quarta-feira, janeiro 31, 2007

De novo o aborto

Não quero aqui entrar em delongas éticas, morais, filosóficas ou religiosas acerca de uma questão complexa como o aborto.
Apenas me vou cingir a um ponto essencial: devem ou não as mulheres que praticam aborto serem consideradas criminosas à luz do nosso código penal? Penso que não, e a única maneira de poder haver uma alteração à actual lei é votar sim no próximo referendo.

Esta posição não invalida o facto de ser pela vida, porém quando estão em confronto duas posições antagónicas, sendo elas a penalização da mulher ou deixar tudo como está, temos que optar por uma das partes.

Bisca de Copas

terça-feira, janeiro 30, 2007

Obrigado Prof.!

Sinto a obrigação de não deixar passar em claro a enorme prestação do prof. Vital Moreira no "prós e contras". Julgo que deu uma lição de direito (a diferença para Aguiar-Branco é a que distingue um bom advogado dum Grande Jurista), de humanismo, enfim, de inteligência.
Creio que contribuiu para o esclarecimento das pessoas, tendo prestigiado o debate e a Universidade onde lecciona.
É um prazer - e simultaneamente uma pena pela raridade com que sucede- ver homens deste calibre discorrerem sobre os mais diversos temas.

Duque de Espadas

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Frase do dia: «Fui ouvido como testemunha»


Quem me dera ter um Guarda-Costas daquela craveira!! E tão estudioso...

Às de Copas

PS: Deste fim de semana recordo o discurso de Jesualdo, agradeço a boa recomendação da Bisca ("Blood Diamond" muito bom) e retenho a provocação de domingo de uma menina: "Para a semana há mais"!!

sexta-feira, janeiro 26, 2007



Blood Diamond

Um filme perturbador que nos inquieta e por vezes brutal. Merece uma passagem pela sala do cinema pois dela não saímos iguais. Este filme está a gerar muita polémica nos EUA porque agita consciências e relata com veracidade o sub-mundo da exploração diamantífera.

Bisca de Copas



quinta-feira, janeiro 25, 2007

A Educação não são 3 dias, estúpido!!!


Voltei…Confesso, já tinha saudades de perder-me nestas prosas….

Leio que muitos aguardaram 72 horas numa fila interminável para inscrever o filhote num Colégio (à boa maneira moranguiana) da moda. Impossível, penso eu, mas é verdade…isto aconteceu…Não, não foi no Brasil, foi aqui na nossa nação Lusa! Inacreditável, mas ainda existem pais que pensam que a educação de uma criança são 3 dias, e que se constrói na escola e não no lar. Podem ver a WWF, comer MacDonalds, ser rudes com os mais velhos, viciados em jogos, etc…etc…que uns bons anos num “Colégio” tudo curam…Desculpem-me o conservadorismo, mas continuo a preferir os bofetes m(p)aternos.

Leio algures que Micoli se aborreceu com a questão levantada sobre o seu peso, e diz pesar uns provetas 72Kgs...Eh lá, penso eu!! Mas esse é o meu peso!! Começo a entender o meu abaixamento de forma…a barreira dos 70 kgs. pesa!

Uma das maiores mágoas dos nossos amigos cujo presidente anda a ser investigado por actos passíveis de condicionar as arbitragens e de adulterar resultados, also called as, Jorge N P da Costa (as iniciais demonstram o meu embaraço..caramba…o homem tinha que ter o meu nome) é termos nos últimos anos re-adquirido alguns jogadores com H grande! Rocha era um deles! Sempre nos honrou com a sua presença, sempre se calou perante a polivalência que nunca pensou ter, sempre soube aguardar pela renovação, e, soube ser simples na saída! Por isso, obrigado Ricardo…

Até….

Às de Copas


P.S.: Aborto, aborto, aborto…Será de mim ou já cansa tanta discussão estéril e insensata?

P.S. 2: Quanto pesará Rui Costa?

P.S. 3: Se soubesse não tinha escrito…hoje percebi que tenho de emagrecer…e que possuo um nome de algum modo infeliz!! Enfim…

quarta-feira, janeiro 24, 2007

"SIM", por uma questão de humanidade

Porque não é tarde nem é cedo, vou falar do referendo sobre a despenalização do aborto. Trata-se de um tema que por vezes me desagrada um pouco abordar e por duas ordens de razões: pela insistência com que se fala do problema, espremendo-o à exaustão; pela demagogia com que partidários de ambas as posições o discutem.
Eu e respeitando todas as opiniões, para mais numa matéria tão sensível e em que ninguém tem absoluta razão, acredito que o melhor é votar “SIM”.
Assumo esta posição, sem constrangimentos, por diversos motivos.
Em primeiro lugar, porque a realidade do aborto existe. São, segundo números que ouvi recentemente cerca de 50.000 abortos clandestinos por ano. Confesso que achei estes números bastante exagerados, para mais muito superiores a outros que já me tinham constado. Mas, a quantidade está longe de ser a questão, pois podiam ser 500 que o problema mantinha-se. Acredito que este é o grande drama para as mulheres e até para as famílias envolvidas nisto, mais até do que a acusação criminal que se lhe pode seguir. Imagino uma mulher destroçada por ter que perder um filho, e mais ainda por fazê-lo na frieza dum vão de escada (para as pobres) ou numa clínica em Espanha (as mais ricas). Por vezes até abortam sozinhas. Por isso, acho uma questão de humanidade permitir que se minore o sofrimento destas mulheres criando-se condições para que elas abortem com toda a segurança médica e longe da clandestinidade. Com isto, não estamos a matar fetos, estamos a salvar mulheres (física e mentalmente).
Em segundo lugar, porque estas mulheres, segundo a actual lei, são julgadas e podem ser condenadas até três anos de prisão. Ora, depois de todo o sofrimento de abdicar de um filho (coisa que só na mente tortuosa de certos párocos de freguesia se admite que seja feito de ânimo leve) e depois de ter que o efectuar em condições degradantes e na ilegalidade, vai agora ter que suportar a humilhação pública de ser vista como uma criminosa capaz dos actos mais hediondos. Mas pior do que isto é a resposta dada por certos senhores do "Não" quando questionados se concordam que as mulheres sejam presas: “Claro que não!” Mas… se não querem que elas sejam presas terão que alterar a lei. É que não podemos querer estar bem com Deus e com o Diabo numa atitude de “sim, quero manter este acto como um crime mas perante a sua consumação não desejo que tenha consequências” - sob pena de descredibilizarmos ainda mais a justiça. Isto é hipocrisia. Nesse aspecto, prefiro até aquelas posições mais extremadas, mas ao menos coerentes do “quero que seja crime e como tal pretendo que os seus agentes sejam punidos.”
Creio também que a despenalização do aborto acabaria com essa indústria marginal que prolifera à sua custa: o “parteirismo”, ou no dizer da Dra Maria José Morgado “as slot machines do aborto clandestino”.
Por último, razões de politica criminal, visto que é muito mau para um sistema jurídico, ter uma lei que é “letra morta”, que os juízes recusam aplicar.
O problema desta discussão é que foi extremada e estupidificada por alguma esquerda com poucos valores e por uma certa direita de sacristia. Os primeiros, quando esgrimem argumentos como “no meu corpo mando eu”. Os segundos quando afirmam que “não somos assassinos”, “somos pela vida”, ou a minha preferida “vamos utilizar os nossos impostos para financiar clínicas de aborto?” - como se actualmente, os nossos impostos não servissem para pagar os processos judiciais que daí decorrem, bem como os encargos médicos resultantes para as mulheres dos “abortos martelados”. Pelo menos, seria dinheiro investido na saúde das mulheres e é sempre mais fácil fazer as coisas bem de inicio do que remediar os erros de outros.
Para concluir, por agora, apenas referir dois pontos. Um primeiro no sentido de afirmar que não vejo as mulheres portuguesas como umas mentecaptas que abortem sem motivo algum. Acresce que em cada clínica destas existiria um conjunto de profissionais (psicólogos, médicos, assistentes sociais, etc…) que mostrariam à mulher todas as alternativas ao aborto, apenas cedendo face à irredutibilidade desta. Um segundo ponto para dizer que ninguém é a favor do aborto, o que não se pode é enterrar a cabeça na areia perante essa realidade.

Duque de Espadas

sexta-feira, janeiro 19, 2007



Salazar

O facto de António Oliveira Salazar figurar entre os dez maiores portugueses deixou meio país surpreendido e gerou algum desconforto. Devo dizer que encarei essa escolha sem nenhuma surpresa, considerando-a até bastante previsível. Reconheço que ainda há muitos portugueses vivos com saudades do Portugal provinciano e do respeitinho. Porém, custa-me a perceber quando este saudosismo vem de pessoas jovens e instruídas!

Se reconheço algum mérito a Salazar, ainda responsável pela pasta das finanças, pelo saneamento das nossas contas públicas, o que se passou a seguir foi algo absolutamente desastroso para o nosso país. Ainda hoje estamos a pagar a factura de quarenta anos de ditadura e isolamento em atraso económico e social. O que era o nosso Portugal nos idos tempos da ditadura? Portugal era um país predominantemente rural e as condições de vida da grande maioria da população eram absolutamente miseráveis. A população rural era pobre, não tinha acesso aos cuidados básicos de saúde, a instrução quando existia ficava-se pela escola primária, a carência de alimentos era uma realidade, os momentos de lazer eram uma utopia! Em contrapartida havia uma elite restrita e endinheirada. Eram estes privilegiados que tinham acesso ao ensino superior, aos cuidados de saúde, à cultura e ao lazer. Portugal era um país terceiro mundista em que a ascensão social não ocorria porque não havia oportunidades. Diz-se hoje que o nosso país é assimétrico e desigual, como é que seria nesses tempos?

O Portugal da ditadura não era livre, havia uma corrente de pensamento oficial e quem se lhe oposesse tinha os calabouços de Caxias ou na pior das hipóteses o Tarrafal à sua espera. A censura servia para calar os assuntos incómodos ao regime e para manter os portugueses à parte da modernidade do mundo ocidental. A PIDE encarregava-se de afastar, torturar ou matar quem defendesse um Portugal livre e verdadeiramente democrático. Só existia um partido político, o voto não era universal e o escrutínio das votações podia ser adulterado de acordo com a conveniência do regime.

Nunca se soube qual era a visão e a estratégia que Salazar tinha para as colónias. O ilustre professor tinha medo de andar de avião e não tenho ideia de alguma visita oficial às colónias! Qual era o conhecimento que ele teria da realidade? O que lhe relatavam certamente. O império colonial era para manter por manter. Se Salazar tivesse uma maior capacidade estratégica talvez poupasse os nossos jovens a uma sangrenta guerra sem objectivo algum. A sua intransigência e falta de tacto político mergulhou Portugal numa guerra estúpida e sem saída possível. Se o processo de descolonização tivesse seguido uma via pacífica e negociada, talvez hoje o nossos países irmãos não nos envergonhassem por figurarem nos últimos lugares do índice de desenvolvimento humano!

Quais as saudades que me deixa um homem assim, obviamente nenhumas.

Bisca de Copas

Os 10 mais...

Em ano de apurar as 7 maravilhas de Portugal e as 7 maravilhas do Mundo, confesso que fiquei surpreendido com a ideia de apurar os 10 grandes portugueses e consequentemente o Maior Português de sempre! Isto porque em qualquer votação que procure apurar “O português” de todos os tempos, haverá naturalmente lugar a injustiças pois o rol de personalidades distintas no nosso país, com mais de 900 anos de história, é naturalmente muito.
Concordo com o duque relativamente à escolha surpreendente de algumas personalidades, que só se explica com o poder da imagem, do marketing e da comunicação nos dias de hoje. Concordo também com a injustiça que terá sido não incluir Amalia e Eusébio no rol dos 10 mais. Mas a votação por sufrágio universal é mesmo assim!
Em relação à lista final, não consigo dizer qual a personalidade que será para mim o maior Português de todos os tempos pelo que preferiria fazer uma divisão cronológica da história de Portugal para escolher aquele que mais se destacou no seu período.
- Entre a formação do Reino de Portugal e até ao Sec. XV, não tenho dúvidas em afirmar que o português de maior destaque foi sem dúvida D. Afonso Henriques, não fosse ele também o responsável pela independência de Portugal. Sem ele, provavelmente hoje não seriamos portugueses mas sim espanhóis e estaríamos agora a votar do Rei de Espanha ou no Picasso!!
- No período dos Descobrimentos, o nome das personalidades de destaque são tantos como as rotas marítimas traçadas! D. João II, Infante D. Henrique, Fernão Magalhães, Vasco da Gama, Pedro Alvares Cabral, Camões e, até D. Sebastião, que com um acto tanto de heróico como irresponsável nos fez perder a independência! Neste período, a personalidade sobre a qual recai o meu voto é D. João II, o grande responsável pela gesta dos descobrimentos e que teve a mestria de assinar o tratado de Tordesilhas garantindo que o Brasil ficaria a ser nosso (será que foi pura sorte?).
- Do período que medeia a perda de Independência de Portugal para Espanha até ao Séc. XVIII, já depois da independência reconquistada, devo dizer que é o período da história de Portugal que menos me orgulho e provavelmente aquele que veio a confirmar o declínio do Império Português. Desse período destaca-se naturalmente Marquês de Pombal, um visionário, que conheceu o capitalismo (na altura chamado de mercantilismo!!!) mais cedo que ninguém. Foi responsável pela reconstrução de Lisboa mas também pela perseguição aos Judeus! Um homem controverso.
- O séc. XIX, um século que não deixa memórias, destaque para o último Rei de Portugal, D. Manuel II, jovem rei a quem não se podem imputar grandes responsabilidades pela queda da monarquia. Destaque também para Eça de Queiroz, do meu ponto de vista o nosso maior escritor, responsável pela escrita portuguesa moderna, e sobre quem recai a minha escolha para este período.
Entrando no séc. XX, e pelo facto de estar mais próximo da actualidade, há naturalmente muitas figuras que se me apresentam como candidatas ao português dos portugueses, desde Salazar, Cunhal, Marcelo Caetano, Mário Soares, Fernando Pessoa, Cavaco, Almada Negreiros, Saramago, Amália, Eusébio, Pinto da Costa (eh eh...ista foi para deixar o Duque satisfeito!), enfim... A minha escolha recai sobre Salazar. Uma figura controversa, com muitos inimigos e com exageros naturais de quem governou um país com austeridade durante 36 anos. Um patriota convicto, que conseguiu recuperar o descalabro das Finanças do início de Séc XX e que soube manter Portugal fora da dureza da 2.ª Guerra Mundial. Provavelmente o último português a acreditar na manutenção do Império Ultramarino. Nasceu pobre e morreu pobre, uma façanha impar, que não somos capazes de encontrar actualmente em nenhum político em início de carreira quanto mais naqueles que fazem dessa vida uma profissão.

Abraços,

Ás de Ouros

quarta-feira, janeiro 17, 2007

O maior português de sempre

Concordo inteiramente com a Bisca (o que é coisa rara). De facto, Pessoa foi para mim o mais brilhante português de sempre, detentor de um talento ímpar, de uma complexidade desconcertante e pese embora a audácia de uma afirmação tão assertiva de quem está longe de ser um grande entendido na matéria, arrisco dizer que não houve no mundo um outro poeta com a dimensão de Pessoa.
Não posso é deixar de falar dos "ausentes" e de certos "presentes".
Entre os ausentes nos dez primeiros, choca-me que não constem Amália e Eusébio. Talvez as duas maiores referências de Portugal no mundo. Respeitando as diferentes opiniões, creio que Aristides Sousa Mendes, Álvaro Cunhal e Salazar viriam sempre depois destes dois. O primeiro porque é desconhecido para muitos dos portugueses. Os outros porque são altamente polémicos.
Entre os presentes em toda a lista, fico estupefacto quando vejo Pinto da Costa, Ricardo Araújo Pereira e um qualquer actor dos Morangos com Açúcar. A conclusão que retiro é que se empenhasse um grupo de amigos neste fito, também o meu nome poderia constar.
Percebo que isto é um programa de televisão e que esta talvez fosse a forma de garantir mais audiências, mas temos uma história e um prestígio a defender... daí que aguardo o dia em que esta eleição seja mais séria, porventura efectuada por um jurí de individualidades com reconhecido saber.

Duque de Espadas

segunda-feira, janeiro 15, 2007


O maior português de sempre

A propósito do programa da RTP, resolvi divulgar qual a minha escolha para o maior português de sempre. Estas escolhas nunca são consensuais pois a vivência individual é determinante para a decisão final. Julgo que o maior português de sempre deverá ser uma figura universal, isto é, que seja reconhecido em várias partes do globo.
A minha escolha recaiu sobre Fernando Pessoa. Talvez a minha formação humanística tenha ditado o meu eleito. Considero Pessoa o mais genial escritor português de todos os tempos, sendo a sua obra pautada por um grande ecleticismo. Deu voz aos seus vários eus através dos heterónimos, foi um poeta ímpar, dissertou prosa, teve incursões no mundo da filosofia, editou revistas, etc...
Fernando Pessoa é lido nos quatro cantos do mundo, existindo traduções em japonês, russo ou norueguês. As suas múltiplas traduções dão um carácter universal ao seu legado.

P.s: Gostaria de saber qual o eleito das outras cartas do clube.

Bisca de Copas

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Ainda não consegui perceber o porquê de tanta raiva que o Duque alimenta contra o FCP, PC, Baía e outros...talvez um psicólogo consiga explicar que tem tudo haver com um certo recalcamento, normal para quem sofre por um clube que só o faz sofrer!
É verdade que a derrota do FCP frente ao Atlético é humilhante mas não é por isso que o FCP vai continuar à frente do campeonato e com a permanência garantida na próxima fase da Liga dos Campeões...essa sim, a Taça dos grandes clubes!

Mas não estou com vontade de falar de futebol, acho que temos debatido incessantemente este tema e é preciso dar espaço a outros assuntos bem mais polémicos e preponderantes para a sociedade. Refiro-me ao Referendo do Aborto.
Por falta de tempo, nesta postada não vou ter oportunidade de escrever sobre o meu ponto de vista, mas conto faze-lo brevemente. Deixo, no entanto, uma previsão: o NÃO vai ganhar.
Abraço

Ás de Ouros
Tudo está bem quando acaba bem

Está enganada a Bisca. Aos benfiquistas nada incomoda que Baia ganhe muito para meter água de vez em quando. Aliás, porque haveria isso de incomodar?
O que me incomoda sao os nossos Baías, como o Marco Ferreira, o Manu, o Kikin, etc... Enfim, Baías, ninguém se fica verdadeiramente a rir pois cada um tem os seus.
Os portistas querem que ele jogue, nós também, então todos ficamos satisfeitos. Tudo está bem quando acaba bem. Esperamos ansiosamente vê-lo na próxima edição da taça.

Duque de Espadas
Parabéns ao Atlético

O grandes clubes como o FCP têm de manter a grandeza em todas as ocasiões. Em cem jogos com o Atlético o Porto perdia um, aconteceu ontem, parabéns ao Atlético. O que se passou ontem no Dragão deixou meio país contente e a festejar a vitória do Atlético. A alegria dos benfiquistas é perfeitamente compreensível, pois como não conseguem derrotar o FCP em campo ficam contentes com estes desaires dos azuis contra equipas muito mais fracas. Esta alegria também se deve ao facto de o Benfica ficar com mais hipóteses de vencer uma competição na presente temporada, uma vez que as hipóteses de chegar ao título estão bastante hipotecadas... Bem, também pode ser que conquistem o campeonato do Dubai!
Nunca percebi porque é que incomoda tanto os benfiquitas, o facto de o Vítor Baía ganhar muito dinheiro e jogar pouco. Será que é por ser um dos melhores guarda-redes de sempre do futebol mundial? Ou será porque é um dos maiores símbolos do clube e um exemplo de profissionalismo e dedicação para os mais jovens? Talvez! Faço aqui um pequeno apanhado de uma história por todos conhecida, mas será sempre bom lembrar os mais esquecidos. Em 2000, a imprensa dava a carreira de Vítor Baía por terminada. As sucessivas operações aos joelhos impediam-no de jogar ao seu melhor nível. Um jogador vulgar teria baixado os braços e terminado a carreira. Porém, todos sabemos que o Vítor nunca se resignou e que lutou com sacrifício para voltar aos relvados, apesar de não ter certezas quanto à sua total reabilitação. O que se passou depois da travessia do deserto foi verdadeiramente notável. O Vítor Baía regressou ao seu melhor nível e foi absolutamente determinante na conquista dos mais importantes troféus da sua carreira. Basta lembrarmo-nos do que foi a carreira do FCP rumo à conquista da Taça UEFA e da Liga dos Campeões para aferirmos da fulcral importância do Vítor.

Bisca de Copas

domingo, janeiro 07, 2007









Alguns apontamentos relativos ao Porto-Atlético

Jesualdo Ferreira é extraordinário. Conseguiu perder com o Gondomar, quando estava no Glorioso e agora perde com o Atlético. É de homem.
Vítor Baía ganha dezenas de milhares de contos para ser treinador adjunto e ocasionalmente contribuir para a festa da taça. Grande.
Ibson, perdeu a bola que deu o golo do Atlético. Ninguém me tira da cabeça que este jogador é um bluff. Alguns penam anos seguidos para atingir a consagração popular (lembro-me o caso de Quaresma que um amigo portista afirmava peremptoriamente não ser jogador de futebol), outros conseguem-no de forma instantânea, mal colocam os pés no aeroporto para assinar pelo clube. São as injustiças da bola.
Paulo Pereira. Um penalty inexistente aos 95min (tempo considerado muito exagerado pelos comentadores). Imagino-o a olhar para o Sr. Tony Soprano no momento em que apitou para o final da partida, imaginando onde ia parar na classificação dos árbitros. Vá lá, o homem tentou…

Duque de Espadas

quinta-feira, janeiro 04, 2007

A Nossa Realidade

Quero aqui, de uma forma resumida falar de assuntos que me fazem confusão:

1 - As palavras de Miguel Sousa Tavares (que, em abono da verdade, so é aqui chamado quando interessa) no que toca à penalização de Nuno Gomes - realmente da que pensar;

2 - As palavras de Leonor Pinhão sobre a expulsao de Miccoli - alguém acredita que aquilo é verdade????

3 - As palavras de Leonor Pinhão sobre a paragem da liga (realmente é inacreditavel a quantidade de coisas que esta senhora consegue escrever numa so pagina). Comparando-a a um carro não percebe que o problema do carro não é estar parado pelo que não gasta mas pelo que desvaloriza!!!

4 - A noticia d' "A Bola" - capa do jornal - sobre a divida do FC Barcelona de 5.000eur e do Dinamo de Moscovo de 800.000eur ao Benfica, sobre as transferencias de Deco e Maniche. Acho que deve ser gozaçao do jornalista dizer que "fruto das boas relaçoes entre os clubes o Barcelona ja se prontificou a pagar a verba em divida". O FC Barcelona tem um orçamento anual de 250.000.000eur, nem o Benfica ia pedir 5.000eur nem o Barça respondia ao fax!!!
Se fosse sobre o FCPorto, imagine-se o que aconteceria ao responsavel pela noticia na proxima vez que fosse ao cinema à sessao das nove ao arrabida...

Que perolas...

Abraços,

Valete de Copas

PS: Desculpem o facto deste computador não ter os acentos todos...

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Os Sopranos














"Vendo-me a tremer, o doutor Lourenço Pinto condoeu-se do meu estado e, com palavras doces, recomendou-me a leitura de um romance intitulado A Siciliana, passado em Itália, sobre as guerras da Máfia, que ele tinha apreciado muito ler e que achava que me iria animar." in "Eu, Carolina"

Rol de alegadas vitimas de Pinto da Costa ("Tony" para os amigos), in jornal "Expresso"

"20/11/88 - Em Aveiro, Carlos Pinhão, de 'A Bola', foi agredido no final do Bei­ra-Mar_Porto. O MP não acompa­nhou a queixa por falta de provas. No mesmo dia, Martins Morim, do mesmo jornal, quando abandonava o Estádio foi empurrado por um grupo de indiví­duos entre os quais identificou Tónio Maluco. O guarda Abel disse ao jornalis­ta que "era melhor do que cair por uma ribanceira".
5/3/89 - Eugénio Queirós, do 'Correio da Manhã', foi violentamente empurra­do para fora do corredor de acesso à cabine do FC Porto, no Estádio do Reste­lo. Apresentou queixa na PJ, que acabou arquivada por não conseguir identificar os agressores.
24/9/89 - João Freitas, de 'A Bola', foi agredido perto dos balneários das Antas. Foi assistido no Hospital de Santo Antó­nio e identificou Virgílio Jesus e um tal Armando entre os agressores. A queixa foi arquivada porque a testemunha prin­cipal, o agente da PSP Oliveira Pinto, dis­se que não se lembrava de nada.
4/10/90 - Manuela Freitas, do 'Públi­co', na véspera do jogo Portadown-FC Porto, foi ameaçada e insultada no «hall» do hotel por integrantes da comi­tiva portista.
24/10/90 - José Saraiva, chefe de re­dacção do 'Jornal de Notícias', foi agre­dido de madrugada à porta de casa. Não identificou os ofensores. O 'JN' pu­blicara uma notícia envolvendo Pinto da Costa num caso investigado pela PJ de Aveiro.
1/9/92 - Pinto da Costa, o filho e Joa­quim Pinheiro intimidam o jornalista António Paulino e forçam a entrada do Expresso, no Porto, procurando desco­brir quem fora o autor de uma notícia envolvendo Alexandre Pinto da Costa.
11/12/94 - Marinho Neves da 'Gazeta dos Desportos', foi agredido por dois se­guranças afectos ao FC Porto após ter publicado uma reportagem sobre os meandros da arbitragem. Fez queixa à PJ, acompanhada da foto dos agresso­res, e apresentou quatro testemunhas que nunca foram ouvidas.
10/3/93 - Paulo Martins, da RTP, no fi­nal de um jogo nas Antas, com o Famali­cão, foi agredido em directo. Não houve queixa judicial.
17/7/03 - Uma semana após ter dado uma entrevista ao Expresso, Filomena Morais, estava a sair de casa com a fi­lha, quando o ex-marido Pinto da Cos­ta, acompanhado do motorista, forçou a entrada da residência e esbofe­teou-a. Foi observada no Hospital Pe­dro Hispano e fez uma participação à PSP. No dia seguinte, o presidente do FC Porto também apresentou queixa por agressão.
6/4/06 - Carolina acusa Pinto da Cos­ta, o seu motorista e um segurança de a terem agredido a pontapé, na casa da Madalena, bem como à irmã, grávida na altura. O motorista retirava um fa­queiro de casa e ameaçou que lhe espe­tava uma chave num olho. Foram obser­vadas no Hospital Santos Silva e apre­sentaram queixa na GNR."
Permitam-me apenas acrescentar a esta lista João Santos, ex-presidente do Benfica, agredido e ameaçado de morte pelo já referido guarda (guarda o quê?) Abel, em pleno Estádio das Antas, corria a época 91/92.
Sorte a minha este blog não ser muito afamado e o Tony não me conhecer...

Duque de Espadas