terça-feira, junho 06, 2006

Edificio Alqueva, 11º bloco, 1º esquerdo.


Com requintes de esperteza saloia, queriam esconder ao contribuinte português e europeu (que pagaram a barragem de alqueva) as verdadeiras razões do empreendimento inicialmente "majoritariamente agrícola". O plano de pormenor foi alterado para permitir a construção de (no minimo) 11 mega projectos turisticos que nada terão a haver com as pequenas aldeias de turismo de habitação, verdadeiramente integrantes da paisagem e do saber viver alentejano. Aqui fala-se de campos de golf, grandes hoteis, etc.
Todos os dias as nossas piranhas (governo, autarquias, promotores, construtores civis, melhor, trolhas) adulteram cada pedaço do país, tudo isto em nome de um desenvolvimento que visa unicamente o lucro fácil a curto termo para já não falarmos da quantidade de favores entretanto trocados para permitir o licenciamento destes projectos (do tipo Bragaparques). Todos me falam do emprego que poderá criar, bla bla bla. Mas o essencial e a questão que coloco(outra vez): Daqui a uns anos, quando a costa vicentina estiver betonada, o alentejo cheio de campos de golfe, os pequenso rios entubados, ventoínhas por todo os maciços do interior (menos na ventosa quinta da marinha), tudo em nome do desenvolvimento sustentável(?), o que é que fará os turistas escolherem Portugal e não o Dubai ou outro país qq que terá a mesma oferta e a preços bem mais baixos que os nossos?
Poderemos gerar investimento que nos fará baixar o deficit do orçamental, mas com que custos para as gerações futuras ?
Já estou farto de ver o mesmo filme. Apetece-me dizer: ide todos à merda !
Rei de espadas
PS - Sou a favor da energia eólica como uma das alternativas ao petróleo ,só não estou de acordo com a sangria de alguns grupos económicos portugueses e estrangeiros em instalar parques eólicos em todo o lado. Provocando danos enormes à já tão massacrada paisagem nacional. E o solar não serve ? temos niveis de exposição solar anual elevadissimos... Há qq coisa que não bate certo...

Sem comentários: