segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Para não falar mais disto…


Depois das duas últimas crónicas, fico com pouco a acrescentar em relação à polémica dos cartoons. Corroboro tudo o que foi escrito e lamento-me que o velho continente, devido a declarações como as do nosso ministro dos NE, não se tenha mantido unido em defesa de valores que tantos anos demoraram a implementar-se. Acho piada às comunidades islâmicas fazerem protestos nas cidades europeias. A porta da rua é serventia da casa como se costuma dizer. Por boa educação não se vai a casa de outras pessoas dizer que a comida não presta, cuspir pró chão ou largar umas bombitas.
Em relação ao nosso contador de estórias, já que as escreve tão bem, vou-lhe deixar algumas ideias para um best-seller. Que tal uma ilha no Atlântico, famosa pelos seus charutos, onde existe uma ditadura imposta por um governo comunista. Onde os melhores profissionais do mundo, como médicos por exemplo, ganham 30 dólares por mês e tem que se prostituir para não deixar as famílias passar necessidades. Outros tentam fugir em jangadas e morrem. Ou pelo caminho, ou depois quando são deportados. Os que ficam, sobrevivem, enquanto que o chefe deste governo é um dos homens mais ricos do mundo!
Confundir ditaduras, com esquerda e direita, é pior que ignorância, é irresponsabilidade. Mais, afirmar que “a direita desconhece a revolução”, sub-repticiamente dizer que a liberdade se deve à esquerda e culminar dizendo que mesmo assim, até acha que a direita deve ter liberdade de expressão, são afirmações que ficam imputadas a quem as fez!
Sobre Petit, bom jogador de futebol: continuo a achar que a sua virilidade e impetuosidade, por vezes maldade e violência, não tem paralelo no futebol português e com expulsões todos os fins-de-semana, acho estranho que este jogador não seja expulso há três anos. Acho isto pacífico e consensual! Para quem põe no mesmo cesto, as castanhadas que deu Petit, a Felício e Liedson, amplamente discutidas nos jornais, e lances de Pepe, Pedro Emanuel e Quaresma, que não os sei qualificar porque sinceramente nem sei quais são, acho que deve rever a sua maneira de pensar. Por consideração, apenas me rio, mas preocupa-me o facto de tais opiniões começarem a ser ignoradas, de tão patéticas que são. Mais, que saiba, só é arguido depois de considerado pelo juiz, e arguido não significa condenado. Mas, isto não é nada que não se lembre “ um bom jurista, orientado pelo princípio da verdade material”, mas que aqui e ali se esquece, quando os sentimentos lhe turvam a limpidez dos pensamentos.


Abraço, quatro de espadas!

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