sexta-feira, junho 30, 2006
Ponto de situação...
Hoje a bola regressa aos relvados da Alemanha. Depois dos jogos de palavras, da fanfarronice da imprensa inglesa, das mil e uma reportagens sobre o mundial, temos de volta os artistas da bola. A magia de um mundial joga-se na relva e não em tricas de bastidores.
A minha favorita já arrumou as botas numa batalha campal com a nossa selecção. O que poderia ter sido um grande jogo de futebol transformou-se num triste espectáculo dirigido por um árbitro medíocre. A bola é assim e nem sempre os artistas são os jogadores!
Amanhã os jogadores portugueses disputam o jogo de uma vida. Ter a possibilidade de entrar no lote das quatro selecções mais fortes não está ao alcance de todos. Irá ser um jogo de guerreiros, os nossos já provaram a sua bravura contra a Holanda, enquanto a Inglaterra ainda só encontrou selecções menores. Todavia, os ingleses já demonstraram noutras ocasiões que também têm espírito guerreiro.
Espero que seja um grande jogo de futebol e que as figuras sejam os jogadores. Desejo que os nossos artistas se superiorizem aos ingleses na arte de bem tratar a bola, e que consigam ser eficazes na hora da verdade.
A bola a rolar dentro do campo é o que realmente interessa, o resto é a chamada conversa da treta... Assim me despeço pois tenho que ir ver o jogo Alemanha-Argentina. Como apaixonado pelo futebol espectáculo espero que vença a Argentina!
Bisca de Copas
quinta-feira, junho 29, 2006
É-me particularmente agradável constatar que alguém tão ilustre e que tanto considero como MST tem uma opinião idêntica à minha. Para mais somos insuspeitos no que a preferências clubísticas diz respeito, naturalmente divergindo a minha opinião do nobel escriba na maior parte das matérias.
Todavia, temos um ponto em comum e logo numa questão de princípio. O enorme prazer pelo jogo e a recusa de assistir à deterioração do espectáculo em nome de outros interesses. Isso supera as diferentes concepções do “Sistema” que domina o futebol português e o maior ou menor mérito do trabalho de Scolari (temas em que discordamos). Porque ambos entendemos que sem espectáculo, nada mais faz sentido no futebol. O que transcrevi de MST mais não foi do que o que gostava de ter escrito (e escrevi… como se pode ler neste blog).
Sven Goran Eriksson fez ontem uma conferência de imprensa notável. Não alinhando nos cobardes jogos de bastidores da imprensa inglesa, o treinador afirmou que os jogadores portugueses tem fair-play e não teme que sejam incorrectos no jogo de Sábado. Confesso que a revolta que as manchetes dos tablóides ingleses me estavam a provocar já amenizou com estas declarações. Só um sueco para acabar com a fanfarronice dos britânicos.
Mas como “não há bela sem senão” Eriksson foi preparando os incautos para o que aí vem: “O futebol é, por vezes, uma actividade estranha. Penso que a Costa do Marfim, o Gana, a Holanda e a Espanha jogaram muito bem. Mas onde estão eles agora? Em casa“. Ora, bem entendido, o que o sueco quis dizer foi que não contem connosco (Inglaterra) para praticar bom futebol, visto que isso não traz resultados.
Pois bem Mr Eriksson, e nós, os que gostamos de bom futebol (como MST, eu próprio e muitos outros) onde é que ficamos nisso tudo?
Duque de Espadas
quarta-feira, junho 28, 2006
Pessoalmente, e por isso não recorro com frequência às opiniões dos outros como forma de fundamentar a minha opinião – e não, não estou a dizer que foi isso que o duque tentou fazer quando aqui colocou a opinião de MST n’”A Bola” – acho que é importante ter informação para fazer a nossa visão sobre determinado assunto mas que aquilo que pensamos é sempre o mais importante. Também por isso, quando aqui expus uma opinião que vinha n’”O Jogo”, referi que valia o que valia.
Não concordo com a opinião de MST. Acho que o Mundial tem garantido a passagem das principais equipas para a fase seguinte e que agora é que começa a ser a sério. Senão, mais do que discutirmos as tácticas, devemos discutir o excesso de equipas na competição, e aí lembrar que em USA1994 Portugal não jogou por não se ter apurado quando na altura jogavam metade das equipas… Agora, realmente não posso esperar que um Tunísia-Arabia Saudita ou um Irão-Angola seja um espectáculo de encher o olho com táctica e rasgos de génio aliados. Considero que o Holanda-Argentina – apesar de não contar para nada – foi um jogo atraente, o Itália-Gana também, o Espanha-França de ontem foi um bom jogo e mesmo o Portugal-Holanda que não considero bem jogado mas foi atraente porque teve muita emoção …e sim, são estas grandes equipas que têm obrigação de jogar e dar espectáculo, e nisso concordo que espectáculo não é ganhar…
Se têm acompanhado as opiniões de MST, ele tem sido muito crítico em relação a tudo o que tem rodeado esta grande festa, daí não esperar agora que mude subitamente de opinião.
Portanto, e por considerar que a nossa opinião é o mais importante, gostava de saber o que têm achado os membros do blog do mundial, se sim ou não tem corrido bem para os olhos do espectador, e se sim ou não é melhor do que os que o antecederam, Coreia2002 e França1998.
Abraços,
Valete de Copas
PS : A França ontem controlou bem o jogo e, apesar de ter gostado da prestação espanhola, mostrou que a vontade de ganhar e a humildade, como referiu o King, são aspectos decisivos num jogo do mata-mata
Satisfaz-me que ainda haja quem assim pense.
Miguel Sousa Tavares n´"a Bola”:
“Do ponto de vista futebolístico, não tem sido um grande Mundial: até à data, teve aí uns três ou quatro jogos verdadeiramente bons, o que é demasiado pouco num total de 54! Os treinadores da contenção e dos resultados acima de tudo estão a impor a sua lei, bem ilustrada no exemplo da selecção da Suiça, eliminada nos oitavos-de-final, depois de disputar quatro jogos em que não sofreu um único golo, uma situação verdadeiramente absurda. E bem ilustrada na frase de Carlos Alberto Parreira: «espectáculo é ganhar!».
Com o devido respeito, não estou de acordo. Não entendo que vantagens pode haver para o futebol em ver um Brasil a jogar a passo, uma Argentina que deixa no banco Tevez, Aimar e esse prodígio que é Lionel Messi, e joga contra o México um jogo em que o objectivo único era não perder, num espectáculo tão soporífero que eu acabei mesmo por adormecer e perder o golo decisivo de Maximiano Rodriguez.
A França tem sido a chatice profunda que se vê; a Itália — com uma passadeira estendida pelo sorteio até às meias-finais—está cada vez mais igual a si própria, isto é, jogando um futebol tão cínico que chega a ser irritante. A Inglaterra, alterna dois tipos de jogo: ou sem ideia alguma ou com uma ideia fixa, que é atirar bolas por alto para os dois metros de Crouch: espero bem que aprenda com Portugal a mesma lição que a Holanda de Van Basten.
E até a Espanha que, tal como a Argentina, começou o campeonato em grande estilo, já tratou de abrandar o ritmo, não fossem os seus fãs ficarem mal habituados. Com tantas cautelas, tanta disciplina táctica e tanta administração científica dos resultados, não admira que os oitavos-de-final sejam sempre equilibrados, que os golos sejam poucos e que, no final, a Alemanha ainda venha a fazer a festa em casa.”
Duque de Espadas
terça-feira, junho 27, 2006
Passar o grupo era o mínimo, perder nos oitavos era ficar com a sensação de nada, e a partir daqui tudo o que vier é lucro!
Enganei-me também na estratégia de Scolari quanto à escolha dos jogadores para o Mundial. Mantenho que não escolheu os melhores, mas soube através disso ganhar uma equipa! Um pouco à imagem do que PC tem feito ao longo de muitos anos, define um inimigo, defende os seus e ganha o respeito e admiração que faz os jogadores darem mais uma corridinha quando já não têm pernas para mais.
Quanto ao jogo contra a Holanda, ao contrário do que se tem dito, não me parece que o árbitro tenha estado mal. Salvo uma ou outra condescendência que ficou repartida pelas equipas, todos os cartões mostrados foram justos.
Parece-me também que a Holanda entrou em campo com uma estratégia essencial: tirar C. Ronaldo do jogo, ou pelo menos, garantir que ficava em “sentido”! E logo nos primeiros minutos mostraram que não vinham jogar com o “fair-play” que tanto reivindicam. A partir daí foi uma catadupa de nervos á solta, com o resultado visto.
Mas se a Holanda esteve mal, não me parece correcto retirar qualquer responsabilidade do mau comportamento dentro do campo à equipa portuguesa, até porque a desresponsabilização pode ser o mote para arranjar sarilhos piores. E a nossa imagem já está o suficiente corroída!
Quanto ao próximo adversário, parece-me que não podíamos ter melhor sorte. Entre os que vão aos quartos-de-final, é na minha opinião o adversário ideal, contando inclusive com a Ucrânia que teoricamente seria a equipa mais acessível. E sustento esta minha afirmação, no facto de termos um histórico contra a Inglaterra que nos dá algum ânimo, assim como pelo facto de sendo a Inglaterra um dos favoritos, os níveis de motivação da equipa portuguesa estarão no limite.
Viva Portugal!
Ás de Ouros
Antes de começarem a ler esta crónica do jornal "O Jogo", quero realçar que concordo com a quadra de espadas quando diz que ganhamos. Sim ganhamos, e temos de estar felizes por isso. Somos melhores do que a Holanda e vamos ser melhores do que a Inglaterra!!!
Agora não devemos fechar os olhos...
In Jornal "O Jogo", 27 Junho 2006
Desaprender no Mundial
JOSÉ MANUEL RIBEIRO
Alguém mais reparou que os novos tempos constatados por Figo há coisa de duas semanas têm grandes parecenças com os antigos ou a Imprensa estava toda demasiado entretida a saltar nos camarotes? Alguém deu conta de que a selecção portuguesa voltou a fazer o habitual? E nós também? Estou a olhar agora - quer dizer, agora ontem às 19h27 - para o Abel Xavier na Sport-TV e a reparar que o cabelo lhe embranqueceu, mas embranqueceu por causa do efeito Clorane, não foi a mortificação por aquele penálti que provocou o estoiro da boiada nas meias-finais do Euro'2000. Ninguém chegou a dizer-lhe "rapaz, tem juízo, admite que puseste a mãozita à frente da bola e que empurraste os colegas, à falsa fé, para cima dos árbitros por seres incapaz de assumir que meteste água". Quando escrevo ninguém, quero dizer mais do que meia dezena de pessoas. A esfrega ficou para a vez seguinte, porque a gente, mesmo a gente que não tinha dúvidas a respeito do penálti, sentiu pena daquele pessoal que tinha jogado com tanta pinta. Mas a vez seguinte, bem na vez seguinte era complicado, porque em 2002 havia prioridades e o rescaldo da falta estúpida de João Pinto, seguida de um candidato a soco no árbitro Angel Sanchez, calhou no dia em que o seleccionador já tinha consulta marcada. Até por imposição hierárquica, havia que o atender primeiro. Ainda assim, lembro-me dos debates em que se discutiu o perfil do sucessor de Oliveira e era unânime: alguém que travasse a progressão desta má imagem. Nesse parêntesis, o recorde de cartões em campeonatos do Mundo, mais a cabeçada de Figo que ontem andou nos jornais de todo o planeta, são mesmo o que o doutor receitou. Por isso, prossiga a histeria. Continuemos a berrar contra o árbitro e a ilibar os jogadores, ainda que tenham metido novamente a mão a uma bola desnecessária, quase infantil (Costinha), limpado o nariz de um adversário com a testa impunemente (Figo) e vingado com os pitons - para vermelho directo - uma falta de fair-play dos holandeses (Deco). Pode ser que as pessoas acreditem que a culpa foi toda de Ivanov. Até à próxima, pelo menos.
Lá fora
"É verdade que, no segundo tempo, o jogo quase vira uma batalha campal e a cabeçada que Figo deu num holandês não tem justificativa em nenhuma hipótese, no máximo explicação (...) Devia saber o que estava fazendo, macaco velho que é nos campos europeus"
João Ubaldo Ribeiro, escritor brasileiro, no jornal "O Globo"
Abraços,
Valete de Copas
segunda-feira, junho 26, 2006
"Agora tem sido moda não ser capaz de argumentar perante uma crítica, antes rejeitá-la e recusá-la como sendo nós os donos da verdade..."
Precisamente. Há pessoas que não sabem distinguir o essencial do acessório. Criticar uma posição é legítimo e é o que todos fazemos. Efectuar um juízo de qualidade ou da forma - nunca ninguém à excepção do valete o fez - dessa opinião é ir mais além e demonstrar incapacidade de a rebater. Não vale a pena fingir que não se percebe a diferença.
Faz-me lembrar um célebre debate de Wladimir Jirinovsky em que o ditador, perante a incapacidade de trocar argumentos com o opositor lhe atirou com o copo de água e depois o esmurrou. A partir daí não há mais diálogo possível. Por isso não me pronuncio sobre a “Holanda de Ataque”(e tanto haveria para dizer). Acho que é preciso saber viver em democracia.
Não falo pelos outros, mas creio que nenhuma dos opinadores precisa de provedores ou árbitros a analisar o valor do comentário e julgo que a existir deveria ser o criador do blog e não um mero participante.
Peço desculpa aos restantes participantes por estar a maça-los com isto mais uma vez. Espero que tenha sido a última.
Duque de Espadas
escrevo para dizer que concordo, na generalidade, com o que foi escrito pela quadra, e para esclarecer que a minha crítica não foi a Costinha...apesar de considerar que por muito que alguns jogadores tenham feito pelo meu clube ou pela minha selecção não há nenhum, e repito nenhum, que não tenha as suas prioridades na questão monetária - o que eu compreendo e não critico - mas que os torna, na minha opinião, criticáveis…
E não me vão pedir que enumere casos destes na ‘família’, pois não?
Abraços
Valete de Copas
ps: um exemplo de Fev2006 (lembrei-me que esta foi uma altura quente no blog): "Reparei que ou não estudaste bem a lição ou maldosamente (o que me recuso a acreditar) omitiste uma parte do estudado." Recuso-me a dizer quem escreveu.
Quantos mais jogos vejo, mais gosto desta selecção. E mais me convenço que os jogadores escolhidos tinham que ser estes. A única frustração que tenho continua a ser a exclusão do génio de Quaresma. Mas, se este foi o sacrifício que Scolari achou que teria de fazer, para ter o grupo que tem, assim seja. Pois, sem esquecer as enormes exibições de Miguel, Ricardos Meira e Carvalho, e Maniche, acho que foi a união deste grupo, a tal família de Scolari, que ganhou este jogo. E é esta família, que me faz emocionar quando ouço o hino, que põe as pessoas na rua e que me faz gritar golo em tais decibéis que se confundem com os dos vizinhos. Quem não reconhece isto, e não se revê no que aqui escrevo, desculpem-me a opinião, mas perde tempo a ver o mundial.
Quanto ao jogo, acho que foi um jogão! Por todas as emoções que vivi vou ser sempre obrigado a ter esta opinião. Enquanto vir a dignidade daquela alma lusa a lutar por todos nós, vou sentir sempre um enorme orgulho. Foi só na minha cabeça, ou todos pensamos: dava tudo para estar ali a ajuda-los! Depois, penso que foi um jogo bem orientado tacticamente por ambos os treinadores, e naquilo que nos diz respeito, acho que a equipa foi bem escalada e as substituições bem feitas. Dominamos completamente o jogo, sempre que estivemos em igualdade numérica, e aí, senti sempre que os Holandeses não tinham quaisquer hipóteses. Em termos históricos, temos demonstrado uma superioridade em relação à Holanda, porque somos efectivamente melhores. Porque não o haveremos de dizer assim tão claramente. Há quem ache que esta disparidade se deve à sorte? Eu recuso-me, como português, a ficar com o ónus de coitadinho, e de ter que estar constantemente a arranjar desculpas e razões para criticar. Meus amigos, caso não tenham dado conta, ganhamos. Estamos nos quartos de final de um Mundial, estamos de Parabéns! Vamos desfrutar o momento, pois estou certo era o que fariam os adeptos holandeses se pudessem, ou não fossem eles europeus civilizados e adeptos de uma selecção que tanto os prestigiou.
Quanto ao árbitro, acho que esteve bem. Dadas as circunstâncias criadas pelos intervenientes não era fácil fazer melhor. Em termos técnicos, e não sendo a pessoa mais qualificada para falar nisso, todas as expulsões foram merecidas, e apenas acho que pecou no amarelo na entrada sobre Ronaldo, compreensível pois o jogo estava no seu inicio.
Com a estrelinha da sorte, merecida, no remate de Cocu à barra, penso que no cômputo geral, foi uma vitória sem espinhas, uma vez que nem em superioridade numérica durante grande parte do jogo, a Holanda foi capaz de ser superior e marcar um golo.
Para acabar, devo dizer que acho o Costinha um enorme jogador, como poucos no mundo na sua posição, e em forma. Espero que a sua ausência não se faça sentir no próximo jogo e que algumas palavras aqui escritas, não tenham que ser engolidas. O primeiro amarelo deve-se ao corte de um contra ataque que se afigurava perigoso, lance que Costinha tem a inteligência de fazer como ninguém, porque se as faltas existem é para se fazerem. O segundo, é infantilidade aos olhos dos adeptos. Agora, antes de o criticarem, ponham-se no lugar dele. As criticas de que foi alvo pela sua inclusão no mundial, a pressão que é de estar num jogo daqueles e mesmo o cansaço que todos sentiam naquela altura. Por tudo isto, pela sua atitude em todos os momentos que veste a camisola, por todas as alegrias que me deu na selecção e no clube, mesmo que achasse que ele estava mal, não sei se seria capaz de dizer fosse o que fosse. Há jogadores, que devido a um passado de glória, de carácter e de respeito deveriam ser inatingíveis pelas críticas. E para mim, Costinha é um desses jogadores, a quem o futebol português muito deve.
Como a selecção que escolhi para vencer o Mundial foi a Inglaterra, ficaria muito contente, como é óbvio, se errasse o meu prognóstico. Lá estarei sábado, de cachecol ao pescoço, em frente à televisão, a sofrer muito e a ajudar naquilo que posso, porque esta selecção merece.
Abraço, 4 de espadas
Ontem vimos um pobre espectáculode futebol. Scolari apostou num trinco sem rotina o que contra uma equipa rápida e bem orientada se revelou uma péssima opção. O resultado é que Costinha foi expulso no final da primeira parte, depois de ter chegado atrasado a uma bola - 1° amarelo - e de ter dado uma mão - certamente desorientado pelo cansaço...
Quanto à Holanda de ataque, acho que estamos entendidos depois do jogo de ontem, em que, especialmente na primeira parte quando estavam 11 para 11, Portugal teve o controlo do jogo enquanto as laranjas rematavam de longe... no entanto, creio que a Holanda demonstrou saber o que estava lá a fazer, com a bola a circular muito rápido e as movimentações bem sistematizadas.
Em relação àquilo que podemos esperar da prestação de Portugal, eu gostaria de uma performance que possa dignificar o país. Ganhar e perder é, como o Duque disse, desporto, e perder não é desprestigiante, desprestigiante é perder como perdemos contra a França no Euro2000, com uma série de jogadores suspensos, ou na Coreia, com João Pinto a esmurrar o árbitro. Acho que o jogo de ontem, apesar de considerar que o árbitro tem muita culpa nisso, nesse aspecto podia ter corrido melhor. Portanto, especialmente a partir de agora, gostaria que o mundial fosse uma forma de mostrar que Portugal pertence à Europa e não a África.
Abraços,
Valete de Copas
PS: nota só que me recuso a ir atrás e documentar todas as vezes em que vi aqui escritas críticas às postadas de outros. Agora tem sido moda não ser capaz de argumentar perante uma crítica, antes rejeitá-la e recusá-la como sendo nós os donos da verdade... mas não será isso o tal excesso de auto-estima?
sexta-feira, junho 23, 2006
Por capricho do pontapé na bola iremos assistir no Domingo a um confronto entre Portugal e a Holanda. Tendo apostado na selecção holandesa para conquistar o mundial, estarei numa posição ingrata no jogo de Domingo.
Quero inequivocamente que a nossa selecção vença o jogo contra a Holanda, contudo, em caso de vitória lusa perco no jogo das apostas. Estando eu divido por força da minha escolha, prefiro que perca a minha favorita!
Resta-me um esclarecimento sumário à posta do King. Apesar de ser um crítico do nosso seleccionador quero que a nossa selecção faça uma boa campanha no mundial. Não vejo onde esteja a incoerência desta minha posição. Volto a frisar que Scolari não sabe lidar com as críticas feitas ao seu trabalho e que poderia ter seleccionado jogadores mais válidos para disputar o mundial. Penso igualmente que o gaúcho tem o mérito de saber disciplinar os jogadores; uni-los em torno de um objectivo comum; protegê-los quando estes são alvos da crítica e acima de tudo demonstrar uma confiança inabalável nos seus seleccionados.
Bisca de Copas
Nunca emiti juízos acerca de comentários dos outros. Faço os meus próprios comentários, críticas, sustento opiniões contrárias ou corroborantes. Agora julgamentos sobre a qualidade do comentário, isso nunca o fiz, aliás, nunca ninguém o fez, sendo o valete um pioneiro nessa área. Pensarei bem antes de escrever algo, pois nunca saberei se passará incólume ao crivo dessa análise.
Depois dos enriquecedores considerandos acerca do valor acrescentado dos comentários, teremos uma análise exaustiva à originalidade que estes devem conter? E porque não à sua oportunidade, ou actualidade?
Indo ao que interessa, devo dizer que concordo quase integralmente com o Rei. A Itália jogou um “cattenacio” puro e duro, sendo que o ponto que nos afasta prende-se com a comparação Robinho/Ronaldinho.
Sem questionar que Robinho é um fenómeno, um jogador capaz de decidir um jogo num lance de génio, julgo que ainda não atingiu a maturidade futebolística de Ronaldinho (que me parece cansado). Quando o conseguir, e creio que será uma questão de tempo, aí sim, poderá até ser melhor – o que é extremamente difícil.
Quanto à selecção, e não me encontrando na situação preconizada pelo Rei, entendo que já cumpriu a obrigação e não é nada de estranhar, nem belisca o bom Mundial efectuado se perder com a Holanda. É tão normal ganhar como perder. Ainda que queira muito ganhar.
Duque de Espadas
bem, mas não é isso que aqui permanentemente fazemos?
a minha postada anterior denuncia não mais do que a existencia de duas postadas consecutivas versando não mais do que a mesma coisa. Encontro duas explicações para isso: o prazer de participar, que acho muito importante ainda que não deva ter o objectivo de impor as suas ideias mas partilhá-las, ou a intenção de realçar veementemente um medo concreto da queda do futebol espectáculo, com o qual concordo, como já referi anteriormente.
Bem, mas o objectivo do desafio não era trazer à discussão assuntos desta natureza. Era sim fomentar a discussão. Até porque apesar das diferentes escolas - países - se referirem tradicionalmente a estilos de jogo, eu próprio já vi um treinador holandês fazer esta época um jogo com dez defesas e um guarda-redes. Lippi é, na minha opinião, diferente de Sachi e Trapatoni...
Daí que entenda que cada caso é um caso, e a Itália que estou a discutir é a do Mundial de 2006 que não tem necessariamente nada a ver com do Mundial de 2002, 1994 ou dos Euros de 1996 e 2004.
Deixem-me ainda partilhar a sensação de que estou a gostar do mundial. As equipas mais fortes têm ganho, ao contrário do que eu próprio inicialmente previa, o que garante uma segunda ronda apaixonante. Se deus quiser o jogo para atribuição dos 3° e4° lugar terã melhores eauipas do que há quatro anos (Turquia e Coreia na altura)
Abraços,
Valete de Copas
quinta-feira, junho 22, 2006
Dizem que a língua portuguesa é traiçoeira. É bem verdade, mas para alguns chega a ser maldosa, de tantos engulhos provocar.
Em primeiro lugar, cumpre-me dizer que nada me ofende que haja quem aprecie estilos de jogo opostos do que defendo. Nem sei onde isso se infere das minhas palavras. Mas lá está, é o português…
Para esclarecimento, julguei ter “acrescentado” ao meu anterior comentário que nada estou contra o tacticismo. Apenas que isso devia ser usado no sentido de melhorar o espectáculo (como a Holanda) e não de defender (Itália e Grécia). Lamento, mas entendo que a Itália é uma equipa defensiva (um crime lesa-futebol com aqueles executantes), logo quem gosta do seu futebol, gosta de futebol defensivo (ou pelo menos tolera-o). Parece-me clarinho como água… (e não há mal nenhum nisso!)
Por isso, agradeço o conselho – que já seguia, ainda que nem todos concordem.
Ao contrário do que pensa o valete, esta temática não está esgotada, pelo contrário, daria ainda muito pano para mangas. Mesmo que se repetissem algumas ideias.
Por outro lado, é preciso ter muita auto-estima para acusar alguém de não trazer valor acrescentado à discussão. Já assisti a muitos comentários que disso careciam, inclusive do próprio e seria incapaz de o referir. Assim não pensa ele, mas depois de ter sido epitetado como “mestre das réplicas", julgo que seria uma pena sê-lo de “provedor”.
Continuo disponível para continuar este tema, que considero apaixonante, mas no que concerne a efectuar juízos sobre comentários de outros, não contem mais comigo…
Duque de Espadas
a perspectiva do criador de um blog como este é interessante. Permite a discussão entre amigos de temas variados e, ainda para mais, permite interacção e a partilha de opiniões. Daí achar de extrema importância a participação de todos, as diferenças de opinião e o debate. Acho só que quando escrevemos alguma coisa devemos ter em atenção diversos aspectos, nomeadamente: não escrever algo que bloqueie os comentários por uma semana, fomentar a discussão sobre os mais diversos assuntos, trazer valor acrescentado ao blog e, acima de tudo, ser intelectualmente honesto. Acho que a última postada do duque falhou nas duas últimas premissas: não trouxe qualquer valor acrescentado e nem foi intelectualmente honesto, na minha opinião. Passo a explicar: não traz valor acrescentado ao blog na medida em que é uma repetição de uma postada anterior, na qual transmitiu um medo real, e não foi intelectualmente honesto porque quer fazer dos meus comentários anteriores de um incentivo ao futebol defensivo, não valorizando de maneira alguma uma passagem própria em que diz "é um facto que ambas são tacticamente disciplinadas (entenda-se Itália e Holanda)..."
Aquilo que penso é que o treinador tem de ter um papel importante na equipa. O tempo dos "Mário Wilson" espero já ter passado. Agora vemos que há treinadores que conseguem, por si, transformar jogadores medianos em craques, e equipas mais pequenas conseguem vencer grandes competições. O Futebol, não deve, na minha opinião, defender as individualidades, apesar de as dever valorizar e realçar, deve sim ser um desporto de equipa no qual cada jogador representa um papel que deve ser desenvolvido para melhorar a performance do colectivo. E nisso são comuns, como o duque falou ainda que sem dar muito relevo, a Holanda e a Itália. Eu valorizo isso, enquanto entendo, sem ficar ofendido, que outras pessoas valorizem outros aspectos do jogo. Mas isso não anuncia o fim do mundo. Compreendo, e concordo com o duque, quando revela o seu receio do jogo se tornar mais chato, ainda que não creia que isso possa acontecer.
Quanto ao comentário de Mourinho, alguém lhe devia lembrar que o FC Porto campeão europeu jogava um futebol, na minha opinião, muito bonito, dinâmico e objectivo, mas para isso nunca precisou de atacar de peito aberto qualquer dos seus adversários, nem em Old Traford, nem na Corunha nem na própria final...
Portanto, vou aqui publicitar um raciocínio que tento fazer de cada vez que aqui escrevo, quando tenho o post pronto: Será que escrevi algo que vai bloquear os comentários por uma semana? - no caso acho que não e que o feedback será breve - ; estou eu a fomentar a discussão sobre os mais diversos assuntos e trago valor acrescentado ao blog? - se calhar não tanto, mas quando respondemos a outra postada é mais difícil de o fazer (e já aqui fomentei muitos debates com participação acesa sem me limitar a ser o "rei das réplicas" como já aqui alguém me chamou); e estou eu a ser intelectualmente honesto? - sem dúvida mais do que os que me antecederam...
Abraços,
Valete de Copas
Nada tenho contra a táctica, o futebol cerebral ou coisa que o valha. O que me revolta é que sobre o manto disso se pratique anti-jogo, futebol defensivo.
Quanto a mim, a Holanda nada tem a ver com a Itália. É um facto que ambas são tacticamente disciplinadas, mas contendem em si mesmas prioridades absolutamente diferentes, quase antagónicas.
A Holanda, mentora do “futebol total”, com a “laranja mecânica” nascida nos anos 70, joga para ganhar e para dar espectáculo, marcando o maior número possível de golos (mais no passado do que agora, é certo). É uma equipa que quer a bola e que a circula entre todos os seus jogadores num gigante carrossel.
A Itália, criadora do tristemente célebre “catenacio”, joga para não perder e se possível, ganhar. Desconhecem o que é o espectáculo e defendem que tudo serve para ganhar, até não jogar. Dão o domínio de jogo ao adversário para jogar na táctica mais simples que há: o contra-ataque.
Assistir a vitórias de equipas como a Grécia é dar passos rumo ao que preconizei num anterior comentário – o fim do futebol. E não entendo o que tem de tão cientifico colocar 11 jogadores atrás da linha de bola e contra-atacar rápido ou tentar fazer um golo numa rara bola parada. Difícil é jogar para a frente, é ter uma muralha destas para ultrapassar (“o autocarro” de que Mourinho falava), é ter a bola sem espaços. Esse é o desafio das equipas que jogam ao ataque e que com o incremento das novas tácticas serão invariavelmente infrutíferas. Porque já todos vão percebendo que é mais fácil e dá mais resultados jogar à defesa.
Daí que de pouco adiante à FIFA querer aumentar as dimensões da baliza ou diminuir os jogadores em campo. O que é importante é mudar as mentalidades, visto que quando já ninguém estiver para aturar os consecutivos Itálias-Grécias pode ser tarde demais.
Duque de Espadas
quarta-feira, junho 21, 2006
Antes de mais quero esclarecer uma ideia que não quero fazer passar, que é a de que gosto de futebol defensivo. Não foi nada disso que disse e não é isso que penso. Gosto sim de disciplina no jogo, de ver jogadas estudadas e o trabalho de casa feito. Por isso gosto de equipas como a Itália e a Holanda. A Grécia do Europeu de 2004 foi também um desses casos em que se provou, por muito que nos tenha custado especialmente a nós portugueses, o mérito do estudo e do trabalho científico. Naturalmente também gosto de ver bons jogadores e por isso sinto que faltou paixão à Grécia. Não sou, no que respeita ao estilo de jogo, um extremista. Certamente acho que os que gostam de ver jogar a liberdade do Brasil em campo não são capazes de apreciar da mesma forma a dos Angolanos...
Considero que a Itália de 2006 tem um belíssimo avançado, Toni, um meio campo de luxo, com Totti e Pirlo, e uma defesa de betão. Por isso acho que é muito forte, mas é claro que tem agora um bom jogo para provar isso...
Quanto aos prognósticos aqui feitos, quero só deixar uma nota à quadra de espadas, que brilhantemente descreveu no blog os diferentes aspectos do jogo e por isso optou por não arriscar num prognóstico, escusando-se num comentário famoso. Naturalmente um prognóstico não passa disso mesmo e foi por não entender isso que o "outro" ficou famoso...
Abraços,
Valete de Copas
segunda-feira, junho 19, 2006
O mais belo jogo!
Cresci a ver jogos de futebol tanto no estádio como na televisão. Este jogo sempre despertou em mim um encanto especial como nenhum outro. Tive a felicidade de ver jogar um dos melhores de sempre, obviamente me refiro ao genial Maradona. Maradona foi o ídolo de infância de quase todas as crianças da minha geração, as suas arrancadas imparáveis terminavam invariavelmente em golo, a sua irreverência dentro e fora dos campos era única, a sua técnica irrepreensível capaz de iludir qualquer adversário criou alguns dos melhores momentos de sempre do futebol mundial.
Talvez devido à influência deste predestinado, ainda hoje sou um aficionado do futebol espectáculo, do futebol de ataque, do futebol total, ou seja, do futebol que mais me diverte e me proporciona maior prazer. Sendo eu um romântico do futebol, nunca hei-de torcer por uma Itália ou uma Grécia numa grande competição internacional. Para mim estas equipas são a antítese do futebol, jogam para o resultado e remetem para segundo plano o espectáculo. São equipas frias e calculistas para as quais só o resultado interessa.
Neste mundial a Argentina está a apresentar um futebol de grande qualidade e com momentos de magia, porém, penso que esta selecção irá fracassar quando encontrar selecções mais poderosas. Desde a retirada de Maradona, que esta selecção nunca mais conseguiu atingir uma final de um campeonato do mundo. Os argentinos ficaram órfãos de Maradona e em todos os mundias tentam encontrar um sucessor à sua altura, capaz de os levar ao título que lhes foge há vinte anos. Depois de Ariel Ortega, Marcelo Delgado e Pablo Aimar, no mundial da Alemanha as esperanças residem em Leonel Messi. Messi vem de uma lesão e não está no seu melhor momento de forma, e talvez lhe falte a força e o carisma para levar a sua selecção à conquista do cobiçado título.
Bisca de Copas
Quando vejo futebol, procuro apreciar o jogo e fascinam-me equipas que consigam acrescentar um bocadinho mais ao que já está inventado. Ora, isso passa-se naquelas que com grandes craques, reinventam o jogo com pormenores deliciosos e jogadas geniais, mas também com aquelas, que devido à sua enorme capacidade táctica e postura de verdadeira equipa, conseguem superar-se a adversários com maior valor técnico, ou não fosse o futebol um jogo colectivo e cuja palavra deve ter um grande significado.
Neste mundial há duas equipas, que considero fortíssimas no aspecto técnico mas não tão boas tacticamente, que são Brasil e Argentina. E se os craques não aparecerem em grande nível, como Ronaldo na Coreia, contra selecções da mesma igualha, perdem o estatuto de super favoritos. Apesar de na Argentina os fenómenos estarem em grande, acho que se “o fenómeno”, o gaúcho e outros aparecerem, o Brasil pode ganhar a qualquer equipa neste mundial. Outros duas há, que apesar dos bons valores individuais, a força da equipa está na sua qualidade táctica, na garra, na força, na superação que muitas vezes é o essencial para ganhar jogos. Elas são a Espanha e a Itália. Dois verdadeiros blocos tácticos, cada uma com a bonita especificidade do seu futebol e que com grandes intervenientes, conseguem proporcionar verdadeiros espectáculos de futebol.
A propósito do desafio proposto, a minha selecção favorita é a Inglaterra, porque alia uma boa cultura táctica a excelentes executantes. Se nos reportarmos aos dois últimos campeonatos, foram eliminados pelo Brasil, campeão do mundo do Coreia 2002, com um frango do Seaman, e em 2004, foram eliminados por Portugal, que chegaria à final, em penalidades. Por isso, e como a sorte ou a falta dela, são tão importantes como jogar bem, penso que a Inglaterra tem boas hipóteses de levantar o troféu. Assim como terão as outras selecções de que falei, ou mesmo daquelas que ninguém mencionou no blog, como Portugal. Penso que o grande atractivo deste mundial, será a verdadeira incógnita de quem se sagrará campeão, devido ao grande equilíbrio de uma dúzia de selecções. E estes prognósticos não passam disso mesmo. Por isso muito bem dizia o outro: "Prognóstico? Só no fim do jogo!"
Abraço, 4 de espadas.
Antes de mais gostaria de dizer que considero o desafio feito um sucesso, uma vez que podemos tentar agora resumir a prestação das diferentes equipas no primeiro jogo e tentarmos prever o impacto de uma boa entrada num bom ou mau mundial. A Itália fez um bom primeiro jogo e um segundo muito fraquinho, ainda acho que deve voltar a tempo de ter uma boa performance…Curioso é também ver que ninguém acredita que a selecção brasileira vença o campeonato do mundo.
‘Pé quente’ é a expressão brasileira para um jogador que tem a felicidade das suas equipas vencerem títulos com regularidade. Nisto o ‘pé quente’ não precisa de ser o craque nem estar a jogar na primeira equipa.
Eu sou um adepto do futebol científico, estudioso, se calhar fomentado pelas recentes vitórias do meu clube com um futebol deste tipo, em que o treinador testava diferentes soluções, observava os adversários e preparava diferentes equipas para diferentes jogos. Assim, a ideia de ‘pé quente’ vai contra tudo o que eu acredito. Daí gostar de ver jogar equipas como a Itália ou a Holanda, enquanto a Brasil me vai desinteressando mais e mais...
Portugal tem um treinador ‘pé quente’, que acredita que a Nossa Senhora de Fátima gosta de futebol e de Portugal, e que por isso há uma série de aspectos de menor importância no trabalho de treinador. Nisso Scolari inclui testar esquemas, convocar os melhores ou estudar os adversários; a realidade é que a vida lhe corre bem, e isso também já tinha sido visto durante o Euro, quando mudou meia equipa do primeiro para o segundo jogo, utilizando jogadores que nunca tinham jogado juntos…
Por isso quando vejo a selecção portuguesa sinto alguma frustação porque o futebol não é só aquilo em que acredito e que realmente há espaço para os Deuses do Olimpo aparecerem de vez em quando…
Agora resta-nos a todos rezar para que estes venham mais vezes à Alemanha…
Abraços
Valete de Copas
domingo, junho 18, 2006
A minha favorita para conquistar o mundial.
A Holanda é a minha selecção favorita para conquistar o mundial da Alemanha. Numa posta anterior já tive a oportunidade de enumerar as selecções que mereceram a minha preferência. A Holanda pertencia ao leque de três selecções que referi na altura.
Espero agora ter correspondido ao desafio do valete.
Bisca de Copas
Ás de Ouros
quinta-feira, junho 15, 2006
Sou um lírico e um apaixonado pelo futebol de ataque. Daquele em que entram golos e muitos. Daquele em que as equipas não se importam de sofrerem 4 se marcarem 5. Neste meu romantismo, quase inaceitável para o futebol actual, ainda acredito que as equipas que jogam ao ataque tem mais hipóteses de ganharem. Só assim concebo o futebol e é este que me conduz ao estádio ou me prende ao ecran.
Por isso, se não for Portugal, espero que ganhe a República Checa, a Holanda ou a Espanha (já nem se pode confiar no guardião do futebol puro, o Brasil, qual Italiazinha da América do Sul), qualquer uma delas equipas que jogaram para ganhar.
Como tenho que escolher uma, opto pela Espanha, aquela que mais me impressionou e logo contra uma equipa que considerava fortíssima. Uma boa defesa, um meio campo de luxo (Xabi Alonso enche-me as medidas e sempre bem coadjuvado por Xavi), umas alas rápidas, dinâmicas e um ataque com dois puros sangue (F.Torres e D. Villa) daqueles para quem meia oportunidade é suficiente.
Aproveito para referir a minha grande desilusão com a qualidade dos jogos deste Mundial. Quando pensei que a Coreia 2002 tinha sido a excepção que confirma a regra, eis que temos aquele que me parece ser, até ao momento, o pior Mundial de sempre (pelo menos dos que vi). Chega do “resultadismo italiano”, na acertada expressão de Valdano, para voltarmos à essência, ao golo. Sob pena disto ser o fim do belo jogo.
Duque de Espadas
a ideia do desafio é que cada um, "aponte uma, mas apenas uma, selecção favorita à vitória final. Este desafio pode ser explicado, sustentado e até acho importante que assim seja para que no final do mundial possamos ver quem tem ou não razão. O que acham?"
Também eu não sei quem vai ganhar e também eu consigo ver quem tem mais ou menos dinâmica, jogadores etc...
Por isso, não contem que eu vá pagar uma cerveja se a Itália não vencer. A ideia é ter algum risco na escolha. Claro que também por isso devemos sustentar o raciocínio e explicar o que nos leva a escolher uma ou outra selecção...
O Rei aponta para a Alemanha. Peço à Bisca que se tente enquadrar no desafio...
Abraços,
Valete de Copas
Ainda não tenho uma opinião formada acerca de qual será a minha selecção favorita para a conquista do mundial. Não tive a oportunidade de ver todos os jogos das selecções mais fortes. Todavia, dos que fui vendo, tenho de realçar as prestações de três selecções: a República checa, Holanda e a Espanha.
A dinâmica e o colectivo da República Checa foi do melhor que vi até ao momento. Tenho de destacar o grande momento de forma e os golos soberbos de Rosicky. Esta selecção está entre as mais fortes candidatas à conquista do título.
A Holanda também foi uma agradável surpresa e estará sempre no topo das mais fortes candidatas. Por fim, a Espanha demonstrou hoje um futebol bonito, rápido e acima de tudo muito eficaz. O mundial ainda está numa fase prematura, mas se esta selecção mantiver este futebol, poderá conquistar o seu primeiro título. Aposto numa destas três selecções para suceder à brasileira como campeã do mundo.
Infelizmente penso que Portugal não irá ter qualquer hipótese de lutar pela conquista do título mundial. Ainda não temos futebol para rivalizar com as selecções de top, porém contamos com Scolari, que tem tanto de mau treinador como de sorte! E o factor sorte também é decisivo numa competição a eliminar como o mundial.
Bisca de Copas
quarta-feira, junho 14, 2006
Mas desta vez não faço a minima ideia de quem poderá levantar a taça. E é isto que eu gosto, total incerteza do vencedor.
Rei de espadas
Agora que a primeira ronda do mundial está a chegar ao fim, venho aqui propor a cada um dos que participam no clube que aponte uma, mas apenas uma, selecção favorita à vitória final. Este desafio pode ser explicado, sustentado e até acho importante que assim seja para que no final do mundial possamos ver quem tem ou não razão. O que acham?
Para mim, Valete de Copas, a vencedora do mundial será a Itália. Boa equipa, sólida, bom treinador e a com problemas internos que poderão potenciar a performance numa grande competição. Esta é a minha convicção.
Quanto a Portugal, aceito que seria politicamente correcto dizer que esta também é a minha selecção, que temos de estar unidos, etc…
Claramente sinto que o seleccionador é um palerma e que o anúncio da pré-renovação do seu contrato é uma provocação. Naturalmente tenho esperança que possa ir longe, ainda que não acredite…
Quanto a Fernando Meira, fez-me lembrar Pedro Emanuel. Porque será que um jogador como ele não está presente?
Um abraço,
Valete de Copas
Scolari acha que fez um bom resultado contra Angola! Eu também acho!
Quem viu o jogo percebeu que “faltou um bocadinho assim” para Angola fazer o empate! Bastava que o Mantorras soubesse chutar à baliza!
Se a forma como jogou Portugal for uma constante, acredito que conseguiremos passar o grupo (simplesmente porque o Irão também é uma equipa acessível), mas tanto a Holanda como a Argentina vão querer ficar em 1.º no seu grupo para garantir Portugal como adversário nos oitavos de final.
Quanto à análise ao jogo:
Defesa: Não teve muito trabalho, mas ficou provado que Meira não tem qualidade para ser titular da selecção.
Meio Campo: Foi a surpresa de Scolari. A ausência de Deco tem cabimento e Scolari esteve bem nesse particular. Uma surpresa foi a fraca exibição de Petit, não sei se por falta de entrosamento com Tiago que também esteve desaparecido do jogo. Contrariando as minhas expectativas, Costinha e Maniche estiveram bem, especialmente Costinha. Figo foi claramente o “Homem do Jogo”. Está em boa forma e pode fazer a diferença nos próximos embates! A entrada de Hugo Viana foi só para fazer monte!
Ataque: Pauleta também esteve bem, não só pelo golo que marcou, mas pela mobilidade que mostrou na frente de ataque. Já as alas deixaram muito a desejar! Na primeira parte, Simão, sempre que tinha a bola nos pés não conseguiu fazer melhor que perde-la para o adversário! Cristiano Ronaldo não consegue lidar com o pressão que tem em cima de si. Muito individualista, não fez nada de especial. Em todo o caso, a substituição deveria ter sido para Simão, já que o miúdo é capaz de fazer a diferença a qualquer instante!
Se quisermos traçar um paralelo entre a exibição dos A e os sub-21, devo dizer que os sub-21, apesar de não terem conseguido passar a fase de grupos, tinham adversários muito mais complicados do que têm os A’s e as suas exibições foram mais convincentes (olhando só para o jogo da Angola). Não tenho dúvidas que se os adversários de Portugal no Mundial fossem os dos sub-21 e vice-versa, Portugal não passaria o grupo no Mundial e por sua vez passaria o grupo nos sub-21.
E porque traço este paralelo? Acho que Scolari ficou satisfeito com a má prestação dos sub-21 e contribuiu para isso. Assim, livrou-se de Agostinho Oliveira e da justificação para a não inclusão de jogadores tipo Quaresma, Moutinho ou Raul Meireles, que depois do europeu muitos comentadores diziam estar mais que justificada!
Agora pergunto, não teria Raul Meireles lugar cativo nos 11 da selecção?
Será que Quaresma mesmo a jogar mal e só com uma perna não conseguia fazer o que Simão fez?
Onde está o substituto de Deco? Ficou nos sub-21?
Ás de Ouros
segunda-feira, junho 12, 2006
(Kali, defesa central do Barreirense - já com um rico palmarés na Liga de Honra - e um dos esteios da fortaleza angolana)
Uma vitória… embaraçosa.
Escrevi aqui neste espaço que apesar de não concordar com muitas das decisões do seleccionador nacional, dava-lhe o benefício da dúvida. Contudo, e sem prejuízo de continuar esperançado que façamos um bom Mundial, esta exibição da selecção contra Angola não sabe a pouco. Pura e simplesmente, não sabe a nada.
Senti-me constrangido com as dificuldades que tivemos para levar de vencida esta selecção da Liga de Honra, numa completa ausência de imaginação, classe, virtuosismo e – o que é mais preocupante – automatismos e jogo colectivo.
Claro está que os mais líricos (aqueles ainda mais crentes do que eu, o que não é fácil) dirão que faltava Deco. Sem questionar a muita categoria deste enorme jogador, devo dizer que Deco não é a Nossa Senhora de Fátima. E para esta equipa jogar alguma coisa, duvido mesmo se a Virgem nos valia.
Há uma anedota de um pobre que pedia a Deus para ganhar a lotaria e que nunca tendo sido atendido nas suas preces, indagou o Senhor do porquê de não o ter ajudado, ao que retorquiu Deus pedindo-lhe que ao menos comprasse uma cautela! Eis o que sinto ao ver a Selecção jogar assim… Deco joga muito, mas é preciso que os outros façam qualquer coisa.
Ganhar é importante (muito mais que a exibição) e todos estamos ainda escaldados das vitórias morais, mas… há um mínimo (jogamos contra Angola!!!). Não aceito que se jogue de forma tão confrangedora perante uma das piores selecções do mundo e que nos contentemos com uma sofrida vitória. Estou desolado.
Por paradoxal que seja continuo a acreditar que Portugal pode ir longe. Não me obriguem é a fundamentar esta fé (sim, “fé”, não foi lapso).
PS: também nas nossas peladinhas semanais se assistiu a uma vitória embaraçosa. Todavia e ao contrário da selecção, este embaraço resultou da dimensão da mesma, capaz de inibir comentários de escárnio de alguns Ases durante meses. Como afirmava Erwin Sanchez há uns anos " o futebol são 11 contra onze mas no fim ganham sempre os alemães". No nosso caso, são 5 contra 5 e escuso-me a dizer quem são os alemães...
Duque de Espadas
sexta-feira, junho 09, 2006
Esta postada serve apenas para transmitir as opiniões de colegas que, sem o calor de terem a selecção no mundial, gostam de futebol e de fazer prognósticos para o Mundial.
A opinião generalizada é que Portugal não tem hipóteses. E aqui vemos como alguém que é verdadeiramente independente vê o nosso futebol. Esta teoria aplica-se muitíssimo mais aos clubes, mas não quero entrar por aí para não ferir susceptibilidades...
Outra das opiniões generalizadas é de que o Brasil ganhará o Mundial. Nem mesmo os italianos, ou ingleses, têm grandes esperanças de bater os canarinhos. Pessoalmente concordo que o Brasil terá a melhor equipa mas não acredito que vencerá a competição. Apesar de tudo o futebol tem de garantir a competitividade e se o Brasil já foi muito beneficiado na Coreia - e lembro por exemplo o jogo contra a Bélgica - não acredito que volte a vencer. A bola é, na minha opinião, redonda mas não tanto...
De resto acho que a generalidade das opiniões não conta com a imprevisibilidade que está seempre presente em todas as competições e em todos os jogos de futebol. É só a ideia de que os candidatos são sempre os mesmos - o que concordo na generalidade - e que por ordem decrescente de valor cairão na final, na meia-final, nos quartos... E isso é que não aceito!!
Tenho tentado explicar aqui que realmente esta pode não ser uma boa altura para a equipa de Portugal porque tem um seleccionador que é uma besta! Até há um comentador de futebol belga de origens "Tugas" que já veio dizer que enquanto Portugal não tiver um guarda-redes à altura não pode aspirar a grandes voos. E nisso tem razão...
Um abraço e bom Mundial,
Valete de Copas
Depois de uma análise filosófica ao futebol chegamos à conclusão que a derrota nunca é culpa dos intervenientes mas sim das condições tácticas, do estado do campo, do segundo poste!!!, e do árbitro!
Boa sorte para o próximo jogo!
Abraços
Ás de Ouros
quinta-feira, junho 08, 2006
Aquilo que fazemos ao sábado de manhã, não é mais do que umas tabelas e uns remates à baliza, na tentativa de praticar algum desporto! Não há grande noção da parte dos intervenientes de modelos tácticos, de movimentações sem bola, de sobreposições, de quebras, da importância do segundo poste, etc. A isto pode somar-se todo um conjunto de situações que privilegiam os menos dotados tecnicamente, como um espaço de reduzidas dimensões, onde o piso não é o ideal para a prática da modalidade, a falta de um árbitro que prejudica quem ataca mais e tem mais bola, não só pela possibilidade de anti-jogo da equipa adversária, mas também pela inexistência da regra das 5 faltas, etc. Posto isto, e deixando bem vincado que quero ganhar sempre e tentar cada vez ser melhor pois senão não fazia sentido lá ir jogar, mal acaba o jogo, dou-lhe a importância que ele merece, nenhuma. Mais importante que o jogo, seria um jantar, ou almoço neste caso, no fim de confraternização.
Fico contente, no entanto, de ver que houve um regozijo enorme pela vitória de sábado e por isso vou contar um episódio que se passou comigo. Há uns tempos numa oportunidade que tive de jogar contra o SLB, por acaso do jogo, marquei um golo e apanhamo-nos a ganhar 1-0. A felicidade e incredulidade estava estampada no meu rosto e dos meus companheiros. Até que me dei conta que do outro lado do campo um dos craques do SLB se estava a rir!!! Á posteriori, quando pensei no assunto, constatei que senti uma alegria indescritível por marcar aquele golo e que é um momento que me vai ficar para sempre na memória, afinal estivemos a ganhar nem que fosse só por uns momentos. Do outro lado pensava-se por ventura, que eram muito melhores, que iam ganhar ou que ganhariam a maioria das vezes e acharam piada ao nosso pequeno momento de felicidade. Foi o que se passou no sábado de manhã…
Abraço, 4 de espadas!
Teremos que levar muito mais tempo com este senhor?
Tinha prometido a mim mesmo só voltar a falar do sr. Scolari no final do Mundial. Contudo, vi-me na impossibilidade de o fazer depois da entrevista que o seleccionador concedeu a um jornal brasileiro.
Li excertos da entrevista e fiquei indignado ou talvez perplexo, perante a enxurrada de barbaridades e a tamanha ignorância do nosso seleccionador.
Scolari fala em intelectuais xenófobos que não gostam dos brasileiros que têm sucesso; fala de cineastas falhados, querendo atingir o bem sucedido António Pedro Vasconcelos; diz que o Miguel Sousa Tavares tinha um pai que era um grande escritor ( santa ignorância), mas que ele é uma bosta ( pensava eu que o Francisco Sousa Tavares tinha sido um lutador anti-fascista, deputado e bom advogado). O seleccionador não fica por aqui e refere-se ainda a um tipo que recebeu uma herança e ficou muito rico (Fernando Seara) e a uma mulher que se diz a Marília Gabriela portuguesa ( Judite de Sousa).
Diz também que é amado por 99,9% dos portugueses, tendo apenas contra si alguns xenófobos...
Depois destas pérolas, será que o sr. Scolari pensa que ainda está debaixo de uma ditadura militar? De uma coisa estou certo, Scolari tinha jeito para ditador!
Em Portugal há aquilo a que se chama liberdade de opinião e de imprensa, se calhar Scolari está mal habituado.
Resta-me desejar boa sorte à nossa Selecção Nacional e que consiga alcançar o melhor resultado de sempre num Mundial.
Bisca de Copas
terça-feira, junho 06, 2006
1- Antes de começar a escrever neste blog, já era um leitor regular do mesmo. Pelo que tive oportunidade de ler, encarei este blog como tendo um âmbito alargado quanto às suas temáticas.
2- A riqueza deste blog fundava-se na pluralidade e divergência de opiniões, onde se tratavam diversos tipos de assuntos como actualidade, política, cultura, economia, ciência ou desporto, etc.
3- Eu revejo-me no conceito de blog enunciado em cima e entendo que a diversidade temática e o confronto de opiniões só o valorizam.
4- Nas minhas postadas abarquei uma multiplicidade de assuntos, tentando incutir-lhes sempre a minha opinião e o meu cunho pessoal.
5- Sendo um leitor diário e atento de vários jornais de referência, nunca fiz cópias ou plágios nas minhas postadas de opinião.
6- É certo que já opinei acerca de assuntos trazidos a lume pelos diários de referência. Para se escrever sobre actualidade é inevitável o recurso à leitura desses jornais, pois só assim se conseguem sustentar as opiniões.
Um abraço,
Bisca de Copas
segunda-feira, junho 05, 2006
quinta-feira, junho 01, 2006
Menino e moço
Tombou da haste a flor da minha infância alada,
Murchou na jarra de oiro o púdico jasmim:
Voou aos altos céus a pomba enamorada
Que dantes estendia as asas sobre mim.
Julguei que fosse eterna a luz dessa alvorada
E que era sempre dia, e nunca tinha fim
Essa visão de luar que vivia encantada,
Num castelo de prata embutido em marfim.
Mas, hoje, as pombas de oiro, as aves da minha infância,
Que me enchiam de Lua o coração, outrora,
Partem e no céu evolam-se, a distância!
Debalde clamo e choro, erguendo aos céus meus ais:
Voltam na asa do Vento os ais que a alma chora,
Elas, porém, senhor! elas não voltam mais...
António Nobre
Hoje comemora-se mais um Dia Mundial da Criança. Gostaria de lembrar aqui aquelas crianças que não têm um sorriso nos lábios porque o Mundo se tornou demasiado cruel para elas.
A infância deveria ser um lugar de brincadeiras, aprendizagens, crescimento harminioso, envolvimento por parte dos pais... Infelizmente para muitas das nossas crianças, a infância transformou-se num rosário de espinhos! As brincadeiras dão lugar ao trabalho infantil; as aprendizagens são relegadas para um plano secundário, devido ao abandono escolar; o crescimento em harmonia, dá lugar aos comportamentos deviantes e à delinquência; os pais ausentes e negligentes abrem caminho à institucionalização dos filhos.
Se queremos um país melhor e que caminhe em direcção ao progresso, temos que cuidar do bem estar dos mais novos. As crianças de hoje serão os pais de amanhã, ou seja, o nosso futuro reside nelas. Assim seja!
Bisca de Copas