sexta-feira, julho 14, 2006

A Máfia do Futebol e os Mundiais sem destaques

Bem… qualquer Mundial que se seguisse ao México 86 (de Maradona) ou ao Espanha 82 (de Zico, Sócrates e Paolo Rossi) tinha que arcar com esta grande responsabilidade que era manter o nível, mas estamos a falar de 2 dos melhores de sempre, logo…
A verdade é que deste Alemanha 2006 não há um único jogo que fique para a memória, um único jogador que sirva de referência aos miúdos, uma única surpresa quer de equipas quer de jogadores. Quanto às comparações com o Itália 90, remeto para o meu anterior post – ao qual me esqueci de referir a estória de Totó Schilachi, um jogador mediano que fez um grande Mundial e a quem logo se comparou com Paolo Rossi, também ele um jogador de 2ªlinha do futebol italiano, caído em descrédito por um escândalo de corrupção e que só ao seleccionador convencia, tendo ambos acabado o Mundial como heróis italianos.
Acredito que ao vivo seja outra coisa e talvez seja essa emoção da imediaticidade que tenha feito com que o Valete tivesse gostado. Mas quanto a mim, estou à vontade na comparação pois todos os Mundiais que vi foi na tv. Mais a mais, pese embora o patriotismo, tenho a perfeita noção de que a nossa Selecção jogou muito pouco, o que só serve para caracterizar este Mundial, pois para quem não sabe ganhamos o prémio para o melhor futebol (justo, pois por estranho que pareça, talvez tenha sido o menos mal praticado).
Um esclarecimento: sou católico, com algum fervor e não gosto do Vaticano, nem da Instituição Igreja, nem da Opus Dei, nem de nada que eu considere ser a exploração da fé dos cristãos. De igual modo sou um amante do futebol e também não gosto da FIFA, da UEFA ou de qualquer outra Instituição que se aproveite da paixão das pessoas. O futebol nunca pode ser confundido com essa gente, pois é muito anterior a eles, ultrapassa-os largamente, e está longe de depender deles. Tratam-se de organizações que ao invés de zelar pelo jogo, só vêem negócio (com os resultados à vista). O futebol são 22 jogadores e uma bola, o resto são adereços.
Agradeço o avivar da memória, mas salvo certos pormenores, relembro bastante bem os Mundiais anteriores à Coreia 2002, pois ao contrário dos 2 últimos (mais este que o anterior que ainda teve Ronaldo e R.Gaúcho), todos tiveram uma série de figuras e factos que os notabilizaram . Tem, no entanto, a utilidade de ajudar outras cartas mais desmemoriadas.

Duque de Espadas

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