas torturas, um exíliozito, mas nada?
Claro que foram os capitães, mas seremos ingénuos ao ponto de pensar que estes eram apolíticos?
Porque será que havia o receio de que Portugal se transformasse numa segunda Cuba (como muito bem apontou o 4 de espadas)? Seria por estar o PCP na liderança desse processo?
Deixemo-nos de complexos injustificados, porque não tem mal nenhum reconhecer que se tratou de uma revolução de esquerda. Não diminui ninguém. Apenas exige um maior pudor quando se fala de censura da esquerda (no fundo, o que deu origem a isto tudo). Quanto ao mais, também concordo que cada vez faz menos sentido falarmos de direita e de esquerda. Mas tempos houve em que fazia. E muita.
E volta 4 de Espadas, depois disto, estás perdoadíssimo…
Duque de Espadas
Manifesto
Quando se fala em saber ler, devo acrescentar que quando li as palavras do Quatro de Espadas em relação ao Freitas do Amaral, percebi logo o seu alcance. Ironia sim, mas também uma boa dose de autenticidade.
Questiono-me, portanto, quem será que não sabe ler ou pelo menos interpretar o que foi escrito, pois são recorrentes as dúvidas do meu caríssimo amigo Louça, perdão, Duque de Espadas.
Em relação à historia do ovo e da galinha no 25 de Abril, pressuponho que alguém andou a faltar às aulas de História no secundário, caso contrário saberia que os capitães de Abril só deram corpo à vontade popular, que se manifestava em todos os cantos e esquinas do nosso país. Ou será que os militares anónimos envolvidos nas manobras da revolução que saíram dos quartéis de Santarém, Caldas da Rainha, Lisboa, etc... foram escolhidos a dedo de acordo com a cédula partidária? Desses não reza a história, mas não tenhamos dúvidas que foram preponderantes no sucesso do Golpe Militar. Leiam-se as palavras de Salgueiro Maia, que confessa ter tremido quando ficou a saber que a Armada acostada no rio Tejo não estava comprometida com a revolução e que poderia dai desencadear o contra-golpe, acção que não o veio a preconizar por livre e espontânea vontade. Á data dos acontecimentos, talvez Salgueiro Maia, o rosto da revolução, não soubesse se era de esquerda ou direita. Sabia sim que era preciso mudar, e foi por isso que ele lutou!
Ás de Ouros
Quando se fala em saber ler, devo acrescentar que quando li as palavras do Quatro de Espadas em relação ao Freitas do Amaral, percebi logo o seu alcance. Ironia sim, mas também uma boa dose de autenticidade.
Questiono-me, portanto, quem será que não sabe ler ou pelo menos interpretar o que foi escrito, pois são recorrentes as dúvidas do meu caríssimo amigo Louça, perdão, Duque de Espadas.
Em relação à historia do ovo e da galinha no 25 de Abril, pressuponho que alguém andou a faltar às aulas de História no secundário, caso contrário saberia que os capitães de Abril só deram corpo à vontade popular, que se manifestava em todos os cantos e esquinas do nosso país. Ou será que os militares anónimos envolvidos nas manobras da revolução que saíram dos quartéis de Santarém, Caldas da Rainha, Lisboa, etc... foram escolhidos a dedo de acordo com a cédula partidária? Desses não reza a história, mas não tenhamos dúvidas que foram preponderantes no sucesso do Golpe Militar. Leiam-se as palavras de Salgueiro Maia, que confessa ter tremido quando ficou a saber que a Armada acostada no rio Tejo não estava comprometida com a revolução e que poderia dai desencadear o contra-golpe, acção que não o veio a preconizar por livre e espontânea vontade. Á data dos acontecimentos, talvez Salgueiro Maia, o rosto da revolução, não soubesse se era de esquerda ou direita. Sabia sim que era preciso mudar, e foi por isso que ele lutou!
Ás de Ouros
Eu tinha de intervir...
Estava a ser chamado. Mesmo depois de morto...
Escrevo porque sinto um problema grave de indignação com o que tem vindo a ser escrito no blog. E isto porque eu próprio estive envolvido, e há bem pouco tempo pelo que os leitores minimiamente assíduos se recordarão, em questões relacionadas com a liberdade de expresão e os valores de discussão e debate de ideias com os quais tanto concordo.
Não é que, de repente, vejo que a minha luta pelos referidos valores deu frutos, apesar de me ter custado a vida...mas já outros camaradas o fizeram noutros tempos que ultimamente têm vindo a ser relembrados....exactamente nas mesmas lutas... Deve ser a sina de ser de esquerda...
Espero que compreendam esta intervenção e que vejam bem aquilo que têm vindo a escrever. É que ser de direita não é baixar as calcinhas ao cavaco nem mandar o soares para aqui e para ali...ser direita é, supostamente, bem mais nobre...
Vou voltar para a minha campa.
Adeus e até sempre,
Joker
Estava a ser chamado. Mesmo depois de morto...
Escrevo porque sinto um problema grave de indignação com o que tem vindo a ser escrito no blog. E isto porque eu próprio estive envolvido, e há bem pouco tempo pelo que os leitores minimiamente assíduos se recordarão, em questões relacionadas com a liberdade de expresão e os valores de discussão e debate de ideias com os quais tanto concordo.
Não é que, de repente, vejo que a minha luta pelos referidos valores deu frutos, apesar de me ter custado a vida...mas já outros camaradas o fizeram noutros tempos que ultimamente têm vindo a ser relembrados....exactamente nas mesmas lutas... Deve ser a sina de ser de esquerda...
Espero que compreendam esta intervenção e que vejam bem aquilo que têm vindo a escrever. É que ser de direita não é baixar as calcinhas ao cavaco nem mandar o soares para aqui e para ali...ser direita é, supostamente, bem mais nobre...
Vou voltar para a minha campa.
Adeus e até sempre,
Joker
E eu acrescento...
E Cavaco foi um presidente à direita ou muito mais à esquerda que o foram Barroso ou mesmo Socrates ?
Rei de espadas
Vou lançar um pouco de gasolina na discussão. Acham que se não houvessem problemas nas ex colónias africanas e muitos jovens obrigados a combater não sei bem quem, as forças armadas teriam iniciado o movimento rebelde que originou o 25 de abril ? Mesmo no antigo regime já ninguém acreditava nos ideais Salazaristas, a resistencia ao movimento dos capitães foi muito pouco significativa, o regime estava podre e não tenho a certeza que a esquerda de então tenha tido um papel muito significativo nesse desgaste. Praticamente limitaram-se a resistir, o que já não é pouco, vistas as circunstancias. Mas o 25 de Abril a partir do momento em que as colónias africanas iniciaram os seus movimentos de independencia era uma inevitabilidade, poderia ter sido antes ou mesmo depois. Não tinhamos capacidade para ser uma potencia ultra-marina... E não acredito que tenha sido a esquerda portuguesa a formar a guerrilha em angola ou moçambique.
A discussão esquerda-direita em Portugal para mim acabou há muito tempo, alguém que não conheça a politica em portugal saberia dizer onde se situam as "politicas" de Socrates ?E Cavaco foi um presidente à direita ou muito mais à esquerda que o foram Barroso ou mesmo Socrates ?
Rei de espadas
Carta Aberta
Caríssimo,
Reparei que ou não estudaste bem a lição ou maldosamente (o que me recuso a acreditar) omitiste uma parte do estudado. É que esqueceste-te de referir que a ala liberal pertencia ao partido único do regime, a Acção Nacional Popular e tinham assento na Assembleia Nacional- o parlamento fictício do Estado Novo.
É certo que enquanto Cunhal, Alegre, etc… carpiam as agruras do cárcere e outros como Soares eram forçados a exilar-se no estrangeiro (será que era isto que querias dizer com o estar ausente no 25 de Abril???), esta ala liberal sofria internamente (não fisicamente) por sentir que pertencia ao regime, e porventura até acharás que é comparável. Lamento dizer-te, não é.
Pensei que pudesses descobrir algum nome da luta antifascista que me tivesse olvidado, mas tal como suspeitei, nem um. Por uma razão muito simples: contra todos os complexos tratou-se de uma revolução da esquerda, ainda que suportada por todos os portugueses.
Mas de suportar e estar presente na Assembleia Nacional, vai uma grande distância para lutar como Salgueiro Maia e Vasco Gonçalves na rua, Alberto Martins nas revoltas estudantis de Coimbra ou Jorge Sampaio nas de Lisboa. Até em minha casa houve quem a quisesse mas nenhum lutou por ela.
Para não individualizarmos um grupo de pessoas, dizemos que foi o Povo. No entanto, os Heróis têm nome como os atrás referidos e não se confundem com a massa anónima a que apelidas de Povo. Uns pertencem ao Povo porque estavam longe dos centros de decisão, outros por medo, outros porque “lutavam” na Assembleia Nacional… Todos estes são Povo.
As prisões, as torturas, a conspiração organizada, o exílio (ler “Álvaro Cunhal, uma biografia política” de José Pacheco Pereira). Isto foi a revolução. É a história, é fácil de confirmar.
Que afirmasses que houve homens de direita com influência no pós 25 de Abril, até é aceitável. Todavia isso é o pós. E o pós significa depois.
Quanto ao que fizeram a Soares, tens razão, não tem explicação. Ou melhor tem uma: falta de memória.
Acredito não ter compreendido o alcance das tuas palavras e por isso suponho que dirás agora que tudo o que afirmaste foi uma piada, como a do Freitas do Amaral – tão fina, tão fina, que saiu à francesa pela porta dos fundos…
Com os melhores cumprimentos, desta carta amiga sempre ao dispor,
Duque de espadas
Caríssimo,
Reparei que ou não estudaste bem a lição ou maldosamente (o que me recuso a acreditar) omitiste uma parte do estudado. É que esqueceste-te de referir que a ala liberal pertencia ao partido único do regime, a Acção Nacional Popular e tinham assento na Assembleia Nacional- o parlamento fictício do Estado Novo.
É certo que enquanto Cunhal, Alegre, etc… carpiam as agruras do cárcere e outros como Soares eram forçados a exilar-se no estrangeiro (será que era isto que querias dizer com o estar ausente no 25 de Abril???), esta ala liberal sofria internamente (não fisicamente) por sentir que pertencia ao regime, e porventura até acharás que é comparável. Lamento dizer-te, não é.
Pensei que pudesses descobrir algum nome da luta antifascista que me tivesse olvidado, mas tal como suspeitei, nem um. Por uma razão muito simples: contra todos os complexos tratou-se de uma revolução da esquerda, ainda que suportada por todos os portugueses.
Mas de suportar e estar presente na Assembleia Nacional, vai uma grande distância para lutar como Salgueiro Maia e Vasco Gonçalves na rua, Alberto Martins nas revoltas estudantis de Coimbra ou Jorge Sampaio nas de Lisboa. Até em minha casa houve quem a quisesse mas nenhum lutou por ela.
Para não individualizarmos um grupo de pessoas, dizemos que foi o Povo. No entanto, os Heróis têm nome como os atrás referidos e não se confundem com a massa anónima a que apelidas de Povo. Uns pertencem ao Povo porque estavam longe dos centros de decisão, outros por medo, outros porque “lutavam” na Assembleia Nacional… Todos estes são Povo.
As prisões, as torturas, a conspiração organizada, o exílio (ler “Álvaro Cunhal, uma biografia política” de José Pacheco Pereira). Isto foi a revolução. É a história, é fácil de confirmar.
Que afirmasses que houve homens de direita com influência no pós 25 de Abril, até é aceitável. Todavia isso é o pós. E o pós significa depois.
Quanto ao que fizeram a Soares, tens razão, não tem explicação. Ou melhor tem uma: falta de memória.
Acredito não ter compreendido o alcance das tuas palavras e por isso suponho que dirás agora que tudo o que afirmaste foi uma piada, como a do Freitas do Amaral – tão fina, tão fina, que saiu à francesa pela porta dos fundos…
Com os melhores cumprimentos, desta carta amiga sempre ao dispor,
Duque de espadas
terça-feira, fevereiro 14, 2006
And the Oscar goes to...
Ao ler a última crónica fiquei arrebatado e penso estar ali em bruto, um Oscar para o melhor argumento original adaptado do que se passou aquando da revolução. Senão, o guionista reafirma-nos que foi a esquerda que lutou pela revolução e pelos valores de Abril, varrendo do filme actores como Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Mota Amaral (Ala Liberal), ou mesmo Sousa Franco, todos eles com decisivo papel nessa época, ou ainda o ex primeiro-ministro Pinheiro de Azevedo, dos governos provisórios pós 25 de Abril. Cá estão alguns nomes, entre muitos outros, que não devem constar no elenco. Presumo que este remake de Abril, imaginado na cabeça do autor, remeta o ónus da revolução, para senhores que nem no país estavam quando ela se deu. Pontos de vista… Uma discordância pessoal: o 25 de Abril deu-se, porque o povo português quis! E do povo fazem parte pessoas de todas as convicções politicas. Ou o autor acha que as pessoas que fizeram a revolução, estavam com o punho fechado e de rosinha na mão?
Restam-me algumas dúvidas, sobre como vai o autor desenvolver o filme. Por exemplo, como abordará o verão quente de 75. Aquele em que a esquerda e a direita portuguesa se aliaram tacitamente, para que Portugal não se tornasse numa outra Cuba. Talvez, se faça de Sá Carneiro ou Ramalho Eanes figurantes, e se exulte a participação de Soares. Parece que já estou a vê-lo com um fato azul, capa vermelha e um S de Soares ao peito. E como vai explicar, o nosso Spielberg, às pessoas, que depois de uma ditadura terrível de direita, nas segundas eleições livres em Portugal, o governo eleito foi do PSD e com maioria absoluta. Como vai explicar que, todas aquelas pessoas, oprimidas sem direito sequer a exprimir opinião, passados uns anos tirassem do poder o Super Soares e lá pusessem, outro, que nada tinha feito para os salvar. Parece-me injusto. Afinal “a liberdade em Portugal deve-se à esquerda” e mais nada! Está argumentado e a acreditar no poder de imaginação do autor vai ser realizado!
Contudo, o nosso autor dá uns rebuçados à direita, e acha que esta deve ter legitimidade para falar em liberdade de expressão (anteriormente não me expressei correctamente). Ora, nada mal, deve-se liberalizar as drogas leves, o casamento e adopção gay e deixar falar, a direita que envergonha o todo, em liberdade de expressão, porque assim, mesmo conotando-a negativamente, não se a marginaliza! Medidas, todas elas arriscadas e radicais, mas que para bem do desenvolvimento devem ser adoptadas.
Como ainda não foi entendida a frase “posição de esquerda, pela voz de Freitas do Amaral, passo a explicar, que se tratou de uma piada, à escolha de Freitas do Amaral para ministro, de um governo PS de maioria absoluta. Aliei este facto, às suas declarações que considero ridículas. Note-se, que conheço razoavelmente as origens políticas de Freitas do Amaral, as suas lutas com o PS de Soares, ou mesmo a fundação do partido político português mais à direita. E por isso acho alguma piada ao cargo que ocupa e nas circunstâncias que o faz.
Abraço, quatro de espadas!
Ao ler a última crónica fiquei arrebatado e penso estar ali em bruto, um Oscar para o melhor argumento original adaptado do que se passou aquando da revolução. Senão, o guionista reafirma-nos que foi a esquerda que lutou pela revolução e pelos valores de Abril, varrendo do filme actores como Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Mota Amaral (Ala Liberal), ou mesmo Sousa Franco, todos eles com decisivo papel nessa época, ou ainda o ex primeiro-ministro Pinheiro de Azevedo, dos governos provisórios pós 25 de Abril. Cá estão alguns nomes, entre muitos outros, que não devem constar no elenco. Presumo que este remake de Abril, imaginado na cabeça do autor, remeta o ónus da revolução, para senhores que nem no país estavam quando ela se deu. Pontos de vista… Uma discordância pessoal: o 25 de Abril deu-se, porque o povo português quis! E do povo fazem parte pessoas de todas as convicções politicas. Ou o autor acha que as pessoas que fizeram a revolução, estavam com o punho fechado e de rosinha na mão?
Restam-me algumas dúvidas, sobre como vai o autor desenvolver o filme. Por exemplo, como abordará o verão quente de 75. Aquele em que a esquerda e a direita portuguesa se aliaram tacitamente, para que Portugal não se tornasse numa outra Cuba. Talvez, se faça de Sá Carneiro ou Ramalho Eanes figurantes, e se exulte a participação de Soares. Parece que já estou a vê-lo com um fato azul, capa vermelha e um S de Soares ao peito. E como vai explicar, o nosso Spielberg, às pessoas, que depois de uma ditadura terrível de direita, nas segundas eleições livres em Portugal, o governo eleito foi do PSD e com maioria absoluta. Como vai explicar que, todas aquelas pessoas, oprimidas sem direito sequer a exprimir opinião, passados uns anos tirassem do poder o Super Soares e lá pusessem, outro, que nada tinha feito para os salvar. Parece-me injusto. Afinal “a liberdade em Portugal deve-se à esquerda” e mais nada! Está argumentado e a acreditar no poder de imaginação do autor vai ser realizado!
Contudo, o nosso autor dá uns rebuçados à direita, e acha que esta deve ter legitimidade para falar em liberdade de expressão (anteriormente não me expressei correctamente). Ora, nada mal, deve-se liberalizar as drogas leves, o casamento e adopção gay e deixar falar, a direita que envergonha o todo, em liberdade de expressão, porque assim, mesmo conotando-a negativamente, não se a marginaliza! Medidas, todas elas arriscadas e radicais, mas que para bem do desenvolvimento devem ser adoptadas.
Como ainda não foi entendida a frase “posição de esquerda, pela voz de Freitas do Amaral, passo a explicar, que se tratou de uma piada, à escolha de Freitas do Amaral para ministro, de um governo PS de maioria absoluta. Aliei este facto, às suas declarações que considero ridículas. Note-se, que conheço razoavelmente as origens políticas de Freitas do Amaral, as suas lutas com o PS de Soares, ou mesmo a fundação do partido político português mais à direita. E por isso acho alguma piada ao cargo que ocupa e nas circunstâncias que o faz.
Abraço, quatro de espadas!
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
Saber ler
Bem sei que parece um nome de um centro de explicações, mas na realidade se saber escrever é dificil, ler também não é para todos...
Senão, afirma-se que foi dito que as ditaduras são um exclusivo de direita. Onde está isso plasmado? Somente referi que em Portugal a única ditadura que houve foi de direita, o que me apraz inquestionável. Ou será que houve alguma de esquerda?
De resto, é um facto que foi a esquerda que lutou pela revolução e pelos valores de Abril e lanço o desafio para me sugerirem um nome de uma figura da revolução associada à direita.
Sinto que com isto vim libertar um qualquer complexo que estava adormecido no subconsciente, mas isso... Freud explica.
De todo o modo aquela da ilha dos charutos, mesmo despropositada, comoveu-me.
Prosseguindo a senda da má leitura, constato que onde diz "esta direita que desconhece a revolução" foi lido " a direita". Ora, é esta ( a que tinha escrito e a que assim pensa) a parte da direita que envergonha o todo, o qual tem todo o direito para falar de liberdade de expressão - estiveram à margem, mas não devem ser marginalizados. Atente-se que mesmo sem o "esta", só seria toda a direita, se tivesse uma virgula a seguir a "direita", de modo a isolar o vocativo.
Continua o tratado de miopia afirmando-se que teria sido dito subrepticiamente que a liberdade se deve à esquerda. Onde está o subreptício da afirmação? Afirma-se peremptoriamente, antes e agora.
De seguida referi que a direita deve ter legitimidade para falar de liberdade de expressão e não a ter liberdade de expressão. Porventura para alguns será o mesmo...
Claro que é pacifico e consensual que Petit deveria ser expulso todos os jogos! Sobretudo se a sondagem se efectuar no Estádio do Dragão. Aí, nesses locais, uma jogada dura dum jogador vestido de azul (essas nem de uma semana para a outra permanecem na memória) é distinta de uma entrada dura dum jogador vestido de vermelho. São as camisolas.
Apenas por respeito ao principio da verdade material (esta parte foi bem lida!!!) vou clarificar um conceito que provoca alguma alergia em certas camisolas. A condição de arguido é atribuida pelo Ministério Publico ou pelo Juiz de Instrução a todo aquele que for suspeito de um crime. De facto não é sinónimo de condenado, mas sim de suspeito, o que pode servir para muitos, mas não para mim que continuo a preferir ser oprimido e revoltado...
Quanto a opiniões patéticas susceptíveis de serem ignoradas, relembro apenas (sem querer desmerecer o restante comentário, TODO ele susceptível de integrar este item) o que foi escrito acerca de um ilustre representante do Marxismo-Leninismo " A posição da esquerda portuguesa, pela voz de Freitas do Amaral". Se fosse uma imagem, diria "no comments"...
Duque de Espadas
Bem sei que parece um nome de um centro de explicações, mas na realidade se saber escrever é dificil, ler também não é para todos...
Senão, afirma-se que foi dito que as ditaduras são um exclusivo de direita. Onde está isso plasmado? Somente referi que em Portugal a única ditadura que houve foi de direita, o que me apraz inquestionável. Ou será que houve alguma de esquerda?
De resto, é um facto que foi a esquerda que lutou pela revolução e pelos valores de Abril e lanço o desafio para me sugerirem um nome de uma figura da revolução associada à direita.
Sinto que com isto vim libertar um qualquer complexo que estava adormecido no subconsciente, mas isso... Freud explica.
De todo o modo aquela da ilha dos charutos, mesmo despropositada, comoveu-me.
Prosseguindo a senda da má leitura, constato que onde diz "esta direita que desconhece a revolução" foi lido " a direita". Ora, é esta ( a que tinha escrito e a que assim pensa) a parte da direita que envergonha o todo, o qual tem todo o direito para falar de liberdade de expressão - estiveram à margem, mas não devem ser marginalizados. Atente-se que mesmo sem o "esta", só seria toda a direita, se tivesse uma virgula a seguir a "direita", de modo a isolar o vocativo.
Continua o tratado de miopia afirmando-se que teria sido dito subrepticiamente que a liberdade se deve à esquerda. Onde está o subreptício da afirmação? Afirma-se peremptoriamente, antes e agora.
De seguida referi que a direita deve ter legitimidade para falar de liberdade de expressão e não a ter liberdade de expressão. Porventura para alguns será o mesmo...
Claro que é pacifico e consensual que Petit deveria ser expulso todos os jogos! Sobretudo se a sondagem se efectuar no Estádio do Dragão. Aí, nesses locais, uma jogada dura dum jogador vestido de azul (essas nem de uma semana para a outra permanecem na memória) é distinta de uma entrada dura dum jogador vestido de vermelho. São as camisolas.
Apenas por respeito ao principio da verdade material (esta parte foi bem lida!!!) vou clarificar um conceito que provoca alguma alergia em certas camisolas. A condição de arguido é atribuida pelo Ministério Publico ou pelo Juiz de Instrução a todo aquele que for suspeito de um crime. De facto não é sinónimo de condenado, mas sim de suspeito, o que pode servir para muitos, mas não para mim que continuo a preferir ser oprimido e revoltado...
Quanto a opiniões patéticas susceptíveis de serem ignoradas, relembro apenas (sem querer desmerecer o restante comentário, TODO ele susceptível de integrar este item) o que foi escrito acerca de um ilustre representante do Marxismo-Leninismo " A posição da esquerda portuguesa, pela voz de Freitas do Amaral". Se fosse uma imagem, diria "no comments"...
Duque de Espadas
Para não falar mais disto…
Depois das duas últimas crónicas, fico com pouco a acrescentar em relação à polémica dos cartoons. Corroboro tudo o que foi escrito e lamento-me que o velho continente, devido a declarações como as do nosso ministro dos NE, não se tenha mantido unido em defesa de valores que tantos anos demoraram a implementar-se. Acho piada às comunidades islâmicas fazerem protestos nas cidades europeias. A porta da rua é serventia da casa como se costuma dizer. Por boa educação não se vai a casa de outras pessoas dizer que a comida não presta, cuspir pró chão ou largar umas bombitas.
Em relação ao nosso contador de estórias, já que as escreve tão bem, vou-lhe deixar algumas ideias para um best-seller. Que tal uma ilha no Atlântico, famosa pelos seus charutos, onde existe uma ditadura imposta por um governo comunista. Onde os melhores profissionais do mundo, como médicos por exemplo, ganham 30 dólares por mês e tem que se prostituir para não deixar as famílias passar necessidades. Outros tentam fugir em jangadas e morrem. Ou pelo caminho, ou depois quando são deportados. Os que ficam, sobrevivem, enquanto que o chefe deste governo é um dos homens mais ricos do mundo!
Confundir ditaduras, com esquerda e direita, é pior que ignorância, é irresponsabilidade. Mais, afirmar que “a direita desconhece a revolução”, sub-repticiamente dizer que a liberdade se deve à esquerda e culminar dizendo que mesmo assim, até acha que a direita deve ter liberdade de expressão, são afirmações que ficam imputadas a quem as fez!
Sobre Petit, bom jogador de futebol: continuo a achar que a sua virilidade e impetuosidade, por vezes maldade e violência, não tem paralelo no futebol português e com expulsões todos os fins-de-semana, acho estranho que este jogador não seja expulso há três anos. Acho isto pacífico e consensual! Para quem põe no mesmo cesto, as castanhadas que deu Petit, a Felício e Liedson, amplamente discutidas nos jornais, e lances de Pepe, Pedro Emanuel e Quaresma, que não os sei qualificar porque sinceramente nem sei quais são, acho que deve rever a sua maneira de pensar. Por consideração, apenas me rio, mas preocupa-me o facto de tais opiniões começarem a ser ignoradas, de tão patéticas que são. Mais, que saiba, só é arguido depois de considerado pelo juiz, e arguido não significa condenado. Mas, isto não é nada que não se lembre “ um bom jurista, orientado pelo princípio da verdade material”, mas que aqui e ali se esquece, quando os sentimentos lhe turvam a limpidez dos pensamentos.
Abraço, quatro de espadas!
Depois das duas últimas crónicas, fico com pouco a acrescentar em relação à polémica dos cartoons. Corroboro tudo o que foi escrito e lamento-me que o velho continente, devido a declarações como as do nosso ministro dos NE, não se tenha mantido unido em defesa de valores que tantos anos demoraram a implementar-se. Acho piada às comunidades islâmicas fazerem protestos nas cidades europeias. A porta da rua é serventia da casa como se costuma dizer. Por boa educação não se vai a casa de outras pessoas dizer que a comida não presta, cuspir pró chão ou largar umas bombitas.
Em relação ao nosso contador de estórias, já que as escreve tão bem, vou-lhe deixar algumas ideias para um best-seller. Que tal uma ilha no Atlântico, famosa pelos seus charutos, onde existe uma ditadura imposta por um governo comunista. Onde os melhores profissionais do mundo, como médicos por exemplo, ganham 30 dólares por mês e tem que se prostituir para não deixar as famílias passar necessidades. Outros tentam fugir em jangadas e morrem. Ou pelo caminho, ou depois quando são deportados. Os que ficam, sobrevivem, enquanto que o chefe deste governo é um dos homens mais ricos do mundo!
Confundir ditaduras, com esquerda e direita, é pior que ignorância, é irresponsabilidade. Mais, afirmar que “a direita desconhece a revolução”, sub-repticiamente dizer que a liberdade se deve à esquerda e culminar dizendo que mesmo assim, até acha que a direita deve ter liberdade de expressão, são afirmações que ficam imputadas a quem as fez!
Sobre Petit, bom jogador de futebol: continuo a achar que a sua virilidade e impetuosidade, por vezes maldade e violência, não tem paralelo no futebol português e com expulsões todos os fins-de-semana, acho estranho que este jogador não seja expulso há três anos. Acho isto pacífico e consensual! Para quem põe no mesmo cesto, as castanhadas que deu Petit, a Felício e Liedson, amplamente discutidas nos jornais, e lances de Pepe, Pedro Emanuel e Quaresma, que não os sei qualificar porque sinceramente nem sei quais são, acho que deve rever a sua maneira de pensar. Por consideração, apenas me rio, mas preocupa-me o facto de tais opiniões começarem a ser ignoradas, de tão patéticas que são. Mais, que saiba, só é arguido depois de considerado pelo juiz, e arguido não significa condenado. Mas, isto não é nada que não se lembre “ um bom jurista, orientado pelo princípio da verdade material”, mas que aqui e ali se esquece, quando os sentimentos lhe turvam a limpidez dos pensamentos.
Abraço, quatro de espadas!
Freitas é fixe
O maior paradoxo reside no facto do Dr. Jorge Sampaio ter uma opinião bem diferente do nosso Ministro dos NE. Já não percebo nada. Quem é que é que de esquerda e de direita, ou era, ou nunca foi ?
Na minha opinião, a reacção do governo dinamarquês foi a mais lógica e menos populista de todas, simplesmente diz que no seu país a impresa tem a liberdade de publicar seja o que for e se alguém não estiver de acordo cabe à justiça (lembro independente do poder politico) de julgar se houve alguma infracção à lei a que é submetida. As reacções de alguma europa medrosa foram no sentido de dizer aos islamistas mais integristas: "tenham calma...nós somos culpados e por favor não cometam nenhum atentado contra nós...somos uns tipos porreiros e nem conhecemos os rapazes que fizeram as caricaturas". O tipo de reacção um pouco cobarde, bem ao estilo dos nossos actuais governantes...
Rei de espadas
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
Reflexo Condicionado
Ainda sobre os famosos cartoons que fizeram agitar os seguidores de Maomé, devo dizer que acho tão ridícula a reacção do povo islâmico, como as declarações de Freitas do Amaral, Kofi Annan, ou qualquer outro que procure desculpar os actos de fundamentalistas verificados, com a reserva à liberdade de expressão. A esse propósito, lembro que todos os dias a igreja católica é alvo das mais diversas ofensas, desde a skin-head Sinead Oconner que rasgou em pleno concerto a fotografia do Papa, até ao mais recente êxito cinematográfico português “Crime do Padre Amaro” em que o padre imagina a Virgem Maria nua.
A explicação para a reacção islâmica foi dada por Pavlov no século passado, e chama-se reflexo condicionado. Isto é, um estímulo indiferente, combinado com um estímulo capaz de activar um reflexo incondicionado, gera uma resposta incondicionada que, depois de repetida sistematicamente, o estímulo indiferente, por si só, é capaz de provocar resposta condicionada.
Traduzido para miúdos, o estimulo indiferente (cartoons), combinado com um estímulo capaz de activar um reflexo incondicionado (lideres islâmicos que utilizam palavras de incentivo à luta contra outros povos que não partilham as crenças deles) acaba por gerar uma resposta condicionada por parte dos radicais islâmicos, que não são poucos.
O mundo ocidental não se pode rebaixar à escalada de terror e desculpar os actos fundamentalistas de resposta a qualquer pretexto, sob pena de qualquer dia não ter mão sobre quem os pratica.
Só para lembrar que Pavlov serviu-se de um cão para chegar à teoria do Reflexo Condicionado!!!
Ás de Ouros
Ainda sobre os famosos cartoons que fizeram agitar os seguidores de Maomé, devo dizer que acho tão ridícula a reacção do povo islâmico, como as declarações de Freitas do Amaral, Kofi Annan, ou qualquer outro que procure desculpar os actos de fundamentalistas verificados, com a reserva à liberdade de expressão. A esse propósito, lembro que todos os dias a igreja católica é alvo das mais diversas ofensas, desde a skin-head Sinead Oconner que rasgou em pleno concerto a fotografia do Papa, até ao mais recente êxito cinematográfico português “Crime do Padre Amaro” em que o padre imagina a Virgem Maria nua.
A explicação para a reacção islâmica foi dada por Pavlov no século passado, e chama-se reflexo condicionado. Isto é, um estímulo indiferente, combinado com um estímulo capaz de activar um reflexo incondicionado, gera uma resposta incondicionada que, depois de repetida sistematicamente, o estímulo indiferente, por si só, é capaz de provocar resposta condicionada.
Traduzido para miúdos, o estimulo indiferente (cartoons), combinado com um estímulo capaz de activar um reflexo incondicionado (lideres islâmicos que utilizam palavras de incentivo à luta contra outros povos que não partilham as crenças deles) acaba por gerar uma resposta condicionada por parte dos radicais islâmicos, que não são poucos.
O mundo ocidental não se pode rebaixar à escalada de terror e desculpar os actos fundamentalistas de resposta a qualquer pretexto, sob pena de qualquer dia não ter mão sobre quem os pratica.
Só para lembrar que Pavlov serviu-se de um cão para chegar à teoria do Reflexo Condicionado!!!
Ás de Ouros
Um conto de Carnaval
Julgo que deve ser mister de quem se lança na empresa de escrever, preservar um mínimo de nexo, respeito pela história e até, algum pudor. Digo isto a propósito de umas observações aqui efectuadas, que se prendiam com o jogador Petit, mas sobretudo, com os considerandos acerca da liberdade de expressão e a sua relação com a esquerda.
Por ver que impera a ignorância na burguesia nacional, vou contar uma estória, que gostava que tivesse algum valor didáctico e por isso imaginarei que o interlocutor tem três anos de idade. Começa assim:
“Era uma vez um senhor chamado Oliveira Salazar que governava com mão de ferro um país de nome Portugal. Tudo corria bem neste país, só não se podia falar muito porque o senhor irritava-se.
Embora algo sisudo, este senhor tinha dois amigos que se chamavam Mussolini e Franco. Diziam que pertenciam à mesma família politica, a família Extrema Direita e que se não deixavam as pessoas falar era para que elas não dissessem asneiras. Fazia parte da educação.
Mas havia outra família, a família Esquerda, os quais gostavam muito de falar e por isso tiraram o senhor do poder com uma revolução. Chamou-se 25 de Abril.”
Quanto à legitimidade para falar em liberdade de expressão espero ter sido elucidativo (atente-se que não sou apologista que a direita não o possa fazer).
Confesso que tive de fazer um esforço para parar de me rir e tentar fazer um comentário sério ao que foi escrito sobre Freitas do Amaral representar a esquerda. Como? Esse sindicalista? Não consegui…
Esta direita que desconhece a revolução é a mesma que confunde liberdade de expressão com direito à ofensa e isso, em pleno seculo XXI, surpreende-me. Tragam um bocadinho de Rousseau para esta mesa! É certo que nada legitima a resposta dos árabes radicais, mas também devemos ser sensatos quando abordamos questões que põe em causa valores fundamentais dos outros. Doutro modo as maiores desonras poderiam ser cometidas em nome da liberdade de expressão.
Quanto ao segundo ponto abordado, mesmo dando de barato que Petit “o estripador” deveria ser punido com cartão vermelho aquando de um lance com Targino no ano passado (o que para quem diz não fixar os lances constitui um prodigioso esforço de memória), no que às jogadas com Felício e Liedson diz respeito apenas tenho a dizer que se isso fosse motivo para cartão vermelho, então só no FCP-Braga desta segunda-feira (para não ir mais longe), seriam três jogadores expulsos – Quaresma, Pepe e Pedro Emanuel. Mas como futebol não é voleibol considero que também estes foram bem punidos com cartão amarelo.
Claro está que nem todos nos lembramos de lances do passado. Para isso é condição que estes nos marquem de alguma maneira. Por isso, poderia viver cem anos que nunca me esqueceria de um frango de um campioníssimo guarda-redes que saltou da capoeira porque um fiscal de linha a 20m de distância não viu o que eu vi a 70. Eis o porquê de certos serem oprimidos e revoltados, outros serem arguidos…
Duque de Espadas
Julgo que deve ser mister de quem se lança na empresa de escrever, preservar um mínimo de nexo, respeito pela história e até, algum pudor. Digo isto a propósito de umas observações aqui efectuadas, que se prendiam com o jogador Petit, mas sobretudo, com os considerandos acerca da liberdade de expressão e a sua relação com a esquerda.
Por ver que impera a ignorância na burguesia nacional, vou contar uma estória, que gostava que tivesse algum valor didáctico e por isso imaginarei que o interlocutor tem três anos de idade. Começa assim:
“Era uma vez um senhor chamado Oliveira Salazar que governava com mão de ferro um país de nome Portugal. Tudo corria bem neste país, só não se podia falar muito porque o senhor irritava-se.
Embora algo sisudo, este senhor tinha dois amigos que se chamavam Mussolini e Franco. Diziam que pertenciam à mesma família politica, a família Extrema Direita e que se não deixavam as pessoas falar era para que elas não dissessem asneiras. Fazia parte da educação.
Mas havia outra família, a família Esquerda, os quais gostavam muito de falar e por isso tiraram o senhor do poder com uma revolução. Chamou-se 25 de Abril.”
Quanto à legitimidade para falar em liberdade de expressão espero ter sido elucidativo (atente-se que não sou apologista que a direita não o possa fazer).
Confesso que tive de fazer um esforço para parar de me rir e tentar fazer um comentário sério ao que foi escrito sobre Freitas do Amaral representar a esquerda. Como? Esse sindicalista? Não consegui…
Esta direita que desconhece a revolução é a mesma que confunde liberdade de expressão com direito à ofensa e isso, em pleno seculo XXI, surpreende-me. Tragam um bocadinho de Rousseau para esta mesa! É certo que nada legitima a resposta dos árabes radicais, mas também devemos ser sensatos quando abordamos questões que põe em causa valores fundamentais dos outros. Doutro modo as maiores desonras poderiam ser cometidas em nome da liberdade de expressão.
Quanto ao segundo ponto abordado, mesmo dando de barato que Petit “o estripador” deveria ser punido com cartão vermelho aquando de um lance com Targino no ano passado (o que para quem diz não fixar os lances constitui um prodigioso esforço de memória), no que às jogadas com Felício e Liedson diz respeito apenas tenho a dizer que se isso fosse motivo para cartão vermelho, então só no FCP-Braga desta segunda-feira (para não ir mais longe), seriam três jogadores expulsos – Quaresma, Pepe e Pedro Emanuel. Mas como futebol não é voleibol considero que também estes foram bem punidos com cartão amarelo.
Claro está que nem todos nos lembramos de lances do passado. Para isso é condição que estes nos marquem de alguma maneira. Por isso, poderia viver cem anos que nunca me esqueceria de um frango de um campioníssimo guarda-redes que saltou da capoeira porque um fiscal de linha a 20m de distância não viu o que eu vi a 70. Eis o porquê de certos serem oprimidos e revoltados, outros serem arguidos…
Duque de Espadas
quinta-feira, fevereiro 09, 2006
Inquietações:
Fico inquieto e preocupado quando:
- a posição da esquerda portuguesa, pela voz de Freitas do Amaral, sobre os cartoons de Maomé, é a censura, pois estes “ofendem as crenças e sensibilidades religiosas dos povos muçulmanos” e incitam a uma “inaceitável guerra de religiões”. Pelos olhos que vejo o mundo, não encontro razões para tal e considero estas afirmações uma subserviência intolerável prestada por quem quer que seja ao medo incutido pelos fanáticos muçulmanos. Aguardo com expectativa, a intervenção do Ministro, acerca das ameaças de que foram alvo os cartoonistas, bem como do regime de enclausuramento, forçado e com segurança apertada, a que estão sujeitos. E já agora, se se lembrar, dos ataques a embaixadas de países europeus, aliados e civilizados.
- há Três anos que Petit não é expulso. Foi expulso duas vezes na primeira época de SLB, e daí para cá teve um comportamento que os árbitros acharam ser merecedor de continuar o jogo. Para quem for mais céptico, acredite, pois isto é pura realidade! Ora, como não tenho, nem quero ter, aquela memória de oprimido e revoltado, que se lembra dum lance na área do carcavelinhos, que o árbitro não assinalou penalty, tão típica de benfiquistas dos últimos anos, vou-me reportar a alguns acontecimentos recentes. Todos vimos, a bárbara entrada a Targino, a ceifada a Liedson e na última jornada a agressão a Fábio Felício. Se esquecermos as constantes reclamações com o uso do impróprio vernáculo, que lhe fica tão bem, achamos que o uso constante de tamanha dureza, às vezes violência, deve ser punido de quando em vez. Depois do Deixem jogar o Mantorras, surge pela minha voz o Senhores árbitros parem o Pitbull!
Abraço, quatro de espadas!
Fico inquieto e preocupado quando:
- a posição da esquerda portuguesa, pela voz de Freitas do Amaral, sobre os cartoons de Maomé, é a censura, pois estes “ofendem as crenças e sensibilidades religiosas dos povos muçulmanos” e incitam a uma “inaceitável guerra de religiões”. Pelos olhos que vejo o mundo, não encontro razões para tal e considero estas afirmações uma subserviência intolerável prestada por quem quer que seja ao medo incutido pelos fanáticos muçulmanos. Aguardo com expectativa, a intervenção do Ministro, acerca das ameaças de que foram alvo os cartoonistas, bem como do regime de enclausuramento, forçado e com segurança apertada, a que estão sujeitos. E já agora, se se lembrar, dos ataques a embaixadas de países europeus, aliados e civilizados.
- há Três anos que Petit não é expulso. Foi expulso duas vezes na primeira época de SLB, e daí para cá teve um comportamento que os árbitros acharam ser merecedor de continuar o jogo. Para quem for mais céptico, acredite, pois isto é pura realidade! Ora, como não tenho, nem quero ter, aquela memória de oprimido e revoltado, que se lembra dum lance na área do carcavelinhos, que o árbitro não assinalou penalty, tão típica de benfiquistas dos últimos anos, vou-me reportar a alguns acontecimentos recentes. Todos vimos, a bárbara entrada a Targino, a ceifada a Liedson e na última jornada a agressão a Fábio Felício. Se esquecermos as constantes reclamações com o uso do impróprio vernáculo, que lhe fica tão bem, achamos que o uso constante de tamanha dureza, às vezes violência, deve ser punido de quando em vez. Depois do Deixem jogar o Mantorras, surge pela minha voz o Senhores árbitros parem o Pitbull!
Abraço, quatro de espadas!
segunda-feira, fevereiro 06, 2006
O meu plano tecnologico
Se o presidente dos restaurantes Macdonald's viesse a portugal e investisse uns milhoes para ensinar os portugueses a comer hamburgers de uma forma limpa e sem deixar cair o pedaço de salada em cima das calças também seria recebido com honras de chefe de estado? Não, estaria a dizer-se que veio somente fazer publicidade para os seus hamburgers (por sinal nada bons comparados com os verdadeiros). O facto de vender um sistema operativo que actualmente é dos mais ineficazes (a versão 2000 é bem melhor que a XP, para não falar de Linux ou Mac) e ensinar a malta a servir-se não faz dele um personagem do nosso plano tecnológico. Ou faz ? A minha ideia de plano tecnologico é bem mais arrojada que isso. É sermos capazes de produzir mais e melhor que os outros, com os nossos meios, isto é, depois de formados pelo nosso sistema educativo e de inserção na vida activa. É a concepção desse sistema, que começa na escola primária até à gestão dos mais idosos que constitui a principal tarefa do nosso plano tecnológico. A base do plano deverá ser a experimentação, isto é, a aprendizagem como somatório dos erros acumulados e não a pseudo-excelencia do "erro zero" que é patrocinado em muitas escolas que querem que os alunos após uma formação teórica estejam aptos ao mercado de trabalho. Em que a curiosidade seja estimulada, em que as perguntas ditas "estúpidas" nunca sejam reprimidas por alguns professores que pelos vistos nunca se enganaram e agarrados ao seu posto de catedrático se julgam fortalezas do conhecimento dogmático e paralitico.
Para mim curiosidade e a preguiça são os motores da tecnologia e a primeira só se consegue com um ensino que deixe as portas abertas em vez de as fechar em dogmas do século passado que matam qualquer pergunta mais audaciosa.
Irei revenir a este assunto muito brevemente
Rei de espadas
Uma precisão:
Guterres entrou com o Euro mas o essencial da convergencia economica foi feito pelo governo de Cavaco Silva,sobretudo a descida da taxa de inflação e a estabilização do escudo, tudo isto num clima de crise economica internacional (nada tendo a haver com a pseudocrise que europa enfrenta neste momento que mais se deve à incompetencia dos principais chefes de estado que lideraram o pelotão da frente, sobretudo Chirac, Blair e Schroeder.
Rei de espadas
Guterres entrou com o Euro mas o essencial da convergencia economica foi feito pelo governo de Cavaco Silva,sobretudo a descida da taxa de inflação e a estabilização do escudo, tudo isto num clima de crise economica internacional (nada tendo a haver com a pseudocrise que europa enfrenta neste momento que mais se deve à incompetencia dos principais chefes de estado que lideraram o pelotão da frente, sobretudo Chirac, Blair e Schroeder.
Rei de espadas
domingo, fevereiro 05, 2006
Vale sempre a pena esclarecer, ainda que não queira subjugar ninguém…
Deixem-me começar a postada por agradecer à quadra de espadas o estudo e o tempo que perdeu a saber quem é o Dr. Cavaco. É que para além de se afirmar como um eleitor esclarecido, informado, teve a gentileza de partilhar essa sabedoria com todos os leitores. É claro que se tivesse feito esse esforço para se informar em relação a todos os candidatos, e não apenas ao Dr. Cavaco, o seu voto teria sido certamente noutro sentido…
Não quero quem fiquem no ar mal-entendidos à relação ao que escrevi por isso deixem-me esclarecer.
1 – Quanto ao Dr. Cavaco, nosso Presidente, escrevi e reitero que lhe desejo a maior sorte ao longo do mandato, que seja tranquilo e que permita a aproximação de Portugal e do nível de vida dos portugueses à Europa dos 25.
2 – As minhas críticas em relação à gozação pegada que foi ao longo da campanha são dirigidas não a quem ri, porque eu também me ri bastante, mas a quem goza ostensivamente com os outros. E a cena do bolo-rei não foi agora, durante a campanha, chamada à baila por ninguém…
3 – A minha associação do Dr. Mário Soares aos anos de maior crescimento da economia portuguesa é natural, porque realmente há muitos poderes que ele não teve, nem num futuro próximo um presidente terá, mas teve a capacidade de estar ao lado dos portugueses em todas as questões sociais e políticas que lhes importaram. E por isso foi eleito com a maior votação de sempre!!
Portanto, quis acima de tudo, na minha postada anterior, dar a minha opinião em relação à forma como decorreu a campanha e partilhar as minhas conclusões e ilações. Não quis fazer um manifesto, como foi entendido por alguém. Porque o que eu gostaria era de ter um presidente com preocupações sociais, liberdade de opinião e discurso, e que fizesse valor questões essenciais na aproximação social de Portugal aos países mais desenvolvidos, como a liberalização da interrupção voluntária da gravidez, a liberalização dos casamentos entre homossexuais, entre outras…
É que crescimento é diferente de desenvolvimento…
E naturalmente acho desnecessário estar a comparar os candidatos, e não foi isso que fiz na última postada nem o faço agora, comparo ideias, valores e projectos, porque é evidente que as condições de governabilidade foram muito distintas entre as que viveram Soares e Cavaco. E ao contrário do que está subentendido na postada da quadra de espadas, não foi Cavaco que negociou a integração de Portugal na Comunidade Económica Europeia e nem foi Cavaco que, e passo a citar, “garantiu a adesão do escudo ao Sistema Monetário Europeu, com Portugal integrando o primeiro grupo de países da moeda única europeia”, foi Guterres. Mas são só imprecisões que não quero explorar…
Aquele abraço,
Valete de Copas
Deixem-me começar a postada por agradecer à quadra de espadas o estudo e o tempo que perdeu a saber quem é o Dr. Cavaco. É que para além de se afirmar como um eleitor esclarecido, informado, teve a gentileza de partilhar essa sabedoria com todos os leitores. É claro que se tivesse feito esse esforço para se informar em relação a todos os candidatos, e não apenas ao Dr. Cavaco, o seu voto teria sido certamente noutro sentido…
Não quero quem fiquem no ar mal-entendidos à relação ao que escrevi por isso deixem-me esclarecer.
1 – Quanto ao Dr. Cavaco, nosso Presidente, escrevi e reitero que lhe desejo a maior sorte ao longo do mandato, que seja tranquilo e que permita a aproximação de Portugal e do nível de vida dos portugueses à Europa dos 25.
2 – As minhas críticas em relação à gozação pegada que foi ao longo da campanha são dirigidas não a quem ri, porque eu também me ri bastante, mas a quem goza ostensivamente com os outros. E a cena do bolo-rei não foi agora, durante a campanha, chamada à baila por ninguém…
3 – A minha associação do Dr. Mário Soares aos anos de maior crescimento da economia portuguesa é natural, porque realmente há muitos poderes que ele não teve, nem num futuro próximo um presidente terá, mas teve a capacidade de estar ao lado dos portugueses em todas as questões sociais e políticas que lhes importaram. E por isso foi eleito com a maior votação de sempre!!
Portanto, quis acima de tudo, na minha postada anterior, dar a minha opinião em relação à forma como decorreu a campanha e partilhar as minhas conclusões e ilações. Não quis fazer um manifesto, como foi entendido por alguém. Porque o que eu gostaria era de ter um presidente com preocupações sociais, liberdade de opinião e discurso, e que fizesse valor questões essenciais na aproximação social de Portugal aos países mais desenvolvidos, como a liberalização da interrupção voluntária da gravidez, a liberalização dos casamentos entre homossexuais, entre outras…
É que crescimento é diferente de desenvolvimento…
E naturalmente acho desnecessário estar a comparar os candidatos, e não foi isso que fiz na última postada nem o faço agora, comparo ideias, valores e projectos, porque é evidente que as condições de governabilidade foram muito distintas entre as que viveram Soares e Cavaco. E ao contrário do que está subentendido na postada da quadra de espadas, não foi Cavaco que negociou a integração de Portugal na Comunidade Económica Europeia e nem foi Cavaco que, e passo a citar, “garantiu a adesão do escudo ao Sistema Monetário Europeu, com Portugal integrando o primeiro grupo de países da moeda única europeia”, foi Guterres. Mas são só imprecisões que não quero explorar…
Aquele abraço,
Valete de Copas
sábado, fevereiro 04, 2006
Por maturidade, responsabilidade e por todas as demais razões…
Enquanto primeiro ministro de Portugal:
Cavaco Silva levou Portugal a ultrapassar a quase estagnação em que estava mergulhado, a beneficiar de um novo ambiente económico e social, a aproximar-se dos níveis médios de desenvolvimento dos seus parceiros da União Europeia e a assegurar-lhe maior projecção e reconhecimento internacionais. A economia portuguesa cresceu a uma taxa média anual de 4%, o que possibilitou uma melhoria significativa dos salários reais e das prestações sociais, incluindo a criação do 14º mês para os reformados.
Conduziu um ambicioso programa que incluiu elevados investimentos em obras públicas e infra-estruturas e a adopção de novas práticas na economia, atribuindo um papel mais relevante às forças de mercado e admitindo mais investimentos directos estrangeiros.
A estabilidade política que garantiu e a confiança que fez repercutir nos parceiros sociais permitiram, nomeadamente, a celebração dos primeiros acordos de concertação social em Portugal.
Garantiu a adesão do escudo ao Sistema Monetário Europeu, com Portugal integrando o primeiro grupo de países da moeda única europeia.
Em 7 de Setembro de 1995, foi distinguido na Alemanha com o Prémio Carl Bertelsmann que a prestigiada Fundação Bertelsmann decidiu atribuir a Portugal pelo sucesso das políticas de melhoria do mercado de trabalho e de luta contra o desemprego enquanto Aníbal Cavaco Silva exerceu o cargo de primeiro-ministro. A escolha de Portugal resultou de uma análise comparativa de 17 países europeus, efectuada pelo Instituto para a Política Económica e Investigação Conjuntural da Universidade de Witten-Herdecke. Recebeu ainda os Prémios Joseph Bech (1991), no Luxemburgo, e medalha Robert Schuman (1998) pela sua contribuição para a construção europeia, e Freedom Prize (1995), na Suiça, concedido pela Fundação Schmidheiny, pela sua acção como político e economista.
Tem uma vasta obra publicada. O número de exemplares vendidos ultrapassa já os 170 mil exemplares.
Afastado da vida política activa nos últimos anos, durante os quais retomou a sua actividade académica, Cavaco Silva manteve, todavia, uma importante participação cívica, nomeadamente através de intervenções pontuais sobre questões nacionais ou internacionais, que sublinharam os critérios de competência, rigor e exigência que sempre pautaram a sua actuação pública e constituem relevante marca da sua credibilidade como homem político.
Nascido a 15 de Julho de 1939, em Boliqueime, Loulé, Algarve, Aníbal Cavaco Silva é licenciado em Finanças pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, Lisboa, com uma média de 16 valores e doutorado em Economia pela Universidade de York, Reino Unido. Foi docente do ISCEF e da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa e, actualmente, é Professor Catedrático na Universidade Católica Portuguesa.
Foi investigador da Fundação Calouste Gulbenkian e dirigiu o Gabinete de Estudos do Banco de Portugal, do qual foi posteriormente consultor.
Cavaco Silva é Doutor Honoris Causa pelas Universidades de York (Reino Unido) e La Coruña (Espanha), membro da Real Academia de Ciências Morais e Políticas de Espanha, do Clube de Madrid para a Transição e Consolidação Democrática e da Global Leadership Foundation.
Abraço, quatro de espadas!
Enquanto primeiro ministro de Portugal:
Cavaco Silva levou Portugal a ultrapassar a quase estagnação em que estava mergulhado, a beneficiar de um novo ambiente económico e social, a aproximar-se dos níveis médios de desenvolvimento dos seus parceiros da União Europeia e a assegurar-lhe maior projecção e reconhecimento internacionais. A economia portuguesa cresceu a uma taxa média anual de 4%, o que possibilitou uma melhoria significativa dos salários reais e das prestações sociais, incluindo a criação do 14º mês para os reformados.
Conduziu um ambicioso programa que incluiu elevados investimentos em obras públicas e infra-estruturas e a adopção de novas práticas na economia, atribuindo um papel mais relevante às forças de mercado e admitindo mais investimentos directos estrangeiros.
A estabilidade política que garantiu e a confiança que fez repercutir nos parceiros sociais permitiram, nomeadamente, a celebração dos primeiros acordos de concertação social em Portugal.
Garantiu a adesão do escudo ao Sistema Monetário Europeu, com Portugal integrando o primeiro grupo de países da moeda única europeia.
Em 7 de Setembro de 1995, foi distinguido na Alemanha com o Prémio Carl Bertelsmann que a prestigiada Fundação Bertelsmann decidiu atribuir a Portugal pelo sucesso das políticas de melhoria do mercado de trabalho e de luta contra o desemprego enquanto Aníbal Cavaco Silva exerceu o cargo de primeiro-ministro. A escolha de Portugal resultou de uma análise comparativa de 17 países europeus, efectuada pelo Instituto para a Política Económica e Investigação Conjuntural da Universidade de Witten-Herdecke. Recebeu ainda os Prémios Joseph Bech (1991), no Luxemburgo, e medalha Robert Schuman (1998) pela sua contribuição para a construção europeia, e Freedom Prize (1995), na Suiça, concedido pela Fundação Schmidheiny, pela sua acção como político e economista.
Tem uma vasta obra publicada. O número de exemplares vendidos ultrapassa já os 170 mil exemplares.
Afastado da vida política activa nos últimos anos, durante os quais retomou a sua actividade académica, Cavaco Silva manteve, todavia, uma importante participação cívica, nomeadamente através de intervenções pontuais sobre questões nacionais ou internacionais, que sublinharam os critérios de competência, rigor e exigência que sempre pautaram a sua actuação pública e constituem relevante marca da sua credibilidade como homem político.
Nascido a 15 de Julho de 1939, em Boliqueime, Loulé, Algarve, Aníbal Cavaco Silva é licenciado em Finanças pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, Lisboa, com uma média de 16 valores e doutorado em Economia pela Universidade de York, Reino Unido. Foi docente do ISCEF e da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa e, actualmente, é Professor Catedrático na Universidade Católica Portuguesa.
Foi investigador da Fundação Calouste Gulbenkian e dirigiu o Gabinete de Estudos do Banco de Portugal, do qual foi posteriormente consultor.
Cavaco Silva é Doutor Honoris Causa pelas Universidades de York (Reino Unido) e La Coruña (Espanha), membro da Real Academia de Ciências Morais e Políticas de Espanha, do Clube de Madrid para a Transição e Consolidação Democrática e da Global Leadership Foundation.
Abraço, quatro de espadas!
Manifesto
Ao ler o último post nem sei bem o que senti. Por momentos julguei-me enganado na página de Internet e pensei estar a ler um qualquer manifesto de esquerda. Puro engano, era um novo post pautado por uma série de incongruências irreconhecíveis de um escritor que me agrada. Se calhar não foi bem o que escreveu aquilo que quis dizer!!! O que tem de bom o blog, é que os escritos ficam cá gravados!!!
Ora, se antes os poderes do PR eram “quase nenhuns” porque é que se argumenta agora que foram na presidência de Soares “os anos de maior crescimento da economia portuguesa” e, ou se esquece, ou não se lembra, que foi precisamente nessa altura que governou Cavaco?
Será que se Miguel Esteves Cardoso lesse a última crónica pensaria: temos todos que ter pena de um homem que se baixou e arregaçou as calças? Alguém em consciência pode apelar ao sentimento por Soares depois de tanto se ter rido de Cavaco por causa do bolo rei? Triste? Tristes foram as figuras que teve que fazer um cidadão de Barcelos, provavelmente à conta de muitas injustiças!
E claro que esteve mal o poeta, mas a memória não vai mais longe, buscar o que fez Sócrates no dia das eleições?
À falta de argumentos diz-se que o povo foi imaturo… Alguém acha que foi esta campanha diferente de todas as outras? Imaturo e irresponsável! Não foi Sampaio eleito com a maior abstenção de sempre em Portugal (metade dos portugueses não quiseram saber quem iria para Belém!). Como neste blog tanto se apregoa: haja memória!!!
Como votei Cavaco, e não me considero nem imaturo e muito menos irresponsável, apresento a seguir, para eventuais interessados, algumas razões da minha preferência.
“Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco”. Haja um bocado mais de bom senso e clarividência nas opiniões, para que possam ser entendidas e apreciadas pelos pares como opiniões, e não como manifestos.
Abraço, quatro de espadas!
Ao ler o último post nem sei bem o que senti. Por momentos julguei-me enganado na página de Internet e pensei estar a ler um qualquer manifesto de esquerda. Puro engano, era um novo post pautado por uma série de incongruências irreconhecíveis de um escritor que me agrada. Se calhar não foi bem o que escreveu aquilo que quis dizer!!! O que tem de bom o blog, é que os escritos ficam cá gravados!!!
Ora, se antes os poderes do PR eram “quase nenhuns” porque é que se argumenta agora que foram na presidência de Soares “os anos de maior crescimento da economia portuguesa” e, ou se esquece, ou não se lembra, que foi precisamente nessa altura que governou Cavaco?
Será que se Miguel Esteves Cardoso lesse a última crónica pensaria: temos todos que ter pena de um homem que se baixou e arregaçou as calças? Alguém em consciência pode apelar ao sentimento por Soares depois de tanto se ter rido de Cavaco por causa do bolo rei? Triste? Tristes foram as figuras que teve que fazer um cidadão de Barcelos, provavelmente à conta de muitas injustiças!
E claro que esteve mal o poeta, mas a memória não vai mais longe, buscar o que fez Sócrates no dia das eleições?
À falta de argumentos diz-se que o povo foi imaturo… Alguém acha que foi esta campanha diferente de todas as outras? Imaturo e irresponsável! Não foi Sampaio eleito com a maior abstenção de sempre em Portugal (metade dos portugueses não quiseram saber quem iria para Belém!). Como neste blog tanto se apregoa: haja memória!!!
Como votei Cavaco, e não me considero nem imaturo e muito menos irresponsável, apresento a seguir, para eventuais interessados, algumas razões da minha preferência.
“Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco”. Haja um bocado mais de bom senso e clarividência nas opiniões, para que possam ser entendidas e apreciadas pelos pares como opiniões, e não como manifestos.
Abraço, quatro de espadas!
quinta-feira, fevereiro 02, 2006
A minha…
Porque há coisas que nunca passam, venho aqui, a este espaço de discussão, dar a minha opinião sobre as eleições presidenciais.
Antes de mais gostaria de dizer que, até ao contrário do que aqui vi escrito, se houve um grande derrotado nas eleições, foi o povo português. E esta é a minha opinião baseada em duas ordens de razão: primeiro, o povo volta a eleger o candidato que menos esclarece o eleitorado ao longo da campanha e pré-campanha, sinal de imaturidade política, ou desresponsabilização em relação ao voto; e segundo porque qualquer candidato que entre na corrida vai para, antes de mais, defender ideias, ideais e projectos – portanto quem se dedica desta forma à causa pública tem sempre de estar de parabéns (tenho de confessar que é muito mais simples mandar bitaites…).
Mudo canto para relatar que houve uma ideia, essencialmente defendida pela direita portuguesa, de ridicularizar um dos candidatos, e refiro-me a Mário Soares. Achei sempre que foi gozado, pela idade, numa tentativa achincalhar quem, como ele, foi duas vezes PR nos anos de maior crescimento da economia portuguesa (e crescimento é diferente de desenvolvimento); foi Primeiro-ministro numa fase em que Portugal estava numa crise económica muito grave, tendo inclusivamente de negociar condições de apoio com o FMI (Fundo Monetário Internacional), em paralelo com o que acontece actualmente com a Argentina (pois é…!!); e defendeu a democracia portuguesa durante os anos revolucionários do PREC e do avanço do comunismo em Portugal (ou acham que os debates com Álvaro Cunhal ficaram famosos porquê?); entre outros serviços prestados ao país que só engrandecem o seu lugar na história de Portugal e do Mundo. Por tudo isto acho triste que se brinque com a dignidade das pessoas insinuando que seriam seus os terrenos da Ota, ou comparando-o com um “che che”…
Realmente “ele não merecia” – como agora todos dizem…
Os outros candidatos defenderam-se como puderam num ambiente de hostilidade generalizada feito por quem não quis ver, ainda que só depois do dia das eleições se dêem a conhecer melhor, como é o triste caso da baixa fraudulenta do Manuel Alegre… (um aparte apenas para dizer que espero que seja o único a surpreender…)
Naturalmente o vencedor terá agora dez anos para mostrar o que vale, e espero que sejam dez grandes anos para Portugal, de desenvolvimento e de aproximação à Europa dos 25.
Valete de copas
Porque há coisas que nunca passam, venho aqui, a este espaço de discussão, dar a minha opinião sobre as eleições presidenciais.
Antes de mais gostaria de dizer que, até ao contrário do que aqui vi escrito, se houve um grande derrotado nas eleições, foi o povo português. E esta é a minha opinião baseada em duas ordens de razão: primeiro, o povo volta a eleger o candidato que menos esclarece o eleitorado ao longo da campanha e pré-campanha, sinal de imaturidade política, ou desresponsabilização em relação ao voto; e segundo porque qualquer candidato que entre na corrida vai para, antes de mais, defender ideias, ideais e projectos – portanto quem se dedica desta forma à causa pública tem sempre de estar de parabéns (tenho de confessar que é muito mais simples mandar bitaites…).
Mudo canto para relatar que houve uma ideia, essencialmente defendida pela direita portuguesa, de ridicularizar um dos candidatos, e refiro-me a Mário Soares. Achei sempre que foi gozado, pela idade, numa tentativa achincalhar quem, como ele, foi duas vezes PR nos anos de maior crescimento da economia portuguesa (e crescimento é diferente de desenvolvimento); foi Primeiro-ministro numa fase em que Portugal estava numa crise económica muito grave, tendo inclusivamente de negociar condições de apoio com o FMI (Fundo Monetário Internacional), em paralelo com o que acontece actualmente com a Argentina (pois é…!!); e defendeu a democracia portuguesa durante os anos revolucionários do PREC e do avanço do comunismo em Portugal (ou acham que os debates com Álvaro Cunhal ficaram famosos porquê?); entre outros serviços prestados ao país que só engrandecem o seu lugar na história de Portugal e do Mundo. Por tudo isto acho triste que se brinque com a dignidade das pessoas insinuando que seriam seus os terrenos da Ota, ou comparando-o com um “che che”…
Realmente “ele não merecia” – como agora todos dizem…
Os outros candidatos defenderam-se como puderam num ambiente de hostilidade generalizada feito por quem não quis ver, ainda que só depois do dia das eleições se dêem a conhecer melhor, como é o triste caso da baixa fraudulenta do Manuel Alegre… (um aparte apenas para dizer que espero que seja o único a surpreender…)
Naturalmente o vencedor terá agora dez anos para mostrar o que vale, e espero que sejam dez grandes anos para Portugal, de desenvolvimento e de aproximação à Europa dos 25.
Valete de copas
Londres! Essa musa inspiradora!
Está aberta a época cinematográfica a valer...Depois de 10 meses de completa sensaboria, estes próximos meses de Fevereiro e Março, prometem serões de qualidade...
O primeiro caso chama-se "Match Point", e é a primeira incursão de Woody Allen em terras europeias. Londres foi a sortuda, e podemos dizer que mereceu esta distinção. O filme é uma história de luxo, amor, poder e acima de tudo muito desejo...em terras de Sua Majestade, filmada com elevada ironia, e sentido de humor.
Os actores estão todos no sitio, principalmente Scarlett Johansson, que encarna na perfeição a sua personagem... Estamos por isso ansiosos pela 2ª incursão de Woody em terras europeias, algo que o próprio já prometeu, filme esse, que contará novamente com os préstimos da menina Scarlet...
Cá para nós, ainda bem que o homem saiu de Nova York...
Ás de Copas
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