FCP: a instituição

As grandes instituições são mais importantes do que as pessoas. As pessoas perecem e as instituições ficam para a posteridade. Escrevo isto a propósito da polémica que envolveu o presidente do meu clube. Grande parte do prestígio alcançado pelo FCP deve-se ao homem que lidera os seus desígnios desde 1982. Como portista só posso estar grato a um presidente que transformou um emblema regional num símbolo de projecção mundial. Porém, não sou dos que pensa que o FCP irá definhar quando o seu presidente abandonar o cargo. Quando esse dia chegar não vai haver dramas, pois o clube tem um projecto, é uma marca de prestígio e só não pode embarcar em promessas messiânicas.
Julgo que Pinto da Costa deveria ter deixado a presidência do FCP em 2004, aquando da consagração máxima a nível nacional, europeia e mundial. Era o culminar perfeito de um percurso difícil, em que os momentos de glória ofuscaram os menos conseguidos.

Bisca de Copas